Arquivo de Ténis - Página 5 de 23 - Fair Play

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André Dias PereiraFevereiro 28, 20233min0

Carlos Alcaraz foi o grande nome do circuito em 2022. Mas uma lesão que já vinha da temporada passada acabou por condicionar este inicio de época e a sua participação no Australian Open. Mas o espanhol está de volta ao circuito e já fez saber que o ano passado não foi um acaso. Por enquanto, participou em dois torneios, ambos na América o Sul. Venceu em Buenos Aires e foi finalista vencido no Rio de Janeiro. Curiosamente, o adversário foi o mesmo, o britânico Cameron Norrie.

Na Argentina, o número 2 o mundo acabou por levar a melhor por 6-3 e 7-5. Ao longo de todo o torneio, Alcaraz cedeu apenas um set. Aconteceu diante Laslo Djere, nos oitavos de final: 6-2, 4-6 e 6-2. No mais, o vice-líder mundial deixou para trás Dusan Lajovicb (6-4 e 6-2) e o compatriota Zapata Mirallas (6-2 e 6-2). O torneio contou ainda com nomes como Diego Schwartzman, Fabio Fognini e João Sousa. O português acabou por cair no seu primeiro jogo, diante Juan Carlos Varillas. O peruano, 77 do mundo, foi uma das sensações, chegando às semi-finais. Menos bem esteve iego Schwartzman. A jogar em casa acabou surpreendido por Zapata Miralles, outro semi-finalista e que viria também a alcançar essa condição no Brasil uma semana depois.

Embalado pelo triunfo na Argentina, Carlos Alcaraz seguiu para o Rio de Janeiro como cabeça de série, em busca o seu segundo título na prova. Mas desta vez foi Cameron Norrie quem levou a melhor, por 5-7, 6-4 e 7-5. Uma vitória de virada, revelando grande força mental por parte do britânico. Foi apenas o segundo triunfo de Norrie diante Alcaraz em seis jogos. Este foi o quinto título ATP do britânico na carreira e o primeiro de 2023. Uma vitória que lhe permitiu subir para o 12 lugar do ranking.

Alcaraz em dúvida para Acapulco

Mas embora a vitória do britânico tenha sido intensa, importa destacar também que Alcaraz sentiu dores durante toda a semana na coxa direita. E isso acabou por pesar também na final. Ainda assim, o número 2 do mundo optou por jogar não se retirar da decisão, conforme explicou depois o seu técnico. Para chegar à final, levou a melhor sobre Mateus Alves, Fabio Fogini e outra vez Dusan Lajovic. Por seu lado, Norrie eliminou Juan Cerundolo, Thiago Monteiro, Hugo Dellien e Zapata Miralles. No Brasil, Alcaraz teve ainda a chance de conhecer a favela da Rocinha.

O espanhol tenta recuperar a condição e número 1 mundial. E isso até pode acontecer em Acapulco. Contudo, as últimas notícias indicam que não deverá jogar o torneio ATP 500 do México. Justamente por motivo de queixas apresentadas no Rio de Janeiro.

Duzentos pontos separam Alcaraz de Djokovic. O sérvio, no mais, bateu o recorde de Roger Federer e tornou-se o jogador com mais semanas como número 1 do mundo. São agora 378 semanas a liderar o ranking.

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André Dias PereiraJaneiro 30, 20233min0

Novak Djokovic está de volta ao topo do mundo. No regresso a Melbourne, após ter sido “cancelado” e deportado da Austrália, por não estar vacinado, o sérvio regressou agora em grande estilo. Nolan não apenas venceu o seu 10 título, reforçando a condição de maior campeão do torneio, como igualou Nadal com 22 Majors e regressou à liderança da hierarquia mundial.

Não por acaso, Djokovic considerou esta a sua vitória mais importante na Austrália. E não é para menos. O episódio da temporada passada acabou por condicionar toda a época. E se olharmos o 2022 de Nolan ela foi marcada por altos e baixos. É também por isso que era importante arrancar bem.

Este ano já sem Federer, o torneio australiano teve outra grande baixa. Carlos Alcaraz, número 1 mundial, não recuperou de uma lesão que vinha o ano passado e ficou também e fora. Quer isto dizer que para além da vitória no torneio, a liderança mundial deveria ter um novo dono.

