As estatísticas que marcam o começo da Ledman 2018/2019
Os números da Ledman, por norma, não costumam traduzir diretamente o sucesso das equipas. Temos casos de equipas com muitos golos marcados e poucos pontos somados; temos outras que contêm no seu plantel o melhor marcador do campeonato e ainda assim ocupam o último lugar da tabela, como foi o caso do Real Massamá (Carlos Vinícius, melhor marcador da Ledman 2017/2018) na temporada transata; temos ainda formações com poucos golos marcados, mas tendo na defesa a sua maior arma acabam por conseguir estar no topo do campeonato, falamos, por exemplo, do Paços de Ferreira.
Há um ano atrás, a meio da temporada, escrevíamos: “Com um novo formato de competição desde a época de 2012/2013 a II Liga do futebol português ganhou outro interesse, tornou-se mais apaixonante e, mais que isso, a estatística tem vindo a comprová-lo de ano para ano. Por um lado, a introdução das equipas ‘B’ trouxe outra irreverência e outro perfume ao nosso futebol do segundo escalão, por outro lado a matreirice e experiência dos jogadores que têm presença assídua na competição tem complementado na perfeição a geração mais jovem. A Ledman posiciona-se hoje como uma das melhores segundas divisões da Europa, tendo já catapultado inúmeros jogadores para os principais clubes europeus” (relembre este artigo na integra em: https://fairplay.pt/fp/balancos/ledman-analise-estatistica/).
Quase um ano depois, a Ledman continua a não desiludir e tudo indica que irá, como outrora referimos, catapultar novos talentos para os principais campeonatos europeus. Como referências dessa realidade podemos destacar os médios João Félix e Gedson Fernandes no caso do SL Benfica, Jovane Cabral no caso do Sporting CP e ainda Diogo Leite e André Pereira no caso de FC Porto.
Dado isto, segue-se a análise dos dados estatísticos os quais nos permitem destacar alguns jogadores e formações, pelos melhores e piores motivos.
Análise Estatística
Individual
Completados 7 jogos (8 no caso de algumas equipas), a estatística indica-nos uma luta renhida pelo topo da lista de melhores marcadores. Não existe nenhum jogador que se destaque, existe sim um conjunto de jogadores que têm demonstrado ter um faro de golo apurado dentro dos seus plantéis. Ença Fati (UD Oliveirense), Walterson (Famalicão), Roberto (Estoril Praia) e Kwame N’Sor (Ac.Viseu) apontaram
5 golos desde o começo da temporada e tendo em conta o nível de eficácia apresentado prometem não ficar por aqui.
Nesta lista podemos ainda destacar o velho conhecido do futebol português: Hugo Almeida. Segue-se logo atrás deste conjunto com 4 tentos apontados, precisando apenas de 66 minutos para marcar um golo. Um dos melhores rácios europeus da atualidade.
Restantes marcadores:
Deivison (SP Covilhã) – 4 golos
Tiago Dias (SC Braga) – 3 golos
No campo da disciplina, podemos destacar Filipe Gonçalves da UD Oliveirense com 5 amarelos em 7 jogos, uma média de cartões um pouco acima do normal. No entanto, não existe destaque nos cartões vermelhos, isto é, nenhum jogador viu mais que um cartão na presente temporada.
Como totalista de minutos conseguimos destacar apenas o lateral direito do Varzim, Mário Sérgio, tendo cumprido 720 minutos em 8 jogos realizados,
Em termos coletivos, existe muito mais matéria para analisar. Vejamos os números.
Coletiva
Com uma vitória por 7-2 à Académica de Coimbra o Estoril conseguiu facilmente lançar-se para o topo da lista de equipas com mais golos marcados. No entanto, esta veia goleadora da equipa da linha não tem garantido estabilidade pontual e com o empate deste fim de semana os estorilenses caíram para o 4ºlugar. Com Roberto como um dos melhores marcadores do campeonato, veremos se os ‘canários’ conseguem continuar a faturar desta forma ao longo da temporada.
Lista das restantes equipas com mais golos:
Famalicão – 15 golos
Mafra – 11 golos
SL Benfica B – 10 golos
Esta edição da Ledman tem revelado uma média de golos por equipa muito baixa. A maioria das equipas consegue concretizar pouco mais de um golo por jogo, uma estatística muito pouco habitual na nossa II Liga.
Em sentido inverso, temos o Paços de Ferreira como autêntico muro defensivo. Com a chegada de Vítor Oliveira, era de esperar um Paços coeso, forte a defender e muito eficaz na hora de finalizar. A expetativa criada tem sido verificada nestes 7 jogos disputados, isto porque os castores apenas sofreram 2 golos. Como diz o velho ditado: “Quem não sofre golos, no máximo empata o jogo”, e como tal o Paços não tem precisado de marcar muito golos para se fixar no primeiro lugar da tabela.
Restante lista de equipas com menos golos sofridos:
-Penafiel – 4 golos
-SL Benfica – 5 golos
Sem demonstrarem grande brilhantismo, aparece a UD Oliveirense como equipa com mais empates: 5 em 7 jogos; e ainda o FC Porto B como equipa com mais derrotas: 6 em 7 jogos. Por outro lado, temos de destacar a equipa B do SL Benfica, visto que não sofreu qualquer derrota neste arranque de temporada.
Novamente no campo da disciplina, agora em termos coletivos, temos o SC Farense com 23 amarelos em 7 jogos, uma média elevadíssima! Destacamos ainda o FC Porto B, com 3 cartões vermelhos.
Para finalizar a análise, concluímos que o fator casa não tem servido de muito às equipas da Ledman: num total de 63 jogos, temos 23 vitórias em casa e 24 vitórias para as equipas visitantes. Atipicamente, tem existido mais triunfos fora do que dentro de portas! Neste total de jogos, contabilizaram-se 154 golos marcados, resultando isto numa média de 2,4 golos marcados por partida, uma percentagem inferior àquela registada na Liga NOS (2,56%).