Paulo Meneses e a aventura no Nejmeh SC: Supertaça no bolso!

Fair PlayAgosto 17, 20236min0

Paulo Meneses e a aventura no Nejmeh SC: Supertaça no bolso!

Fair PlayAgosto 17, 20236min0
Paulo Menses levou ao Nejmeh SC a levantar mais um título, com a conquista da Supertaça do Líbano como nos conta nesta página

Enfrentávamos o campeão em mais uma final. A final da Supertaça. Tínhamos algumas baixas importantes, mas o foco nas soluções (e não nos problemas) e a ambição continuavam intactas.

Durante a semana, tínhamos passado a mensagem de que ninguém se lembra da equipa (dos jogadores) que ficam em 2º lugar, que quando ganhamos um trofeu, é para sempre, toda a gente vai falar de quem ganhou a Supertaça em 2023.

Sentíamos durante a semana boas sensações nos jogadores, na equipa técnica, no staff de apoio, nos membros da direção. Como também já tínhamos sentido 3 meses antes quando ganhamos a Taça. No entanto, sabíamos que iríamos enfrentar um adversário muito poderoso (o mais forte) do país.

O jogo não foi muito estético, tínhamos a clara intenção de jogar em bloco médio, com as zonas de pressão bem definidas, para roubar a bola e contra atacar, ou manter a posse de bola.

Eles tiveram mais posse de bola e nós controlamos o jogo em Organização Defensiva. Eles como sempre muito fortes nas bolas paradas, e nós com uma marcação mista, tentando combater os seus homens mais fortes no jogo aéreo. Tínhamos a noção de que, nesse momento, não estávamos tão fortes como, por exemplo, 3 meses antes quando ganhamos a taça.

Vários jogadores (alguns muito importantes) saíram para nova incorporação de outros, jogadores que chegaram tarde à equipa, alguns pequeno problemas dentro do clube, que em nada aportavam coisas positivas ao ambiente de qualquer equipa profissional, que tem que viver do equilíbrio institucional, e de uma estabilidade diária.

Ao min 20 da 1ª parte, entrada faltosa no nosso médio-defensivo (Gilson Costa – jogador Português), merecedora de cartão amarelo (mas para o árbitro, não). Foi assistido, saiu porque não aguentava as dores, entrou e tentou de novo…mas já não se sentia capaz de continuar.

A 1ª opção, foi substitui-lo por outro médio-centro que estava connosco o ano passado, mas, porque estava a sentir-se mal, não entrou. Optamos por meter o Louis, jogador que se havia juntado à equipa 1 semana antes, libanês que jogava na Austrália. O esforço do Louis foi tremendo, porque jogou 70 min. em alta intensidade, sem ter realizado pré temporada completa com a equipa. Deu-nos capacidade de ter bola, mais critério na construção, como é forte e robusto, ajudou a tapar os caminhos para a nossa baliza.

O tempo ia passando, 0-0 no intervalo. Ajustamos algumas coisas no balneário, para ser mais astutos e mais agressivos em contra ataque e nas bolas paradas ofensivas. Em ambas situações tivemos algumas situações onde poderíamos ter inaugurado o marcador. Fizemos alguns ajustes com as substituições, para mudar o rumo ao marcador, mas isso não aconteceu. Substituímos o ponta-da-lança (Dmitry – de Ucrânia).

Tinha chegado há 10 dias, e ainda estava à procura dos seus melhores índices físicos. Metemos o José Embaló, jogador Português com raízes guineenses (portanto internacional por Guiné Bissau).

De realçar que, minutos mais tarde, metemos um lateral direito Sub23 que é mais ofensivo, metemos um médio-centro Sub23 para refrescar o meio campo, e metemos um ponta-de-lança na ala direita, para tentar dar mais capacidade ofensiva à equipa na procura do golo. 

Final dos 90 minutos, empate a zero. Era a hora dos penalties (de novo, como na final da taça).

Juntamos toda a equipa, equipa técnica, staff técnico. Falei eu, repetindo e recordando o que já tínhamos falado durante a semana (que iríamos levar a Super Taça connosco, os jogadores que iriam marcar os penalties, que fizessem como nos 2 treinos anteriores ao jogo: escolhem o lado e a forma como vão bater o penalty, e não hesitam, confiança total.

Ao guarda-redes disse-lhe de novo que ele ia ajudar-nos nos penalties). Momento de escolher quem iria bater os penalties. Alguns jogadores, pediram para bater (e eram jogadores que nos treinos tinham grande estatística ao bater penalties), os demais jogadores, escolhemos nós equipa técnica, fruto das estatísticas dos treinos, mas também das sensações (que sentimos durante o jogo, e algumas “indicações” que a linguagem corporal nos dá naquela momento.

Estavam escolhidos os 5 jogadores par bater os penalties, a equipa técnica, staff técnico e restantes jogadores, abraçados na linha lateral, como se fossemos 1 (espirito que fomos cultivando durante a semana).

1º penalty para eles, mandaram por cima. 1º penalty para nós e marcamos. A partir de aí, ganhamos ainda mais conforto e confiança. Depois, o nosso guarda redes defendeu 1 e os nossos jogadores marcaram todos. Ganhamos 4-1.

Era momento de festa no estádio, e depois mais tarde, era momento de festejar com centenas e centenas de adeptos no nosso estádio.


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