E a verdade é que Djokovic mostrou desde cedo que queria muito ganhar. E quando assim é fica muito difícil para os outros. A final, aliás, acabou por ser muito mais tranquila do que o esperado. Djokovic precisou de pouco menos de 3 horas para levar de vencido Tsitsipas por 6-3, 7-6 e 7-6. Ainda não foi desta que o grego venceu um Major. Tsitsipas conta com 16 títulos na carreira, entre os quais o ATP Finals e dois Masters Monte Carlo, mas não consegue um Grand Slam. Esta foi a sua segunda derrota em finais, após Roland Garros em 2021.

Ao longo do torneio, Djokovic perdeu cedeu apenas um set. E isso diz bem da capacidade de Nolan, mesmo aos 35 anos. A pergunta que se repete é até quando o sérvio vai continuar a dominar.

Djokovic voltou para ficar

A resposta não é simples, porque depende de vários fatores. Entre os quais a própria motivação de Nolan. Com esta vitória, Djokovic igualou o número de Grand Slams de Nadal (22). Mas a verdade é que o espanhol parece cada vez mais reduzido fisicamente. E um bom exemplo foi a sua eliminação na segunda ronda perante o norte-americano Mackenzie MacDonald. O espanhol foi traído por mais uma lesão e parece cada vez mais distante de poder disputar muitos torneios ao ano. Ainda assim, é expectável que jogue Roland Garros e se apresente como o grande favorito.

E do mesmo jeito que Nadal perdeu parte de si e da sua motivação com a saída de cena de Federer, o mesmo pode acontecer com Djokovic quando o espanhol também se aposentar. Por enquanto, nada aponta para o abrandamento do sérvio, que por certo quererá sair do ténis como o maior campeão da história. Mas por enquanto volta a subir ao trono da hierarquia mundial para estender a sua dominância.

Nesta equação também é preciso considerar a ascensão de Carlos Alcaraz. Como o o espanhol vai consolidar a sua evolução é a grande pergunta. O herdeiro natural de Nadal, tem tudo para lhe seguir as pisadas. Um jogo extremamente físico, tendo também já demonstrado forte capacidade mental. Alcaraz deverá dominar a cena mundial nos próximos anos, mas Djokovic por certo terá capacidade e foco para continuar relevante e disputar títulos. Se Nadal ainda terá essa capacidade fora de Paris é a grande questão para o ano 2023.

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André Dias PereiraJaneiro 14, 20233min0

Arranca esta segunda-feira, dia 16, o primeiro Major do ano. A época já começou, é verdade, mas é em Melbourne que se mede o barómetro do que 2023 nos pode trazer.

O primeiro torneio do ano não vai contar, porém, com o número 1 do mundo. Carlos Alcaraz, sensação espanhola que explodiu o ano passado, não recuperou de uma lesão no joelho e está fora do Australian Open. É a segunda vez que o torneio não poderá contar o líder do ranking. Recorde-se que o ano passado, Djokovic não jogou por conta de problemas relacionados à não vacinação contra o Covid-19.

Também por isso, o sérvio deverá estar ultra motivado para alcançar o seu décimo título na Austrália. E Nolan já mostrou ao que veio em 2023. Venceu o primeiro ATP 250 do ano, em Adelaide. A vitória na final contra o norte-americano Sebastian Korda por 6-7, 7-6 e 6-4, correspondeu ao 92 título ATP, o quarto maior registo na Era Open.

Depois disso, Djokovic jogou ainda uma partida de exibição contra Nick Kyrgios, onde reencontrou o público de Melbourne. Aliás, será interessante acompanhar o australiano no torneio. Depois do ótimo 2022, o certame será uma boa oportunidade para entender se o enfant terrible do ténis vai manter o nível alto. Polémico, Kyrgios assumiu inclusivamente que se ganhasse poderia aposentar-se.

Nadal aposenta-se em 2023?

Alcaraz não vai marcar presença, mas outro espanhol deverá estar no lote dos favoritos. Nadal, claro. O maiorquino é o campeão em título e apesar de não ser o maior favorito, ninguém dúvida que possa repetir o feito do ano passado. Uma coisa é certa. Apesar dos 36 anos, continua no topo. É o maior campeão de Grand Slam, com 22 troféus, e um nome a ter sempre em conta. O ano de 2023 deverá manter a toada de equilíbrio dos últimos anos mas de acordo com Zverev, Rafa poderá aposentar-se após Roland Garros.

Por enquanto trata-se apenas de um rumor, mas uma coisa é certa. Com a aposentadoria de Federer, em 2022, uma parte do espanhol ficou para trás. Foi o próprio quem o admitiu. Uma saída no seu torneio de eleição seria como que apoteótico.

