Manchester City goleia o Fluminense e é campeão do mundo

Renato SalgadoDezembro 23, 20235min0

Manchester City goleia o Fluminense e é campeão do mundo

Renato SalgadoDezembro 23, 20235min0
Não deu tempo nem para alimentar o sonho. O gol de Julián Álvarez logo aos 40 segundos foi um banho de água fria, e o Fluminense perdeu por 4 a 0 para o Manchester City na final do Mundial de Clubes nesta sexta-feira, na Arábia Saudita.

Não deu tempo nem para alimentar o sonho. O gol de Julián Álvarez logo aos 40 segundos foi um banho de água fria, e o Fluminense perdeu por 4 a 0 para o Manchester City na final do Mundial de Clubes nesta sexta-feira, na Arábia Saudita. Nino, contra, Phill Foden e outro do centroavante argentino decretaram a vitória por 4 a 0 que deu o título inédito aos ingleses no estádio Rei Abdullah. O Manchester City é o último campeão mundial no formato atual da competição. Os ingleses se tornaram o 31º clube a conquistar o mundo somando a antiga Copa Intercontinental e a Copa do Mundo de Clubes que será remodelada. A partir de 2025, a Fifa organizará um Super Mundial com 32 clubes. Já em 2024 será disputado um novo torneio novamente batizado de Copa Intercontinental e chancelado pela entidade.

Foto: Khalid Alhaj

Primeiro tempo

Durou menos de um minuto a expectativa do Fluminense de um jogo equilibrado contra o Manchester City. Logo na primeira tentativa de saída de bola, Marcelo errou lançamento e deu presente para Aké arriscar da entrada da área. A bola explodiu na trave, e Julián Álvarez escorou de peito para o gol vazio. O gol condicionou o primeiro tempo, e o Tricolor reagiu bem e fiel ao seu estilo com toques curtos na saída de bola. Mesmo com a tentativa de pressão dos ingleses, a equipe teve controle por cerca de dez minutos e um pênalti em Cano anulado por impedimento. A partir dos 25, porém, as rédeas do jogo voltaram para o time de Guardiola conduzido por Rodri. O espanhol, por sinal, descolou belo passe para Foden cruzar e Nino marcar contra: 2 a 0. A partir daí, o Flu passou a correr mais atrás da bola enquanto o City buscava espaços para infiltrar, mas arriscou mais em chutes de fora da área.

Segundo tempo

Desgastado fisicamente, o Fluminense competiu pouco no segundo tempo. Antes dos dez minutos, Fábio já havia feito três grandes defesas. Fernando Diniz, então, resolveu dar fôlego e juventude ao seu time, com Lima, Alexsander e Diogo Barbosa nos lugares de Ganso, Marcelo e Felipe Melo – John Kennedy já tinha entrado no intervalo -, e o Tricolor teve momentos em que conseguiu respirar. O City, por sua vez, manteve o ímpeto ofensivo e ampliou com Phill Foden aos 26, após cruzamento de Álvarez. O Flu esboçou algumas saídas em contra-ataque na base da ousadia de Kennedy e Arias, mas não foi suficiente. No fim, Álvarez mais uma vez entrou em ação para receber de Matheus Nunes, driblar André e chutar forte rasteiro: 4 a 0 e título garantido.

Disparidade de Investimento

As disparidades financeiras entre as equipas de Fernando Diniz e Pep Guardiola pesaram no placar. De um lado, o técnico espanhol, pentacampeão da Premier League e bicampeão da Champions e do Mundial pelo Barcelona, com um elenco de titulares avaliado de € 671 milhões a € 749 milhões (R$ 3,6 bilhões a R$ 4,0 bilhões), segundo o site Transfermarkt….

Do outro, o brasileiro Fernando Diniz, que comanda uma equipe até 14 vezes mais barata em comparação a do City, considerando a conversão do euro para o real: de € 58,8 milhões a € 64,8 milhões (R$ 287,1 milhões a R$ 316,4 milhões). A disputa da final foi inédita para os 2 clubes. Depois de derrotar o argentino Boca Juniors na prorrogação por 2 a 1 no Maracanã em novembro, o time carioca conquistou pela 1ª vez um título da Copa Libertadores –que lhe deu a vaga no Mundial de Clubes.

Já o City se tornou o 1º campeão inédito da Liga dos Campeões da Europa depois de 11 anos. O clube inglês derrottou a Inter de Milão por 1 a 0 na final do torneio em junho, com gol do volante Rodri.  A disputa do 3º lugar entre o Urawa Reds e Al Ahly terminou em 4 a 2 para o clube egípcio. O vencedor do confronto faturou um lugar no pódio e US$ 2,5 milhões. O time japonês levou US$ 2 milhões.

Fim de uma era

Desde que o Mundial de Clubes passou a ser organizado pela entidade máxima do futebol em 2005 com os 6 campeões regionais mais o time do país-sede, clubes europeus levaram 14 dos 17 troféus disputados. Só São Paulo (2005), Internacional (2006) e Corinthians (2012) fugiram à regra. Apesar do amplo domínio europeu, o torneio é tido como uma disputa de menor importância pelos europeus no calendário. De olho nisso, a Fifa anunciou um novo formato inspirado na versão clássica da Copa de seleções, com 32 clubes e edições a cada 4 anos.

Foto: Fifa/Reprodução

Critérios de classificação e o formato do novo Mundial

A intenção é competir com a Uefa e atrair o interesse dos participantes com uma cota de € 2,5 bilhões a serem distribuídos entre prêmios por participação e desempenho, A versão inaugural foi confirmada pela Fifa no último domingo (17.dez) de 15 de junho a 13 de julho de 2025, nos Estados Unidos. Anualmente, a entidade também passará a organizar a Copa Intercontinental, que segue formato similar ao atual modelo. As principais mudanças são que o campeão da Libertadores começará a jogar nas quartas (e não mais na semifinal) e o da Champions disputará somente a final contra o vencedor dos demais jogos.

Equipas já classificados para o Mundial de 2025

  • América do Sul – Palmeiras, Flamengo e Fluminense;
  • Europa – Bayern de Munique (Alemanha), Benfica (Portugal), Chelsea (Inglaterra), Inter de Milão (Itália), Paris Saint-Germain (França), Porto (Portugal), Real Madrid (Espanha) e Manchester City (Inglaterra);
  • Américas Central e do Norte – Monterrey (México), Seattle Sounders (Estados Unidos) e León (México);
  • Ásia – Al Hilal (Arábia Saudita) e Urawa Reds (Japão);
  • África – Al Ahly (Egito) e Wydad Casablanca (Marrocos);
  • Oceania – Auckland City (Nova Zelândia);

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