Seleção Brasileira de Beisebol adulto embarca para principal compromisso de 2022
A Seleção Brasileira de Beisebol inicia nesta semana a preparação para o maior desafio do calendário da modalidade em 2022. No dia 23 de setembro (sexta-feira) a equipa masculina adulta embarca para o Panamá, onde estreia na próxima sexta-feira (30) na etapa qualificatória do Clássico Mundial de Beisebol 2023 (World Baseball Classic), considerado a maior competição internacional de beisebol no mundo.
O Brasil estreia na competição em partida contra a Nova Zelândia no Estádio Nacional Rod Carew, na Cidade do Panamá. O jogo marca a abertura da etapa classificatória do Grupo B, que também conta com as seleções da Argentina, Nicarágua, Panamá e Paquistão. Serão seis dias de torneio, em que as seleções precisam garantir três vitórias em quatro partidas – quem perder dois confrontos está eliminado. O vencedor garante vaga no Clássico Mundial, que acontece em 2023 e conta com as principais seleções de beisebol do mundo.
Antes da estreia, a Seleção Brasileira ainda vai realizar um período de treinos na cidade panamenha de Aguadulce, a cerca de 200 quilômetros da capital, Cidade do Panamá. Pelo menos dois jogos amistosos já estão programados – um contra a Argentina e outro contra a seleção anfitriã do torneio, Panamá. A cobertura completa da etapa classificatória será feita pelo projeto Beisebol Mundo Afora.
Encerramento de um ano repleto de conquistas
Este será o último compromisso da seleção adulta em 2022, e um dos mais importantes para o beisebol brasileiro no cenário nacional. A equipe tenta mais uma conquista em um ano de bons resultados: os brasileiros acabam de retornar dos Estados Unidos com um inédito 7° lugar na classificação geral da Copa do Mundo de Beisebol Sub-18, encerrada no domingo (18). Esta é a melhor colocação do Brasil na história da competição.
Além disso, o Brasil foi vencedor do Campeonato Sul-Americano de Beisebol Adulto, realizado no Peru em julho, e garantiu a vaga para os Jogos Pan-Americanos 2023, em Santiago, no Chile. Será a primeira vez em 16 anos que o Brasil participa de uma edição dos jogos (a última foi em 2007, no Rio de Janeiro).
As conquistas se estendem para além dos resultados em competições oficiais. O Brasil conta hoje com mais de 60 atletas com contratos assinados com equipes das principais ligas do mundo – desde as tradicionais Major League Baseball, dos Estados Unidos, e Nippon Professional Baseball, do Japão, como também a Baseball-Bundesliga, da Alemanha, e Italian Baseball League, da Itália.
Competição tradicional conta com principais atletas de cada país
O World Baseball Classic é uma das maiores competições inter-seleções do beisebol mundial, e desde 2006, tem uma edição a cada quatro anos. Esta é a terceira participação do Brasil em uma etapa classificatória do WBC: o país foi convidado em 2012 e garantiu a classificação para a edição do torneio que ocorreu em 2013; já nas classificatórias de 2017, a Seleção Brasileira acabou eliminada na fase semifinal.
A competição é organizada pela Confederação Mundial de Beisebol e Softbol, em parceria com a Major League Baseball (MLB) – a liga mais prestigiada do mundo. Desde 2013, o Clássico Mundial de Beisebol substitui a Copa do Mundo de Beisebol Adulto, descontinuada no mesmo ano. Com isso, o título de ‘campeão mundial de beisebol’ é dado ao vencedor do WBC.
Tradicionalmente, as seleções eram compostas pelos principais atletas de cada país, com exceção dos jogadores que tinham vínculo com equipes da MLB (à exemplo da participação dos Estados Unidos no basquete olímpico. Para 2023, porém, a própria seleção americana já confirmou a possibilidade de nomes como Mike Trout, Mookie Betts e Bryce Harper – três dos principais jogadores da MLB nesta década. Com isso, é esperado que todas as seleções se apresentem com força total para a competição.
Os 28 nomes dos atletas convocados pela Seleção Brasileira ainda serão anunciados, seguindo cronograma oficial do World Baseball Classic. O que se tem de confirmação é o nome do estadunidense Steve Finley no comando do esquadrão brasileiro. Finley atuou ao longo de 18 temporadas por oito equipes da Major League Baseball, além de ter sido parte da comissão técnica que comandou o Brasil nas classificatórias de 2017 para o WBC.