José Andrade, Author at Fair Play - Página 10 de 20

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José AndradeAgosto 31, 20225min0

Hoje vamos olhar para o que já tivemos até agora neste mercado de transferências que tem estado muito animado na Liga Betclic Feminina falando de 5 movimentações de jogadoras portuguesas que se vão destacar nesta nova época.

Carolina Gonçalves – Na Madeira para fazer “estragos” na Liga

Um dos reforços que mais destaco para esta próxima temporada é Carolina Gonçalves que depois de duas épocas ao serviço do SL Benfica vai conhecer uma nova casa, agora no Francisco Franco. Quando falamos de Carolina Gonçalves e apesar da juventude, não falamos de uma jovem promessa porque a jogadora deixou esse “título” ainda cedo ao se afirmar muito jovem no nosso basquetebol. A atleta surge em idade muito jovem no Algés onde logo nos primeiros passos no mundo basquetebolístico nacional deixou evidente que seria um caso muito sério, comprovando isso na Quinta dos Lombos e nos Estados Unidos da América. Chega para base, depois de duas temporadas onde a utilização foi menor e por isso podemos esperar já grandes jogos da jovem jogadora portuguesa. Tal como disse no Twitter, é uma das transferências mais entusiasmantes para a nova temporada com a certeza de que poderemos estar em breve a falar de um dos destaques na Liga Betclic Feminina nesta época que vai começar.

Inês Faustino – o regresso da lenda à Liga

Mudamos para Carcavelos para nos virarmos para Inês Faustino uma das caras novas do Quinta dos Lombos para a nova época. A base vai assim regressar à Liga depois de ter brilhado na 1ª Divisão. Neste caso o entusiamo é com o regresso em si à principal divisão do nosso basquetebol de uma das melhores jogadoras nacionais porque é alguém que dispensa apresentações. O Quinta dos Lombos tem já várias entradas em destaque (lá chegaremos), mas num grupo muito jovem a experiência de uma jogadora também ela ainda jovem como Inês Faustino vai ser preponderante, além de que a chegada de uma base com esta qualidade já colmata aquela que foi uma das maiores lacunas do conjunto do professor José Leite na última temporada. Estaremos a falar de uma das estrelas da Liga Betclic Feminina nesta próxima época.

Mafalda Pompeu – Ares algarvios para “rebentar” na Liga

Na nossa terceira mudança em destaque, vamos até ao Algarve para falar da ida de Mafalda Pompeu para o Imortal. Um dos conjuntos mais fortes do nosso basquetebol vai conseguir manter a sua base extraordinária juntando reforços de muito valor, como Mafalda Pompeu. A jogadora portuguesa vai pela primeira vez estar um pouco mais longe de casa, ela que se destacou muito cedo em Coimbra, tendo passado também pelo Galitos de Aveiro, mas que na última temporada regressou ao Olivais num ano que não foi fácil para ninguém e onde Mafalda Pompeu acabou por não conseguir “explodir” como estávamos todos com esperança que viesse a acontecer. Jogadora versátil que pode com a “ajuda” da força e qualidade deste grupo de Albufeira, conseguir o ano de “explosão” onde demonstra a sua imensa qualidade sendo uma peça importante no Imortal principalmente com a sua facilidade de lançar da linha de três pontos que lhe pode permitir ganhar confiança e ir subindo ao longo de toda a temporada.

Luana Serranho – Regresso a Portugal para ser uma das estrelas na Liga Betclic Feminina

No nosso penúltimo destaque nestas novas entradas na Liga Betclic Feminina vamos até aos Açores para falar de Luana Serranho. A base chega ao União Sportiva depois de 4 temporadas na Campbell University onde foi figura maior. O conjunto de Ricardo Botelho vai chegar à nova época com muitas caras novas, depois de um verão onde perderam grande parte da equipa, com Luana Serranho, ela que é uma das melhores jogadoras lusas da sua geração que brilhou nos Estados Unidos da América e que com este regresso levanta muitas expetativas para aquilo que podemos ter da base neste seu retorno a Portugal. Expetativas elevadas para a nova época do União Sportiva pelo plantel praticamente todo novo e destaque para Luana Serranho que saiu já como uma jovem em afirmação no basket português e que vai regressar à Liga Betclic Feminina com estatuto elevado e com a certeza de que vai ser também ela uma das estrelas desta próxima temporada.

Mariana Cegonho – Da Chamusca para o mundo

A última movimentação eleita para este top5 de destaques, leva-nos até Coimbra onde Mariana Cegonho vai chegar ao Olivais FC. A jogadora ribatejana que começou muito cedo a dar nas vistas ao serviço do Chamusca Basket Clube levando-a com isso a mudar-se para o CAR e para o Sporting CP. Mariana Cegonho tem vindo sempre em crescendo, subindo bastante de rendimento ao longo da sua carreira e a prova mais recente disso foi a enorme época que realizou ao serviço do Clube Basket de Queluz na 1ª Divisão a qual juntou um Campeonato da Europa sub-20 extraordinário onde foi um dos maiores destaques da nossa seleção e mesmo da competição.