Mas nem só dos históricos vive este Australian Open. Casper Ruud e Medvedev são nomes importantes a acompanhar. Ruud teve um ano recheado de finais e vitórias importantes o ano passado. Chegar a número 1 do mundo é o seu grande objetivo, mas fazê-lo com um triunfo em Melbourne daria uma consistência maior a esse feito.

Já Medvedev, com um 2022 de altos e baixos, quer começar bem a temporada para ganhar um embalo importante. Em Adelaide, caiu nas meias-finais contra Djokovic. Na chave do Australian Open, poderá jogar com Nadal nos quartos de final.

Há ainda Aliassime, Tsitsipas e Rublev. O russo vai enfrentar Dominic Thiem logo na ronda inaugura, em um dos jogos de maior cartaz da ronda inagural. O grande ano de 2022 de Aliassime também suscita interesse para saber se terá sequência em 2023. O canadiano teria um caminho espinhoso para chegar à final com potenciais adversários como Pospisil, Wawrinka, Cameron Norrie, Tsitsipas, Nadal ou Casper Ruud.

Mas, por enquanto, tudo fica no campo da especulação. O espetáculo vai começar.

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André Dias PereiraDezembro 30, 20223min0

A temporada de tênis de 2023 arranca em Melbourne, na Austrália, e vai contar com a presença de Novak Djokovic. O sérvio está de volta à Oceania, após a ausência em 2022. Recorde-se que o atual número 5 do mundo foi deportado de Melbourne por não estar vacinado contra a Covid-19, uma exigência, aliás, do governo australiano para quem chegava e fora o país.

O episódio arrastou-se e tornou-se em uma novela que acabou por marcar negativamente a temporada de Djokovic. Mas esse é um episódio que parece ter ficado para trás. À chegada a Austrália, o sérvio assume que é algo que não quer voltar a viver.

Aos 35 anos Djokovic quer provar que ainda pode continuar a disputar a dominância do ténis mundial. Após um ano dominado por Nadal e Alcaraz – e em que Federer se aposentou – o ano e 2023 pode ser determinante para o futuro de Djokovic. Ou, pelo menos, do que podemos esperar dele até ao final da sua carreira.

E para isso nada melhor do que começar a temporada na Austrália. É justamente ali onde o sérvio é rei. Djokovic é o maior campeão a história do Australian Open, com 9 troféus. Um bom arranque pode ser o que o ex-número 1 do mundo precisa para alcançar a estabilidade mental e competitiva que faltou na época passada.

O Australian Open arranca a 16 de janeiro mas antes acontecem outros torneios preparatórios. A começar já com a United Cup, esta quarta-feira, dia 29. Trata-se de um torneio misto, de 18 equipas, imaginada como a Hopman Cup, e que acontece nas cidades e Sidney, Perth e Brisbane. Seguem-se os torneios de Adelaide e Auckland, a partir de 9 de janeiro.

Um novo ciclo para 2023

Federer, Nadal e Djokovic dominaram a cena mundial nas últimas duas décadas. Porém, nos últimos anos, a sucessão tem vindo a consolidar-se. Com a aposentadoria de Federer, e o avançar de idade de Nadal e Djovkovic, o ténis vai-se renovando naturalmente.

Isso não quer dizer, porém, que o espanhol e o sérvio não possam ser competitivos. Ainda em 2022 Nadal ganhou o Australian Open e Roland Garros, enquanto Nolan venceu Wimbledon. Conforme o maiorquino referiu recentemente, o seu objetivo neste momento não é ser número 1 mundial mas sim competitivo em todos os jogos e torneios. Aliás, nem Nadal e Djokovic nada têm a provar.

No sentido inverso, Carlos Alcaraz foi o grande nome de 2022. Aos 19 anos tornou-se o mais jovem número 1 do mundo. O título no US Open e os recordes de precocidade elevaram-no ao patamar de sucessor e herdeiro de Rafael Nadal. Será interessante agora acompanhar a sua evolução e como responde à exigência de ser líder mundial. Esse foi, de resto, um problema que Daniil Medvedev enfrentou quando atingiu o topo. O ano do russo não foi para esquecer, mas passou longe da expetativa em seu redor.

