O 11 de jogadores espanhóis que passaram em Portugal e falharam

Francisco IsaacJaneiro 22, 20206min0

O 11 de jogadores espanhóis que passaram em Portugal e falharam

Francisco IsaacJaneiro 22, 20206min0
Nos últimos 20 anos foram alguns dos atletas espanhóis que passaram por Portugal e pouco ou nada renderam. Entre os custosos Adrián López e Raúl de Tomás até aos veteranos Capdevilla ou Angula, qual o pior?

Foram alguns dos futebolistas espanhóis que cruzaram as suas sortes com o campeonato português na primeira e segunda década do século XXI, com a maioria a falharem por completo nas pretensões de se afirmarem na Primeira Liga. Escolhemos 11 jogadores que facilmente vão surgir como exemplos claros do que é ser um flop e juntamos alguns dados para demonstrar o tamanho do fracasso.

ROBERTO (SL BENFICA)

Durou uma época na Liga NOS, tendo chegado e saído pelo mesmo valor de transferência: 8,6M€. O guardião sofreu 46 golos em 41 jogos, num dos piores registos dos útlimos 20 anos para um guardião das águias, ficando irresistivelmente ligado a uma má época da formação da Luz então treinada por Jorge Jesus. Estranhamente, o SL Benfica conseguiu assegurar quase 10M€ pela venda de uma guarda-redes que pouco mostrou na sua única época em Portugal.

JOAN CAPDEVILLA (SL BENFICA)

Chegou a custo-zero às águias no Verão de 2011 depois de vários anos de sucesso no Villarreal e na selecção de Espanha, mas terminou a alinhar em apenas 10 jogos no SL Benfica de Jorge Jesus. Os 33 anos pesaram na hora de jogar, com o lateral-esquerdo a revelar os sinais de uma veterania maltratada, nunca estando ao nível exigido por um clube como o Benfica. Sairia a custo-zero no Verão de 2012, sem deixar saudades ou sequer qualquer vislumbro de lembrança.

JOSÉ ANGEL (FC PORTO)

Veio no contentor espanhol patrocinado por Julen Lopetegui em 2014 e, como a maioria, foi uma desilusão completa. O lateral-esquerdo chegou para ser sombra de Alex Sandro e alinhou em 23 jogos em dois anos de serviço aos azuis-e-brancos, um número até considerável para um atleta que tinha dificuldades defensivas claras em jogos de maior dificuldade, para além do fraco envolvimento do processo ofensivo. Em 2017 foi dispensado pela SAD do FC Porto para assinar pelo Éibar, clube pelo qual ainda joga.

ANTONIO ROBAINA (SPORTING CP)

De internacional sub-21 da Espanha e um talento promissor para um flop total no Sporting CP terminando a jogar nas divisões regionais do país vizinho. Esta é a histório de Antonio Robaina, médio-centro que jogou em Alvalade na época de 1999-2000, somando um total de 30 minutos em toda a temporada… contudo, bastou para ser campeão nacional pelos verde-e-brancos e esse feito já ninguém pode lhe negar.

ALBERTO ZAPATER (SPORTING CP)

Um trinco de qualidade, especialmente se jogarem o Football Manager 08, Alberto Zapater custou 2M€ aos “cofres” leoninos em 2010, saindo 9 meses depois a… custo-zero. Foi um daqueles negócios estranhos e mal trabalhados da parte da então direcção do Sporting chefiada por José Eduardo Bettencourt. Realizou quase 30 jogos de “leão” ao peito mas raramente foi visto como um jogador útil em Alvalade.

JOSÉ CAMPAÑA (FC PORTO)

Chegou inexplicavelmente ao FC Porto por empréstimo para reforçar a equipa “B”, com Julen Lopetegui a ter a esperança de recuperar o médio que andava a definhar em Itália. O treinador espanhol nunca escondeu a sua admiração por Campaña, pois tinha sido seu jogador na selecção sub-21 da Espanha, e via-o como um recurso para o meio-campo dos dragões na altura. Actuou em 12 encontros pelos dragões, a larga maioria na Ledman Liga Pro e só por duas ocasiões foi capaz de ser chamado à titularidade para a Primeira Liga. Lopetegui prometia que o médio ia ser uma revelação mas não foi nada mais que uma desilusão de entre várias do consórcio espanhol que invadiu a Invicta em 2014.

JEFFREN (SPORTING CP)

O extremo-esquerdo nasceu na Venezuela mas foi um dos nomes mais badalados da formação do FC Barcelona, conseguindo mesmo chegar à titularidade nos sub-21 da Roja. Em 2011 e com 22 anos nas pernas, Jeffren chega a Alvalade a custo de quase 4M€ e em duas épocas apresentou-se constantemente lesionado, apesar de mostrar alguns (raros) vislumbres de genialidade. Olhando para o salário que auferiu durante essas duas épocas – 9M€ no total – e a qualidade das exibições facilmente chegamos à conclusão que o extremo foi um fracasso de mercado, ficando associado aos piores anos dos leões em termos de lidar com o mercado.

MIGUEL ANGULO (SPORTING CP)

O antigo internacional espanhol chegou a Alvalade em 2009 e… pouco há para contar sobre a estadia de um dos jogadores mais emblemáticos do Valencia. Angulo realizou uns pobres 300 minutos em cinco meses no Sporting CP e acabou por rescindir contrato em Dezembro do mesmo ano, pondo fim à sua carreira de atleta. Pouco se sabe o valor do prémio de assinatura ou quanto recebeu por cada um dos cinco meses, porém a imagem de flop e de mais um dos negócios ruinosos da direcção de Bettencourt nunca sairá da cabeça dos adeptos portugueses.

ADRIÁN LÓPEZ (FC PORTO)

11M€ pagou a direcção liderada por Jorge Nuno Pinto da Costa pelo avançado espanhol e passado cinco temporadas acabou por sair da Invicta sem o clube receber qualquer valor em troca. Adrián López viveu num vaivém de empréstimos, ficando no plantel dos dragões por três temporadas com a última a ser a mais rentável em termos de números: 25 jogos, 6 golos e 4 assistências. Um avançado que pareceu constantemente perdido e infeliz no Dragão, Adrián López foi das maiores desilusões da última década no futebol português, lembrando que chegou do Atlético Madrid etiquetado como um jogador de qualidade (apesar de estar ligeiramente em queda) e internacional pela Roja.

RAUL DE TOMÁS (SL BENFICA)

É a entrada mais “fresca” e a que pode reunir alguma polémica… mas a verdade é que Raúl de Tomás provou muito pouco para um atleta que marcou uns meros 3 golos em 17 encontros disputados, passando de titular incontestável para suplente não utilizado. Foi a contratação mais cara de sempre dos encarnados, com 20M€ desembolsados na sua contratação revelando mais um erro na gestão de Luís Filipe Vieira, apesar de ter conseguido vender o avançado pelo mesmo valor ao Espanyol (inexplicável, correcto?).


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