Depois de se afirmar como um dos maiores jovens valores do nosso basquetebol, a jogadora natural da Chamusca vai na próxima temporada ser uma das entradas no Olivais FC equipa que acabou por continuar na Liga fruto da situação do Vitória SC e que vai ter muitas caras novas.

Ficaram aqui 5 transferências em destaque para a nova época na Liga Betclic Feminina, 5 jogadoras em fases diferentes da sua carreira, mas que todas elas são nomes que com a maior das certezas vão ser dos mais falados e dos maiores destaques na próxima temporada.

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José AndradeAgosto 29, 20224min0

Neste texto olhamos para os últimos jogos da Seleção Sénior Feminina e mais do que isso tiramos as respetivas ilações, já com os olhos postos no futuro próximo do conjunto das quinas.

Depois do estágio em Matosinhos onde o conjunto de Ricardo Vasconcelos defrontou e derrotou a Irlanda nos dois encontros em Guifões, a equipa nacional foi até à Bósnia e Herzegovina vencer os duelos com o conjunto local. Estes encontros com a seleção da Bósnia não tiveram transmissão, mas mais do que olhar para os jogos em si vamos olhar para o geral e para todas as ilações que podemos retirar no fim do último estágio e no conjunto de todos estes momentos de concentrarão da nossa seleção sénior feminina antes dos jogos de qualificação para o Campeonato da Europa.

Na Bósnia vencemos o primeiro encontro por 67-64 e o segundo por 74-52, dois resultados que não podiam ser mais positivos uma vez que derrotámos uma seleção apurada para o Campeonato do Mundo, um conjunto que é apenas um dos quatro da Europa que conseguiu tamanho feito e só isso já nos permite perceber a dimensão destes triunfos. Olhando para a última fase de qualificação, na altura para o Campeonato da Europa de 2021, a nossa seleção atingiu o “quase”, ficando sempre no ar que estávamos muito perto e que podíamos sonhar e, a verdade, é que depois disso a equipa das quinas já começou a nova fase de qualificação para o próximo Campeonato da Europa derrotando a Estónia. ficando muito perto de vencer a Grécia.

Portugal defrontou Irlanda em Rio Maior e tal como escrevi depois desse estágio a confiança e expetativas para o que estava por vir era muito maior, tínhamos saído deste estágio com a certeza que a selecção ia conseguir e que vamos poder sonhar com a grande competição. A seguir a Rio Maior, vieram os triunfos esclarecedores na Áustria, onde a equipa lusa não deixou qualquer margem para dúvidas em relação a este nosso conjunto, reforçando ainda mais o tal sonho e principalmente o quão realista ele é.

Mais do que apenas os resultados está a evolução e o crescimento da Seleção Feminina Sénior que apresenta como bem sabemos um conjunto base de jogadoras com grande entrosamento, já com vários anos de seleção principal a trabalhar juntas e muito conhecimento e entendimento entre todas, mas além disso a já renovação que tem vindo a acontecer com o selecionador nacional a saber sempre lançar jogadoras mais jovens com vista ao futuro de Portugal.

Falamos em futuro, mas o presente vai ser brilhante, isto porque como temos vindo a olhar neste texto, Portugal está numa fase incrível, repetindo sempre que se deve isso pelo crescimento espetacular da nossa seleção que venceu adversários importantes e com peso no basquetebol europeu e mundial.

Portugal nesta altura segue na segunda posição do Grupo G na fase de qualificação para o Campeonato da Europa de 2023 com 3 pontos, estando a apenas a 1 da Grécia. Os próximos duelos estão marcados para o dia 24 de Novembro quando recebermos a Grã-Bretanha e depois para o dia 27 altura em que as nossas atletas visitam a Estónia, mas o conjunto lusitano vai chegar a estes encontros mais motivado do que nunca e também mais preparado do que nunca, estes estágios e duelos neste verão assim o permitem e é por analisar todos os momentos em cada um dos jogos e estágios que podemos dizer que o sonho europeu é real e está mais vivo do que nunca.

Ficou aqui um olhar para a Seleção Sénior Feminina, que realisticamente nos deixa a sonhar e a pensar no Europeu e no que poderá ser um momento histórico para o nosso basquetebol muito em breve. Marquem já na agenda a data dos próximos jogos e sonhemos muito, mas mesmo muito porque estas nossas jogadoras estão quase a conseguir tornar todos os sonhos em realidade chegando ao Campeonato da Europa.

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José AndradeAgosto 24, 20226min0

A nossa Seleção portuguesa sub-18 Feminina regressou a Portugal com um 2º lugar no Campeonato da Europa Divisão B, um resultado extraordinário e que confirmou todas as expetativas que existiam sobre esta equipa das quinas e hoje vamos olhar para esta prestação.

Fase de grupos – Categoria e génio luso

A fase de grupos correu de feição à equipa das quinas que conseguiu 4 vitórias em 4 jogos mostrando já aqui que o sonho era muito real. Tudo começou com um triunfo perante a Macedónia do Norte por 94-27, uma entrada categórica e sem deixar margem para dúvidas. O segundo jogo já nos trouxe um duelo bem mais complicado, Portugal venceu a Croácia por 52-51 numa partida onde as lusas fizeram uma primeira parte de muita qualidade e onde sentiram maiores dificuldades na segunda metade tendo o final de jogo sido frenético e onde a seleção nacional teve que lutar muito para conseguir levar a melhor.