E há ainda Casper Ruud. O norueguês esteve perto de chegar a líder mundial e jogou finais importantes, como US Open, Roland Garros e ATP Finals. Talvez por isso, os títulos de Gstaad, Buenos Aires e Geneva tenham sabido a pouco. Atualmente número 3 do mundo, Ruud acredita que atingir a liderança mundial é uma questão de tempo. “A temporada passada mostrou que tenho potencial. Se continuar a trabalhar duro posso estar nessa posição”, reconhece.

No ténis tudo pode acontecer. E mudar rapidamente. A nova temporada está a começar e qualquer previsão pode mudar a cada semana, lesão ou título inesperado. As emoções estão de volta.

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André Dias PereiraDezembro 9, 20222min0

Kamil Majchrzak, 26 anos, é o mais recente tenista a cair nas malhas do doping. Foi o próprio tenista, 77 do ranking mundial, quem o anunciou através das redes sociais. Majchrzak testou duas vezes positivo, mas frisa que não tomou qualquer substância proibida. “É um grande choque, não tenho ideia de como isso aconteceu”, disse em comunicado, destacando ainda que vai “lutar pela sua inocência”.

Por enquanto, a Federação Internacional ainda não se pronunciou sobre o tema. Não são, por isso, ainda conhecidas as substâncias que estão na base da acusação.

O caso levanta uma velha polémica no ténis: a credibilidade dos testes. Nos bastidores sempre circulou a ideia de que o doping só chegava para os tenistas menos bem rankeados. No caso dos atletas de topo, historicamente, são poucas as suspeitas. Mas há algumas excepções.

No quaro feminino, Martina Hinguis foi identificada como tendo usado cocaína. A tenista suíço também alegou inocência e acabou por se retirar, voltando em 2013 para jogar duplas. André Agassi também também assumiu doping na sua biografia. Mas o último grande caso terá sido o de Maria Sharapova. A tenista russa, foi identificada com uma substância desconhecida no próprio dicionário de remédios: Moldónium. Sharapova reconheceu ter usado a substância mas desconhecia a sua proibição. Como pena foi suspensa por dois anos do circuito.

Outros casos

Em 1998 Petr Korda venceu o Australian Open. Mas as acusações de Doping perpetuaram-se no tempo. O ex-tenista testou positivo para esteroides, após um jogo diante Tim Henman, em Wimbledon. Foi suspenso por 12 meses e quando tentou regressar ao circuito não obteve sucesso.

Outro caso foi o de Guillermo Cañas. O argentino foi suspenso por dois anos, em maio de 2008, por consumo de Hidrocholorothiazide,

Também Marin Cilic esteve envolvido em situação de doping, em 2013. O croata foi acusado do uso de Niquetamida, durante o ATP Munique. Cilic argumentou, à época, que sua mãe comprou glicose errada.

Por enquanto é ainda cedo para entender o que pode acontecer com Kamil Majchrzak. O polaco tornou-se profissional em 2013 mas por enquanto ainda não venceu qualquer título ATP.

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André Dias PereiraNovembro 30, 20223min0

O Canadá sagrou-se, pela primeira vez, campeão da Davis Cup, a mais importante competição de seleções de ténis. Os canadianos tornaram-se o 16º país a conquistar o título por equipas, ao fim de 109 anos de participações. E para isso muito contribuiram Shapovalov e Felix Aliassime. Os dois tenistas foram essenciais no triunfo sobre a Austrália por 2-0.

Mas vamos por partes. Shapovalov começou por vencer Thanasis Khokkinakis, por 6-2 e 6-4. Seguiu-se o triunfo de Aliassime sobre De Minaur por  6-3 e 6-4.

Esta foi a segunda vez que o Canadá chegou à final. A primeira aconteceu em 2019, mas não levou a melhor sobre o favoritismo de Espanha. Esse foi também o ano em que a competição adotou o atual modelo de Finals. Desta vez, os canadianos detinham algum favoritismo. Até porque os australianos estavam desfalcados de Nick Kyrgios, um dos jogadores em melhor forma no circuito.

Ao todo a Austrália já venceu a competição por 28 vezes (incluindo o período em que era Australásia), a última das quais em 2003. O maior campeão é, contudo, os EUA com 32 títulos, o último em 2007.

O triunfo canadiano revela o crescimento do país na cena do ténis mundial nos últimos anos. No mais, Felix Aliassime, tem vindo a consolidar-se no top-10. Aos 22 anos é já número 6 mundial. E isso muito se deve ao grande ano de 2022 onde alcançou todos os 4 títulos que conquistou como profissional: Basileia, Antuérpia, Florença e Rotedão. Foi ainda finalista vencido em Marselha e jogou o ATP Finals, vencendo ainda a Laver Cup.

