Chelsea FC, a desilusão: O poder de convencer jovens

A temporada na Premier League já arrancou e toda a ação pode ser vista na ELEVEN Sports. Apesar de todas as novidades que a nova época nos trouxe, há coisas que nunca mudam, tal como as más prestações do Chelsea FC, que transitam da época passada. Os londrinos voltaram a investir montantes astronómicos no mercado, mas as decisões de Todd Boehly continuam a ser postas em causa, especialmente devido aos maus resultados.

O projeto desportivo dos blues centra-se na contratação de vários jovens com capacidade de evoluir e transformarem-se em grandes jogadores. Posto isto, Moisés Caicedo (21anos, 116 milhões), Roméo Lavia (19 anos, 62 milhões), Christopher Nkunku (25 anos, 60 milhões), Cole Palmer (21 anos, 47 milhões), Axel Diase (25 anos, 45 milhões), Nicolas Jackson (22 anos, 37 milhões), Lesley Ugochukwu (19 anos, 27 milhões), Robert Sánchez (25 anos, 23 milhões), Djordje Petrovic (23 anos, 16 milhões), Deivid Washington (18 anos, 16 milhões), Ângelo (18 anos, 15 milhões) e Diego Moreira (18 anos, custo 0) são todas as compras deste defeso.

Ainda assim, todos estes jogadores, apesar da tenra idade, juntam-se a uma equipa sem núcleo formado, uma decisão carrasca do seu desenvolvimento. É de recordar, que no passado mês de janeiro, já tinham sido investidos 318 milhões de euros, divididos entre Enzo Fernández, Mykhaylo Mudryk, Benoît Badiashille, Noni Madueke, Malo Gusto, Andrey Santos e David Datro Fofana. São tantos novos jogadores e de idades tão jovens que por momentos é complicado ter noção do plantel inteiro de Mauricio Pochettino.

O treinador argentino claramente tem um projeto bastante complicado em mãos, apesar de contar com a ajuda dos experientes Thiago Silva (o único jogador com mais de 30 anos no plantel) e Raheem Sterling, criar um sentido de união e uma dinâmica de equipa com jogadores tão novos e há tão pouco tempo na equipa demorará bastante tempo, não se avizinha uma temporada positiva para os blues. Pochettino dispõe ainda do plantel mais jovem da Premier League, com uma média de idades de 23.1, uma diferença considerável para a segunda equipa da lista, o Burnley FC, com 24.3.

A razão para toda esta juventude pode centrar-se em três tópicos. O primeiro tem necessariamente de ser a oportunidade de ir entrar num projeto com visão para o futuro, que pode ser uma das melhores equipas do mundo dentro de alguns anos, apesar desta ser a opção com menos peso. A ida para a Premier League e um contrato milionário capaz de alterar as suas vidas são as duas principais vertentes capazes de convencer os jovens a vestirem a camisola do Chelsea, ainda que possa prejudicar a sua carreira a longo prazo.

Desportivamente, encontramos uma equipa que gosta de se arrumar preferencialmente num 3-4-2-1, mas a verdade é que as quatro primeiras jornadas da Premier League apenas nos mostrou um conjunto sem qualquer capacidade de desenvolvimento coletivo, que prima simplesmente pela qualidade individual de alguns jogadores, especialmente Raheem Sterling e Enzo Fernández. 

A próxima jornada vai ver os blues visitarem o Bournemouth FC, e depois da pausa para os encontros das seleções, exige-se a Pochettino melhores resultados, tendo em conta que os cherries não possuem nenhuma vitória (dois empates e duas derrotas.  Ainda assim, levar os três pontos do Vatality Stadium vai ser uma tarefa muito complicada. O futuro do Chelsea começa a escrever-se no próximo dia 17 de setembro.