Nos outros dois encontros seguiram-se triunfos que selaram a passagem do conjunto de Agostinho Pinto: Portugal venceu o Luxemburgo por 78-32 e a Grã-Bretanha por 67-49. Campanha que deixou logo a nossa seleção como uma das favoritas e já com algumas das atletas lusas como maiores destaques desta Divisão. A Seleção portuguesa sub-18 feminina conseguiu o primeiro lugar no Grupo A com 4 triunfos e entrou na fase decisiva com ambições elevadas fruto da muita qualidade de jogo que vinha a ser evidenciada em Sofia.

Fase do mata-mata – Mostrar que eram das melhores

Nos quartos-de-final e nas semifinais dois triunfos seguros e de grande classe. Nos quartos, uma vitória sobre a seleção búlgara por 65-48 num encontro onde o conjunto das quinas dominou desde os primeiros instantes não deixando num margem para que a Bulgária conseguisse sonhar com algo deste triunfo. Jogo onde a defesa lusa voltou a fazer a diferença limitando as búlgaras no ataque, mas triunfo esclarecedor e onde Portugal conseguiu gerir não só a vantagem como os minutos das jogadoras dando algum descanso a peças chaves.

Depois no duelo das semifinais, Portugal venceu a Sérvia por 62-55 um duelo que começou melhor para as sérvias e que obrigou a equipa das quinas a mostrar a sua resiliência ao nunca desistir estando sempre na luta. Foi uma primeira parte complicada, as nossas adversárias conseguiram limitar o jogo luso impedindo que o ataque funcionasse, mas as correções ao intervalo implementadas pela equipa técnica fizeram toda a diferença e levaram a uma segunda parte extraordinária das lusas que assim conseguiram assegurar um lugar na final do Campeonato da Europa sub-18 mantendo a invencibilidade e aumentando assim o sonho de subida e de conquista da Europa, o sonho europeu estava vivo, era real e o conjunto das quinas mostrava exatamente aquilo que sabíamos que eramos, uma das seleções mais fortes deste Campeonato da Europa.

Final do Europeu – Muito perto, mas muito orgulho

Orgulho, muito orgulho é assim que podemos descrever a prestação da Seleção sub-18 Feminina nesta final e ainda mais neste Campeonato da Europa onde terminaram muito perto de conseguir o tão desejado sonho, mas onde ficam grandes jogos e a demonstração que erámos e somos das melhores desta competição. Na grande final, as luas foram derrotadas por 44-59 no duelo com a Eslovénia. Foi sempre um duelo muito equilibrado, onde o ascendente esteve sempre no lado das eslovenas, principalmente no início da partida onde o 4-13 abriu uma desvantagem que o conjunto luso mesmo lutando muito e até equilibrando forças com a equipa adversária. nunca foi suficiente para se dar a reviravolta.

O objectivo da subida acabou por não ser alcançado, mas o que fica é muito orgulho nesta seleção e na caminhada dura e excelente da Seleção portuguesa sub-18 feminina que foi obrigada sempre a lutar muito, a ter que superar diversos obstáculos.

Destaques individuais da Seleção sub-18 Feminina e do Europeu

É impossível não começar e não grande destaque a Inês Bettencourt que terminou este Campeonato da Europa no cinco ideal e na discussão para ser MVP, a isto indica bem o que foi a prestação da portuguesa, mas se formos olhar para cada um dos jogos e para o que a jovem base fez, é ainda mais espantoso e merece ainda mais destaque e elogios do que aqueles que recebeu. Olhando para outras jogadoras, Laura Silva depois da boa temporada que teve na Madeira afirmou-se ainda mais neste Europeu sendo também ela um dos destaques desta Divisão B. Falando de individualidades é impossível não falar de Gabriela Falcão, uma jogadora que antes do Europeu partia como uma das candidatas a MVP e a possível destaque da competição e foi exatamente o que aconteceu, com a jovem interior portuguesa a conseguir mostrar muita da sua capacidade sendo uma das figuras da nossa seleção e também ela deste Campeonato da Europa.

Outros nomes em destaque na Seleção portuguesa sub-18 Feminina: Andrea Chiquemba que nem sempre teve um Europeu fácil, mas que apareceu sempre bem em todos os duelos, mostrando-se na defesa e no ataque, principalmente pelo imenso trabalho que teve por vezes com aquele trabalho mais invisível e que nem sempre é refletido no boxscore.

Mencionar ainda Marta Roseiro, jogadora que foi sempre crescendo ao longo da competição e acabou como a “joker” desta Seleção sub-18 feminina, aquela jogadora que não precisou de muito para se destacar e se colocar em papel de protagonista. Ainda falar de Ana Pinheiro, uma das atletas mais regulares deste Campeonato da Europa, não teve más exibições nem momentos menos bons, surgiu sempre em todas as partidas, dos dois lados do campo e em alguns dos duelos sem ser destacada como merecia. Palavra para Rita Rodrigues que defensivamente esteve sempre irrepreensível e que no ataque foi em crescendo com o passar da competição e o ganhar de confiança e ainda para Cristina Freitas, Matilde Pereira e Vitória Dias, peças que conseguiram “mexer” com os jogos, cumprindo mesmo com minutos reduzidos e também elas mostrando a muita qualidade que cada uma têm. Muitos destaques e saímos de Sofia com algumas das melhores da competição.