Alemanha e Itália no caminho

Shapovalov, 23 anos, é 18 do mundo e também um dos mais talentosos do circuito. Tem tido alguns altos e baixos, é certo, mas é um jogador que pode vencer qualquer um. O ano de 2022 trouxe alguns dissabores, como as derrotas nas finais de Viena e Seul. Mas se no plano individual as coisas não lhe correram bem, por equipas conquistou a Laver Cup e agora a Taça Davis.

O percurso para chegar à final não foi fácil. Os canadianos tiveram que afastar primeiro a Alemanha e depois Itália. Em ambos os casos, a vitória foi por 2-1. Contra os alemães, Aliassime e Pospisil fizeram a diferença. Primeiro, Aliassime diante Oscar Otte (7-6 e 6-4) e depois Pospisil e Shapovalov, em duplas, contra Tim Puetz e Kevin Krawietz (2-6, 6-3 e 6-3). Uma vitória de virada, após melhor início dos alemães com triunfo de Jan-Lennard Sruff sobre Shapovalov (3-6, 6-4 e 7-6).

Contra os italianos, novamente uma reviravolta. Os transalpinos começaram por ganhar em jogo individual. Sonego levou a melhor sobre Shapovalov (7-6, 6-7 e 6-4). Só que os canadianos reagiram por Aliassime, que levou a melhor diante Musetti (6-3 e 6-4). E depois, em duplas, com Alassime e Pospisil a ganharem aos favoritos Matteo Berrettine e Fabio Fognini (7-6 e 7-5).

Neste torneio, destaque também para a Croácia, que alcançou as semi-finais, deixndo para trás Espanha. Os croatas contaram nas suas fileiras, entre outros, com Marinc Cilic e Borna Coric. A Espanha não contou com as suas maiores estrelas (Nadal e Alcaraz) mas tinha Bautista Agut, Ramos Viñolas, Pedro Martinez e Marcel Granollers.

Já os EUA cairam nos quartos de final, diante Itália (2-1). O seu último título foi em 2007.

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André Dias PereiraNovembro 11, 20223min0

Arranca este domingo, dia 13, o ATP Finals. O último grande torneio da temporada reúnes os jogadores que mais se destacaram em 2022. Mas terá uma baixa importante. Carlos Alcaraz, número um do mundo e vencedor do US Open, lesionou-se e é uma baixa confirmada para o torneio. Aconteceu nos quartos de final do ATP Paris. Alcaraz deverpa parar seis semanas. O espanhol dominou a época, com maior número de vitórias, e uma ascensão incrível no ranking até chegar ao topo, aos 19 anos de idade.

Para o lugar de Alcaraz entrou Taylor Fritz. Esta é a primeira vez que o norte-americano jogará o torneio. Campeão de Indian Wells (1000), Tóquio (500) e Eastbourne, Fritz fez, provavelmente, o melhor ano da sua carreira.  Jogar o ATP finais acaba por ser um prémio justo independentemente do resultado final.

Sem Alcaraz, mas com Nadal e Djokovic, é dificíl apontar um favorito claro. O espanhol leva vantagem se olharmos aos títulos esta temporada, entre eles Australian Open e Roland Garros. Mas Djokovic tem uma motivação extra. Em caso de vitória igualará Roger Federer como maior campeão do torneio, com seis títulos. Nolan soma os mesmos cinco títulos que ivan Llendl e Pete Sampras. Este é, aliás, a 15 participação do sérvio no torneio.

E bem se pode dizer que Djokovic não terá tarefa fácil. No sorteio realizado em Turim, onde o torneio acontece, o sérvio calhou no grupo vermelho, que inclui também Medvedev e Tsitsipas, Rublev. Este é apontado como o grupo mais difícil.

A 17ª vez de Nadal

O agora número 8 do mundo foi um dos primeiros a chegar a Turim para treinar. Medvedev, campeão em 2000, teve um ano com mais baixos do que altos. Caiu para número 5 do mundo e venceu “apenas” torneios menores, como o de Áustria e o de Los Cabos.

O ano de 2022 foi mais um para consolidar Rublev. O russo ganhou nada menos do que 4 títulos, contudo, continua ainda à procura de um grande troféu. O ano passado foi finalista vencido em Cinicinnatti e Indian Wells. O atual número sete do mundo pode surpreender no torneio, mas terá pela frente também Tsitsipas. O grego venceu este ano os torneios de Monte Carlo e Maiorca. Apesar de não ter ganho títulos maiores, tem sido consistente e é número três mundial.

