As jovens jogadoras a ter debaixo Campeonato do Mundo 2023

O Campeonato do Mundo 2023 é a maior montra do futebol feminino mundial, e de 20 de julho a 20 de agosto, várias jogadoras vão ter a oportunidade de mostrar o seu talento ao mundo. Há vários nomes cabeças de cartaz da competição como a inevitável Sam Kerr, apesar da dúvida em saber se pode ou não disputar a competição devido a uma lesão na panturrilha, Alexia Putellas, Alex Popp Alex Morgan ou Rapinoe. Vários nomes que fazem parte do imaginário do futebol feminino, no entanto hoje estou aqui para destacar algumas jogadoras ainda desconhecidas para alguns, e onde na sua maioria fazem aqui a estreia em grandes competições. Ao terceiro dia de competição, e nove encontros disputados, há vários nomes que saltam à vista.

Sophia Smith (22 anos,Portland Thorns e Estados Unidos)

Os Estados Unidos, atual bicampeão em título, começou esta campanha do Mundial Feminino, na Nova Zelândia, a ganhar por 3-0 frente ao Vietname, muito graças ao desempenho da jovem avançada Sophia Smith. Aos 22 anos, a jovem avançada do Portland Thorns, abriu as hostes na sua estreia em Campeonatos do Mundo com dois golos, uma assistência e um prémio de MVP. Sophia Smith chega ao Mundial como sendo uma das certezas da nova geração de jogadoras americanas, e com números absolutamente deliciosos: em quatro épocas já apontou 36 golos pela equipa do Portland Thorns da NWLS, tendo disputado uns incríveis 67 jogos, com apenas 22 anos. Pela seleção dos Estados Unidos tem 31 internacionalizações, 14 golos e uma CONCACAF, na bagagem. É uma jogadora carismática e que entusiasma pelo faro de golo que apresenta, pela presença enérgica com que se afirmou naquela que é a melhor seleção do mundo, e pela forma como lê o jogo e aparece sempre nos momento chave. É uma parceria de jogo para a inevitável Alex Morgan, e aponta para ser uma dor de cabeça para a defesa da seleção nacional.

Salma Paralluelo (19 anos, Espanha e FC Barcelona)

Tal como a Sophia Smith, também Salma faz a sua estreia em Campeonatos do Mundo. Aos 19 anos, e depois de uma época de sonho onde conquistou um campeonato e uma Liga dos Campeões com o Barcelona; tudo na época de estreia pelo clube catalão onde  conseguiu assumir-se como titular, impor a sua presença no onze e deixar a sua marca com golos, assistências e dinamismo. Forte no 1×1, veloz pela ala, Salma tem uma capacidade incrível para ocupar espaços e criar oportunidades onde mais ninguém as vê. Antes de chegar ao Barcelona conciliava o futebol com o atletismo, enquanto dava nas vistas com o Villarreal. Apesar da controvérsia que afetou a seleção de Espanha nos últimos meses, Salma juntamente com Alexia Putellas chegam a esta competição com vontade de fazer história e conquistar o primeiro troféu da história da seleção principal feminina. Com 7 internacionalizações e três golos, Salma Paralluelo procura fazer história com o seu país depois de já ter conquistado um Mundial de sub-20 e Mundial de sub17.

Melchie Dumornay (19 anos, Haiti e Lyon e Stade Reims 22/23)

O Haiti faz a sua estreia em Campeonatos do Mundo e muito se deve ao fenómeno Melchie Dumornay. A avançada haitiana, recém-contratada pelo Lyon, dá nas vistas desde que é muito jovem, e apesar dos seus 19 anos já conquistou vários prémios individuais como a bota de ouro sub-20, o prémio de Melhor Jogadora Jovem da CONCACAF e mais recentemente o prémio de revelação da Liga Francesa. Destacou-se ao serviço do Stade Reims da França, e em duas temporadas apontou 19 golos e mais de dez assistências. Para além dos números, o que impressiona é a capacidade de trabalhar sem bola, de defender e saber oferecer ao jogo o que ele pede. Na primeira jornada frente a Inglaterra foi uma das melhores unidades em campo: ocupação de espaços, capacidade de desarme e capacidade de liderança. Aos 19 anos é uma das líderes da seleção do Haiti, e foi uma das principais responsáveis pela presença histórica da sua seleção neste mundial, ao apontar os dois golos da vitória frente ao Chile, no playoff de apuramento. Inseridos num grupo com Inglaterra, Dinamarca e China a passagem à próxima fase é irrealista, no entanto Melchie Dumornay é uma jogadora especial e está destinada a jogar nos grandes palcos.

Outros nomes a registar:

O Japão derrotou a Zâmbia por 5-0 e para muitos foi até agora a equipa que melhor jogou, muito graças a nomes como Hinata Miyazawa ou Jun Endo, nomes a quem devemos estar atentos o resto da competição.

No Canadá – Nigéria quem saltou à vista foi a jovem guarda-redes Chiamaka Nnadozie e a média do Benfica Christy Ucheibe, ambas jogadoras da seleção da Nigéria. Kika Nazareth, Linda Caicedo, Lauren James; Jule Brand, Lena Oberdorf, são jogadoras que se irão estrear em breve neste Campeonato do Mundo, e são mais nomes que prometem atrair os holofotes durante a competição. Trinity Rodman ou Alyssa Thompson, dos Estados Unidos, adversário de Portugal na fase de grupos, são duas jogadoras que fazem parte da nova geração americana e prometem fazer os mesmos estragos que as suas antecessoras.