O sonho europeu de Sofia ficou muito perto, mas o que fica é um orgulho na prestação da Seleção portuguesa sub-18 Feminina que regressou com um vice-campeonato da Europa na bagagem e uma campanha que nos deixa orgulhosos e ainda mais vincados como um dos melhores países no basquetebol feminino.

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José AndradeAgosto 17, 20226min0

Em Guifões, a Seleção Feminina Sénior realizou mais dois jogos de preparação com vista os jogos importantes que estão por vir na qualificação para o Campeonato da Europa e em dia do primeiro de dois duelos com Bósnia e Herzegovina, olhamos para o que aconteceu nestes dois encontros com a Irlanda em Guifões.

Portugal vs Irlanda – Crescem as expetativas para deixar o “quase” para trás

Dois triunfos categóricos que como se pode já perceber deixaram-nos ainda mais confiantes para os próximos desafios que a nossa seleção tem pela frente. No primeiro encontro, Portugal venceu por 78-63, uma vitória segura fruto do belíssimo jogo que a turma das quinas realizou em Guifões. Nota inicial para as jogadoras que ficaram de fora neste primeiro jogo, Mariana Silva e Sofia da Silva, curiosamente a primeira a ficar de fora tal como tinha acontecido no primeiro jogo do estágio anterior em Rio Maior. A partida até começou favorável às Irlandesas que beneficiando dos duelos interiores ganhos conseguiram conquistar um ligeiro ascendente e com isso uma vantagem inicial que se foi perdendo assim que Ricardo Vasconcelos parou o jogo e corrigiu posicionamentos. Portugal foi crescendo e assim que os duelos interiores passaram a ser favoráveis ao conjunto das Quinas, tudo mudou e prova disso foi o segundo quarto espetacular que a turma lusa realizou, um parcial de 25-7 e onde as irlandesas não conseguiram lidar com a pressão alta portuguesa perdendo muitas bolas, com a defesa a conseguir anular por completo todas as investidas da Irlanda, um período que roçou a perfeição.

A segunda parte embora mais suada, continuou a ser sempre portuguesa, o ascendente foi sempre da turma de Ricardo Vasconcelos que conseguiu rodar e dar tempo a todas as jogadoras, a parte mais preocupante foi o momento em que Joana Soeiro saiu para ser assistida, ela que foi uma das figuras desta partida. Neste duelo destacar a forma como mais uma vez o banco soube ler o jogo, as nossas bases que estiveram muito bem e mencionar as nossas interiores que tiveram um jogo muito duro, mas onde conseguiram sempre mostrar-se sendo muito importantes para a “cambalhota” no resultado e esta vitória da Seleção Feminina Sénior.

No segundo jogo, Portugal voltou a vencer, desta vez por, 72-62. Jogo distinto já que as lusas corrigindo a entrada do dia anterior, o que significou que começaram muito bem entrando com tudo, com as suas adversárias sentirem dificuldades do segundo período do jogo anterior logo a começar esta partida. Realçar que neste dois duelos Ricardo Vasconcelos optou sempre pelo mesmo 5 inicial composto por Maria Kostourkova, Josephine Filipe, Laura Ferreira, Maria João Correia e Inês Viana, sendo que não existe nada a apontar, 5 fortíssimo e que esteve muito bem, com nota de destaque para Inês Viana que em Rio Maior ainda estava ser gerida depois da lesão e que chegou a Guifões e espalhou magia nos dois encontros.

Olhando para esta partida nº 2, a Seleção Feminina Sénior fez uma primeira parte praticamente irrepreensível, dominante, sem erros grosseiros, com uma defesa asfixiante que deixou em muitos momentos as irlandesas em grandes dificuldades e no ataque a habitual troca de bola em beleza que foi sempre deixando em evidência a muita qualidade no ataque luso. A nível ofensivo jogo corrido, troca de bola sempre de muita qualidade, com a defesa a voltar a estar muito bem, as jogadoras interiores sempre em grande e com destaque para Joana Alves que no primeiro encontro tinha cedo ficado tapada por faltas e que neste segundo dia conseguiu mostrar o porquê de ser a poste de alto nível que é.

Duas vitórias incontestáveis onde a turma das quinas foi superior e não deixou margem para dúvidas, mostrando que estão prontas para os desafios seguintes.

Destaques individuais destes duelos

Fica difícil conseguir eleger destaques individuais olhando para as exibições da nossa seleção nestes dois jogos em Guifões, o primeiro ponto em evidência é que o coletivo está cada vez mais forte, e a cada estágio a ideia no final de cada é que o grupo está mais forte e pronto para atingir os palcos que merece. Depois olhando para os jogos temos que começar por falar de Maria João Correia que apareceu em Guifões sendo a MVP inequívoca do segundo jogo, com a base portuguesa surgiu nestes dois duelos muito bem, mostrando todo o trabalho que foi desenvolvendo ao longo das semanas entre o estágio de Rio Maior e este provando que a portuguesa vem para uma temporada de luxo.

