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Há pouco mais de uma semana poucos seriam os que escutaram o nome de Luca Nardi. Mas as coisas mudaram após o italiano de 20 anos vencer de forma surpreendente Novak Djokovic em Indian Wells. O sérvio era apontado como o grande favorito ao torneio, que teve novamente Carlos Alcaraz como vencedor.
O número 123 do mundo ganhou por 6-4, 3-6 e 6-3 na terceira eliminatória. Nardi é um chamado lucky looser, ou seja, alguém repescado das pré-eliminatórias. No qualifying, Nardi venceu Terence Atmane, mas foi afastado pelo belga David Goffin. Acabaria, porém, por entrar como luky looser, após o argentino Tomás Etcheverry abandonar o torneio devido a uma lesão na coxa.
Nardi é um fã confesso de Djokovic, reconhecendo até que tem forradas as paredes do seu quarto com fotos do sérvio. “Acho que antes desta noite ninguém me conhecia. Estou super feliz. Sinceramente, nem sei como isto aconteceu”, disse o italiano. Por seu lado, Djokovic lembrou que “foi uma vitória justa” do italiano. Afastado de Indian Wells, o sérvio não jogará também o Miami Open e só regressa na temporada de terra batida. Recorde-se que Nolan estava afastado do circuito há seis semanas e este ano ainda não ganhou qualquer título. Uma raridade. “Não é comum, mas faz parte, às vezes ganha-se, outras perde-se, quem sabe possa ganhar mais alguns torneios”.
O resultado de Nardi é tão mais surpreendente se considerarmos que há poucas semanas não passou da segunda rodada do Challanger indiano de Bengaluru. E se é verdade que o italiano afastou o sérvio, acabou por não ter a mesma sorte na ronda seguinte, diante Tommy Paul. O norte americano foi também uma das sensações do torneio ao atingir as meias finais.
Nascido em Pesaro, na costa italiana, Nardi começou a jogar por influência do seu irmão mais velho, aos 7 anos de idade. Desde então, tem trabalhado com Francesco Sani, o seu técnico. Entrou para o profissional em 2020 e a sua melhor classificação é o lugar 106.
Maioritariamente, tem jogado Challangers. Já ganhou três: Forli, Lugano e Maiorca. O triunfo sobre Djokovic é, apesar de tudo e por ora, o seu resultado mais expressivo. “Jogou um ótimo ténis no terceiro set. Ele move-se bem e tem muito talento”, disse Nolan, que até aqui reconhece que também conhecia pouco do italiano.
A quarta ronda de Indian Wells é também o mais longe que já conseguiu. Em Grand Slam, a segunda ronda do Australian Open, também este ano, foi o seu melhor registo. Nardi é um jogador em evolução, tendo a partida com Djokovic sido a primeira diante de um top-10. Não será um fenómeno como Alcaraz, mas é um nome para acompanhar no futuro.
E por falar no espanhol, ele fê-lo de novo. Carlos Alcaraz repetiu o triunfo de 2023 em Indian Wells. Desta vez, levou a melhor sobre Medvedev por 7-6 e 6-1. O número 2 do mundo começou morno, mas quando tomou conta do jogo não deu chances ao russo. O espanhol mantém-se firme entre o top-3 e será muito interessante vê-lo em ação na terra batida de Roland Garros, onde há ainda Nadal e Djokovic, entre outros candidatos. Mas parece uma questão de tempo até Alcaraz dominar também Paris como sucessor do compatriota.
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