No grupo verde, Nadal enfrentará Taylor Fritz, Zverev, Casper Ruud e Felix Aliassime. Esta será a 17ª participação do espanhol no torneio, o único grande título que lhe falta conquistar. Neste grupo, o canadiano Felix Aliassime está em grande momento e pode surpreender. Os quatro torneios que já ganhou como profissional foram todos conquistados este ano: Roterdão, Florença, Antuérpia e Basileia. Já Zverev tem sido um tanto irregular mas é sempre um adversário que cresce no torneio.

Casper Ruud, que tem feito um ano em crescendo e caso apresente o nível do US Open, onde foi finalista vencido, pode causar estragos nos principais candidatos.

O ATP Finals joga-se entre os dias 13 e 20 de setembro.

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André Dias PereiraOutubro 30, 20223min0

A partir de 13 de novembro e até 20 de novembro, joga-se o último grande torneio do ano. O ATP Finals vai reunir, em Turim, Itália, os maiores jogadores do ano. Daniil Medvedev, campeão em 2020, já garantiu a sua presença após vencer este sábado, dia 29, Grigor Dimitrov e avançar para a fnal do ATP 500 de Viena. É a quarta vez que o russo joga esta competição.

O antigo número 1 mundial teve um ano discreto. Em 2022 conquistou, para já, apenas o título em Los Cabos, no México, e três vice-campeonatos, incluindo o Australian Open. É verdade que pode ainda ganhar o torneio de Viena, onde defrontará Shapovalov. E há ainda o ATP Paris. Mas não é menos verdade que desde 2018 Medvedev nunca ganhou menos que dois torneios.

Para além do russo, estão também garantidos no ATP Finals, Carlos Alcaraz, Rafael Nadal, Casper Ruud, Novak Djokovic e Stefano Tsitsipas.

Djokovic soma cinco títulos, ao lado das lendas Ivan Lendl e Pete Sampras. O recordista é o agora aposentado Roger Federer. Isso quer dizer que o sérvio pode-se tornar o maior campeão do torneio ao lado do suíço, caso vença este ano. Djokovic é também o único a ganhar a prova quatro anos consecutivos (2012-15). Mas, claro, é sempre preciso considerar Rafael Nadal. O espanhol continua em altíssimo nível mesmo aos 36 anos. Este ano já ganhou o Australian Open, Roland Garros e os torneios de Melbourne e Acapulco. Curiosamente, Nadal nunca venceu o ATP Finals. Foi finalista vencido em 2013 e 2010. Este é, aliás, o único grande título que lhe falta na carreira.

ATP Paris será determinante

Apenas dois tenistas espanhóis venceram o ATP Finals. O primeiro foi Manuel Orantes, em 1976, e o último foi Alex Corretja, em 1998. Desta vez, há boas razões para acreditar num sucesso espanhol. É que para além do número dois mundial, Nadal, há ainda a sensação Carlos Alcaraz, o líder do ranking.

Alcaraz será um estreante na prova, é certo, mas essa condição nunca foi problema para se colocar entre os favoritos. Este ano tornou-se o mais jovem número 1 da história e também a vencer o US Open. De resto, o espanhol tem alcançado todos os recordes de precocidade e é o atleta que mais ganhou em 2022. Para além do sucesso em Nova Iorque, ganhou outros quatro títulos: Masters de Madrid e de Miami e os torneios de Rio Janeiro e Barcelona.

Casper Ruud é outro jogador em ótima forma. Já venceu este ano três torneios (Gstaad, Buenos Aires e Genebra) e foi finalista vencido no US Open. Ele repete a experiência do ano passado e será um nome a ter em conta.

Ao todo estão seis tenistas já classificados. Isso quer dizer que há duas vagas em aberto. Por enquanto, Felix Aliassime e Andrey Rublev são os mais bem posicionados. Mas o ATP Paris será determinante. Uma coisa é certa, este ano o torneio de Turim não terá representantes italianos. O triunfo de Aliassime em Basileia retirou matematicamente as chances a Jannik Sinner e Matteo Berrettini de lutarem pelas vagas. Pablo Carreño Busta (2415 pontos) e Cameron Norrie (2410) também estão longe de o conseguirem. Por outro lado, o norte americano Taylor Fritz e o húgaro Hubert Huckacz podem intrometer-se entre Aliassime e Rublev.


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