Depois, tal como nos duelos do estágio anterior temos que destacar Márcia da Costa Robalo, jogadora que apareceu como é seu apanágio, em grande, nos dois duelos foi sempre protagonista, entrando com tudo em ambos os encontros. Falar ainda de Josephine Filipe que também ela havia sido destaque em Rio Maior e voltou a sê-lo em Guifões com duas excelentes exibições. Em outros destaques, Marcy Gonçalves que não tinha jogado em Rio Maior e que neste estágio voltou a mostrar-se e que saudades já tínhamos de a ver jogar, ainda Inês Viana que esteve irrepreensível nestes dois encontros e Maianca Umabano que como sempre não precisou de muito para se colocar como protagonista nestes duelos.

Saímos de Guifões com a certeza de que não só estas jogadoras e esta equipa técnica merecem estar no próximo Campeonato da Europa, como as expetativas e a confiança também subiram para o que está por vir. Depois destes jogos o que mais se sente é que vamos conseguir, a barreira do “quase” está cada vez mais perto de terminar e de deixar de existir quando se fala desta nossa Seleção Feminina sénior. Portugal joga hoje e amanhã com a Bósnia, dois encontros de um grau de exigência superiores, visto que as lusas vão defrontar uma equipa apurada para o Mundial e por isso serão dois testes bem mais complicados, mas venham eles porque com toda a certeza vamos sair ainda mais confiantes para o que está por vir.

Foto de destaque da FPB

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José AndradeAgosto 14, 20227min0

Carnide foi o palco para os jogos de preparação dentro do 3º estágio de preparação da Seleção Feminina sub-16 que está cada vez mais perto de começar a disputar o Campeonato da Europa em Matosinhos que começa já no próximo dia 19, e por isso mesmo hoje olhamos para esses duelos e alguns dos destaques.

Demonstração de força e da muita qualidade

A Seleção Feminina sub16 disputou quatro jogos em Carnide tendo vencido três deles e perdido o último num duelo muito intenso com a Grécia no penúltimo estágio de preparação, visto que nos próximos dias 15 e 16 vamos defrontar Espanha em Matosinhos. Foram partidas muito importante com vista à preparação do Campeonato da Europa e que nos permitiram ver mais desta equipa das quinas que nos deixou à vista em Carnide que está pronta para o Europeu.

O primeiro jogo foi frente à Grécia o conjunto mais forte presente em Lisboa e Portugal saiu vencedor por 81-61 entrando assim com tudo nestes jogos de preparação. A equipa das quinas entrou muito bem, nunca foi um jogo fácil, mas as lusas conseguiram estar sempre por cima e ter o ascendente da partida. Num jogo onde se viu a eficácia portuguesa e em especial a defesa alta que nos deixou sempre confortáveis conseguindo muitos roubos de bola e ganhar vantagem aproveitando os contra-ataques. Duelo muito intenso frente a um adversário complicado, mas onde permitiu ver a força da nossa defesa, a forma como Maryana Kostourkova, André Janicas e Mariana Guedes têm trabalhado com estas jogadora fazendo com a seleção nacional tenha na defesa um dos seus pontos mais fortes, não só pela capacidade de ganhar nos duelos no garrafão como pela defesa alta muito pressionante que como se viu em Carnide deixou todos os adversários em dificuldades. Este primeiro jogo com a Grécia foi de alta intensidade, muito rápido, a seleção das quinas colocou sempre as gregas em dificuldades através dessa pressão intensa e da muita agressividade.

Com a Suécia, dois jogos bem distintos, foram duas vitórias seguras, no primeiro duelo por 97-40 e no segundo por 71-52. Como esperado, Portugal melhor e sem as dificuldades sentidas com a Grécia. Estes confrontos com as Suecas permitiram ver mais de outras jogadoras, deu para se observar o valor e a profundidade desta seleção feminina sub-16. No segundo jogo, principalmente na segunda parte, o conjunto luso já sentiu mais problemas na defesa, fruto também de um baixar de intensidade que permitiu às suecas chegar mais vezes junto do cesto. Foram dois jogos com a Suécia que serviu para aumentar as expetativas para com esta seleção feminina sub-16. Dois triunfos confortáveis, onde Portugal não deu grandes hipóteses às suecas que nunca conseguiram travar o ataque luso e na defesa as portuguesas ganharam nos duelos interiores uma vez que as suecas procuravam sempre penetrar e não o conseguiram devido à nossa defesa que não concedia espaços com um período de exceção na segunda parte do segundo jogo onde as suecas conseguiram lançar mais de média e longa distância.

