De Braga a Guimarães reforços com selo UEFA

Francisco IsaacJulho 24, 20186min0

De Braga a Guimarães reforços com selo UEFA

Francisco IsaacJulho 24, 20186min0
Vitória SC, SC Braga, Rio Ave FC e CS Marítimo reforçaram-se para correr pela Europa. Mas que reforços com selo UEFA chegaram a estes clubes?

O Fair Play escolhe quatro reforços que chegaram neste Verão de 2018 a Portugal para dar outra capacidade aos elencos dos clubes pelo qual assinaram por. São reforços com selo UEFA, ou seja, atletas que vêm para garantir que os seus emblemas cheguem às competições europeias na próxima época! 

CLAUDEMIR (SC BRAGA)

Surpresa em Braga… chegou um jogador com credenciais europeias e que vem tentar dar outro nível ao meio-campo bracarense, depois das saídas de Danilo (reforço do OG Nice por 10M€), André Horta (estava emprestado pelo SL Benfica), Bruno Viana e Pedro Tiba (saiu para a Polónia, onde actuará pelo Lech Poznan, depois de uma época emprestado no GD Chaves): Claudemir.

Para a maioria dos adeptos portugueses este atleta que passou pelo liga belga, holandesa e dinamarquesa, com mais de 350 jogos e vários detalhes que fizeram-no de um dos melhores jogadores do Copenhaga durante largas épocas, é um perfeito desconhecido mas nós fazemos um raio-x de Claudemir. Médio-centro, que pode em casos extremos actuar como trinco (mais volta para as funções de gestão de bola e lançamento do ataque, do que fazer de “tampão”), é dotado de um passe de classe elevada, pondo a sua equipa a jogar com uma agilidade e facilidade especial.

Não só é um senhor na hora de agarrar e entregar o esférico, como tem os dotes certos para sair a jogar e criar sérios desequilíbrios à defesa contrária, especialmente no “miolo” de jogo ou no apoio às alas. É um eterno pensador, tem uma excelente noção do espaço e de como aplicar as suas características ofensivas ao dispor da equipa, reorientando bem os mecanismos ofensivos a seu proveito.

Para além disto, é um atleta que está habituado a prata, ou seja, títulos: campeão pelo Brugges (2015/2016) e Copenhaga (2010/2011 e 2012/2013), e vencedor da Taça da Bélgica (2015) e Dinamarca (2012 e 2015). Esteve entre 2017 e 2018 a jogar na Arábia Saudita, mas regressa agora à Europa.

Aos 30 anos está no máximo das suas capacidades como médio-centro e é um a cartada de António Salvador de génio.

DANNY (CS MARÍTIMO)

14 anos depois de ter saído pela última vez do CS Marítimo, o médio-ofensivo que nasceu na Venezuela e que em 1999 entrou para os quadros dos verde-rubros, volta agora a casa: Danny! Aos 34 anos (fará 35 em Agosto) o fantasista está de regresso à Ilha da Madeira para dar outra tonalidade ao futebol dos ilhéus que têm os olhos postos na Liga Europa.

Danny é um jogador que dispensa apresentações por tudo o que fez na sua carreira, os inúmeros títulos conquistados, os vários golos e assistências saídos do seu pé e aquela genialidade muito única do criativo. Em 15 anos de carreira, marcou 90 golos, assistiu outros 120, foi internacional por Portugal, levantou três campeonatos pelo Zenith de Petersburgo e uma Supertaça Europeia pelos russos.

Na época passada jogou ao serviço do Slavia de Praga, pautando o meio-campo de um dos principais clubes da capital da República Checa com sapiência, toque de bola e excelente apoio ao bloco avançado. Já não tem aquela velocidade do passado e a capacidade de driblar e sair disparado para a baliza já não é a mesma. Contudo, continua a ser um perigo com a redonda nos pés e um desequilibrador nato que ultrapassou as lesões dos últimos anos e está naquela fase do querer deixar um legado.

O Marítimo supera assim o adeus de Éber Bessa com um jogador que já foi de classe mundial.

ANDRÉ ANDRÉ (VITÓRIA SC)

Bom filho, a casa retorna sendo que esta expressão adequada-se perfeitamente a André André, atleta que tanto se identifica com o FC Porto e o Vitória SC. Formado no Varzim e FC Porto, lançado na Liga NOS pelos vimareneses e campeão em 2018 pelos azuis-e-brancos, o médio-centro volta a um estádio onde foi sempre feliz.

Com 28 anos, é o momento ideal para André André voltar a um clube onde foi  feliz com destaque para a Taça de Portugal conquistada em 2013, vitória que o internacional português teve directa influência com uma assistência para um dos dois golos da vitória frente ao SL Benfica.

Mas o que pode André André oferecer a Luís Castro e ao Vitória SC? Liderança, entrega e espírito de sacrifício são três “armas” que vai aplicar no clube logo de imediato, o que pode transformar o futebol da equipa nos momentos mais complicados e “duros”.

Vai especialmente catapultar o elenco de Castro para um nível motivacional superior, na busca de devolver ao Estádio Afonso Henriques aquele elemento de inultrapassável, de um recinto difícil e que aplicava uma pressão complicada nos seus adversários antes do apito inicial.

Para além disso, André André sabe prestar-se à parte física do jogo, ombreando bem na recuperação de bolas e na construção inicial de jogo algo que pode fazer a diferença na estratégia esboçada pelo antigo técnico do FC Porto. Será nessas funções e missões que André André deverá ser fundamental nesta temporada.

AFONSO FIGUEIREDO (RIO AVE)

Novo lateral-esquerdo para as hostes vilacondenses, com a chegada do português de 25 anos de seu nome, Afonso Figueiredo. Formado no Sporting CP, CF “Os Belenenses” e SC Braga, afirmou-se na Liga NOS pelo FC Boavista entre 2014 e 2016, actuando na maioria dos jogos como titular dos axadrezados. Apostou numa saída para França onde não correu de todo bem pelo Rennes.

Depois de dois anos desapontantes, regressa a Portugal numa tentativa de se reafirmar no futebol nacional e garantir um espaço no contexto da Liga NOS. É um lateral que gosta de fazer uso da sua agilidade e velocidade para ganhar os duelos no ataque, dotado também de um passe de qualidade e um apoio de excelência ao extremo-esquerdo.

Precisa de se enquadrar numa equipa que aprecie o futebol de posse e de ataque lógico, algo que se encaixa do Rio Ave das últimas temporadas.

No que toca à parte defensiva, Figueiredo é um jogador seguro e habituado aos confrontos mais complicados e que exigem não só um nível de concentração maior mas também de uma leitura de como pressionar ou como lidar com adversários mais mexidos.É sem dúvida alguma um reforço de qualidade para o plantel liderado por José Gomes, que busca manter os mesmos índices de qualidade de jogo da altura de Miguel Cardoso.

Este regresso a casa é o melhor cenário para o lateral-esquerdo que sonha em voltar a chegar ao nível internacional português, uma vez que o foi durante a sua fase juvenil… o Rio Ave pode aproveitar a versatilidade de Figueiredo para ter um flanco-esquerdo dotado de dinamismo e raça.


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