No último jogo em Carnide, Portugal não conseguiu vencer, foi o duelo mais complicado e bem diferente do primeiro que tínhamos assistido em Carnide. Se no primeiro jogo a alta intensidade foi o que marcou todo o jogo, neste segundo foi bem diferente uma vez que as gregas conseguiram baixar a velocidade da partida, gerindo muito a posse com ataques longos e com muitas trocas de bola. Gregas por cima, com a seleção portuguesa sempre a dar luta, mas sem conseguir a superioridade que tínhamos visto nos dias anteriores. Menor velocidade, mais duelos principalmente entre as jogadoras interiores, mais vezes as gregas a procurar superioridades que em alguns momentos foram conseguindo e por isso um jogo mais a jeito da seleção helénica.

62-70 foi o resultado final deste confronto final em Carnide, as gregas levaram a melhor e mesmo com mais dificuldades, foi um jogo onde as expetativas com as portuguesas cresceram, pode parecer estranho, mas devido a ter sido o primeiro jogo onde a equipa das quinas foi exposta a maiores problemas e vendo a forma como a Seleção Feminina sub-16 soube contornar, mostrar ainda mais no plano tático procurando sempre mais soluções para dar a volta a este duelo, tudo isso serviu para que as expetativas crescessem mesmo que o resultado final não tenha sido o melhor. Jogo mais físico e mais lento, foi esta a chave para Portugal não vencer, mas nem por isso jogamos mal, muito pelo contrário e é aí que está o ponto para estes duelos que vamos ter com a Espanha nos dias 15 e 16 mesmo antes do Campeonato da Europa começar.

Nos destaques individuais temos várias jogadoras que se foram conseguindo mostrar, mas hoje vamos olhar para três delas.

Clara Silva – melhor poste do Europeu?

Começamos por um dos talentos desta Seleção Feminina sub-16, uma poste que se destaca não pela altura, mas também pela sua qualidade de jogo de pés, além disso tem muita qualidade de passe e está a crescer no lançamento exterior. Clara Silva foi das jogadoras que mais se evidenciou nestes jogos de preparação e se já sabíamos que é um dos maiores talentos desta geração no basquetebol europeu, depois de assistir o nível dos seus jogos podemos mesmo colocar a chance de ser a melhor poste neste próximo Campeonato da Europa.

Gabriela Fernandes – Nome a guardar para destaque no Campeonato da Europa

O nosso segundo nome em evidência é Gabriela Fernandes, jogadora que antes destes estágios foi anunciada como reforço no Galitos e tal como disse nessa altura, estamos perante uma das maiores promessas do nosso basquetebol e depois de vermos o que jogou em todas as partidas em Carnide, podemos ter todas as certezas que a jovem que esteve no GDRAR vai ser uma das candidatas a figura neste Europeu.

Magda Silva – Sempre em alta

No terceiro destaque vamos até Magda Silva, jogadora que foi preponderante em todos os duelos, fosse titular ou lançada no decorrer dos duelos, Magda Silva “mexeu” sempre com o jogo, dando sempre outra dinâmica ao ataque luso. Além da qualidade ofensiva a agressividade defensiva foram sempre outras das armas em maior evidência neste duelos e por isso mesmo sabemos que estamos perante uma das jogadoras que vai ser mais preponderante neste Europeu.

As ilações finais para o Campeonato da Europa em Matosinhos vão ser feitas depois dos duelos com Espanha, mas podemos sonhar, vamos para uma grande competição em casa, num local onde já foi feita muita história para o basquetebol luso e onde vamos poder entrar novamente a pensar em atingir um feito igualmente histórico porque esta geração que está na Seleção Feminina sub-16 é de imensa qualidade e vai chegar mais do que pronta para encantar e conquistar a Europa em Matosinhos.

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José AndradeAgosto 7, 20226min0

O Campeonato do Mundo sub17 decorreu na Hungria e estiveram presentes algumas das futuras melhores jogadoras a nível global e hoje vamos falar de 5 das que mais se destacaram nesta competição.

Ajsa Sivka – Eslovénia

Começamos por um dos maiores jovens talentos na Europa, Ajsa Sivka joga na posição 3 e pode fazer ainda a posição 4, é uma atleta alta, com uns braços enormes e que se destacou na Tony Parker Academy algo que lhe valeu ser aposta das italianas do Schio para a próxima temporada. Ajsa é uma jogadora alta com muitas skills, junta a todos os recursos técnicos a sua capacidade no tiro exterior e a muita evolução que teve em Lyon no aspeto defensivo. Não sendo uma jogadora muito forte fisicamente, sabe usar a altura, os seus braços e principalmente o seu elevado QI para defender atletas mais “possantes” e a sua mobilidade permite-lhe defender jogadoras de estatura mais baixa e com maior velocidade, além disso tem uma técnica de lançamento que se evidência e consegue ainda lançar com facilidade de todas as zonas do campo. Ajsa Sivka foi um dos maiores destaques, é um dos maiores prospects do basquetebol europeu e será alguém a ter em conta já nesta nova época.

Haruka Yagi – Japão

O nosso segundo destaque vem do Japão, falamos de uma extremo que já se havia destacado no Campeonato Asiático sub16, Haruka Yagi que se assumiu neste Mundial como uma das jogadoras em maior destaque surpreendendo até alguns. É uma extremo muito intensa e que se destaca pela defesa, principalmente pela agressividade, mas o que para mim mais saltou à vista foi a forma como ela pensa o jogo e se posiciona em campo, sempre no local certo na defesa e com uma capacidade de antecipação extraordinária. Não é uma jogadora muito alta, mas tem capacidade de ganhar na luta das tabelas pela habilidade de salto. Tem na defesa o seu ponto alto e também nas penetrações, não é uma jogadora que lance de fora, será certamente um dos aspetos que mais vai ter que melhorar, mas a sua agilidade permiti-lhe ser uma seta sempre apontada ao cesto conseguindo desmontar as defesas sempre que acelera.

Annika Soltau – Alemanha

Mudamos para a Alemanha para falar de Annika Soltau, outro dos maiores prospects do basquetebol europeu e que gerava maiores expetativas para este Mundial, todas elas foram cumpridas com Saltou a ser uma das estrelas deste Campeonato do Mundo sub17 mostrando que vai chegar muito longe e que é mesmo uma das melhores desta geração. A alemã vem de uma ótima temporada na 2ª Divisão da Alemanha ao serviço das Towers Speyer, é tida como a futura estrela do conjunto germânico e um dos maiores na Europa. Annika é uma jogadora de posição 3 muito completa, tem nos desarmes de lançamento um dos seus talentos onde mais se evidencia, mas é uma atleta com muita capacidade física, com 1,90, mas nem por isso lenta, na verdade destaca-se pela capacidade de condução e nos contra-ataques. Soltau é uma scorer, consegue marcar de todas as formas, não precisa de muito espaço para pontuar, conseguindo criar os seus lançamentos sendo que tem um ótimo tiro exterior. Jogadora muito completa, que se evidencia nos dois lados do campo e que conjuga a sua estatura com muita técnica, um diamante a ter em conta já nesta temporada e ainda mais para os próximos anos no basquetebol europeu e mundial.

Jana Elalfy – Egipto

De seguida falamos de um dos maiores talentos do continente africano, a egipcia Jana Elalfy. Jogadora de posições interiores, mas muito versátil. Começou a dar nas vistas muito cedo no Al-Ahly, aos 14 anos já era apontada a grandes voos, sendo que neste ano foi a primeira africana a participar a marcar presença na NBA Global Academy na Austrália. Falamos de uma jogadora que pela sua versatilidade e qualidade é usada nas posições 5, 4 e 3, sendo que se tem afirmado como 3 e é ai que parece que é por onde passa o seu futuro. A nível de clubes foi a grande protagonista no Egípcio e uma das maiores em Africa conseguindo uma média de 18 pontos por jogo. É uma jogadora muito móvel com 1,92m, com um QI basquetebolístico muito elevado, que domina na luta das tabelas e é uma scorer de elite. Jana precisa de evoluir no tiro exterior, mas é uma jogadora que no pintado não dá hipóteses, domina e conseguiu solucionar a falta de criatividade no ataque egípcio em muitos momentos partindo de fora para dentro ou mesmo no garrafão. Destaque para o seu mid-range e o footwork. Promessa de muito futuro, um nome a guardar e que tem tudo para ser também ela um dos maiores nomes desta geração.

Awa Fam – Espanha

O nosso último destaque vem de Espanha, não foi o nome que mais se evidenciou nas nuestras hermanas, mas mesmo ofuscada por algumas colegas conseguiu ser uma das maiores protagonistas. Awa Fam viu Iyana Martin Carrion entrar no cinco ideal e Carla Viegas ser outra das jogadoras que mais brilhou neste Campeonato do Mundo sub17, mas a verdade é que Fam confirmou o que já sabíamos, é um dos maiores talentos espanhóis e europeus. Sendo uma das mais novas, é natural que ainda não tenha sido uma jogadora de cinco ideal, mas não esteve longe. É uma das melhores postes com menos de 18 anos a nível mundial que aos 15 anos já aparecia no Valência com ótimos números e com duplo-duplo perante equipas de topo europeu, Awa é mesmo a jogadora mais jovem de sempre a fazer a sua estreia a nível sénior em Valência. Poste completa, que sabe usar a sua estatura e peso, que lê muito bem o jogo, além disso é muito forte na luta das tabelas e uma poste muito difícil de bater no 1×1. A espanhola é um dos talentos mais entusiasmante na Europa, já é apontada à WNBA e o seu teto é muito elevado, poste com muitos recursos técnicos, forte e que se continuar a melhorar o seu tiro pode alcançar um patamar ainda mais elevado.

Ficaram aqui 5 jogadoras que se destacaram muito neste Campeonato do Mundo sub17, algumas das maiores promessas no basquetebol mundial, todos nomes a guardar para os próximos anos.

José AndradeAgosto 6, 20221min0

Qual o próximo passo para Catarina Barreiros?

Neste novo episódio do nosso Sixth Woman, José Andrade conversa com Catarina Barreiros jogadora que nas últimas temporadas esteve em Espanha, a última delas em Córdoba, ela que nos veio explicar como é jogar no país vizinho, quais as maiores diferenças para o nosso basquetebol e ainda onde mais cresceu como jogadora tendo esta oportunidade de jogar e de passar grande parte da sua formação em Espanha. Depois, Catarina Barreiros revelou ainda o seu regresso a Portugal e à Liga Betclic Feminina nesta nova temporada.

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José AndradeAgosto 2, 20225min0

Melgaço foi “casa” para a Seleção Feminina sub-15 que estagiou e realizou três jogos de preparação com a Polónia com os resultados a serem o menos importante e neste texto fazemos um balanço deste estágio.

O futuro da seleção nacional esteve em Melgaço no 5º estágio de observação das sub-15 marcado por três duelos com a Polónia. Nota inicial para o muito talento desta geração, a começar pelo facto de terem ficado de fora deste último estágio jogadoras que além da muita qualidade vão também elas complicar as escolhas nos próximos tempos para os selecionadores nacionais. Depois, olhando de forma simplista para os resultados, foram três derrotas e óbvio que não foram os resultados pretendidos, mas tal como já sabíamos antes destes duelos, a seleção polaca era mais forte e a importância destes encontros estava no “confronto” com uma seleção mais rotinada e num outro nível. Os resultados eram o menos importante destas partidas, a grande chave era a aprendizagem que as atletas lusas iam retirar de Melgaço.

Observando o conjunto polaco, um dos primeiros aspetos que saltava à vista era mesmo o facto de algumas jogadoras já possuírem experiência nos campeonatos profissionais da Polónia, somando já bastante tempo de jogo atendendo à idade. Confronto de atletas em fase de evolução diferentes que permitiu retirar muitas ilações, com a primeira ser obviamente a da comprovação do muito talento existente nesta seleção feminina sub-15.
Em relação aos jogos, Portugal foi em crescendo em cada um deles, foi-se notando uma melhoria natural imposta pelo trabalho do selecionador nacional, André Silva e da ótima equipa técnica com que estas atletas puderam trabalhar e aprender. Em outras ilações e olhando para cada um dos jogos, ficou sempre presente as dificuldades iniciais, em todos os duelos Portugal demorou para conseguir mostrar o seu jogo. A pressão polaca foi sempre muita e logo aí esteve um dos pontos que mais problemas criou às lusas neste duelos.

Depois o maior e mais esperado problema foi a questão da luta das tabelas, a altura e maior “andamento” custaram bastante a Portugal com exceção do último duelo onde as melhorias foram evidentes, o crescimento esteve à vista e onde a maior questão foi a eficácia, acabou por ser o ponto fulcral para que os resultados não fossem outros. A seleção feminina sub-15 conseguiu sempre criar, ter uma boa troca de bola no ataque, mas os turnovers resultantes de precipitações no ataque e depois a baixa eficácia em alguns períodos acabaram por criar as diferenças que assistimos e tivemos nos respetivos placares 54-89, 52-84 e 38-72 foram os resultados destas três partidas.

Olhando para o mais importante, é notória a evolução ao longo dos estágios, estas atletas estiveram expostas a uma outra realidade e o acumular de estágios já se fez notar nestes encontros, o crescimento é visível. O trabalho físico, tático e estes duelos com uma seleção que está um pouco mais avançada, todos estes pontos foram de extrema importância para a evolução e crescimento destas atletas que conseguiram trabalhar com os melhores e quem olha para este duelos consegue ver isso mesmo, o quanto evoluíram nestas concentrações do futuro de Portugal.

Esta é uma geração bastante completa e das com maior potencial, existe já um conjunto grande de atletas capaz de estar na seleção, falamos de algumas das maiores promessas em diversas equipas e jogadoras que foram destaques nas fases finais nacionais que tivemos oportunidade de falar no Fair Play e que ao longo da temporada foram conquistado espaço em escalões acima. O talento existente é mesmo muito e estes estágios com encontros como este são oportunidades muito enriquecedoras para estas jovens promessas do nosso basquetebol. Felizmente é algo cada vez mais comum, conseguimos ver isto em todos os escalões, óbvio que outros em preparação para Campeonatos da Europa, mas todas as seleções tiveram ao dispor jogos de preparação com adversárias em fases evolutivas acima e isso foi muito importante para que pudéssemos ter as sub-20, as sub-18 e em seguida as sub-16 preparadas para brilhar nos respetivos europeu.

Aqui o objetivo e o foco era outro, olhar e preparar o futuro e foi isso mesmo que aconteceu, claro que trabalhar em cima de vitórias é melhor, mas o ponto era perceber se existia evolução neste conjunto de atletas e foi isso mesmo que aconteceu e que pudemos constatar no final destes três duelos com a Polónia, por isso mesmo palavra para o grande trabalho do selecionador nacional, André Silva e da sua equipa técnica que ajudou bastante as nossas futuras estrelas.

Na nossa seleção feminina sub-15 tivemos alguns destaques individuais, Mariana Barros foi quem mais brilhou, mas Denise Neves, Laura Silva, Ana Alves, Mercedes Schneider, Rita Chainho, Isabel Azevedo ou Miriam Queta, também se evidenciaram bastante, todas as nossas jogadoras mostraram algo ao longo dos três jogos, reforçando mesmo o que já sabíamos, todas elas têm imensa qualidade. Muitos destaques, Portugal jogou bem, mesmo que por vezes a espaços todas as atletas conseguiram colocar-se em evidência em vários momentos destes duelos e fica ainda mais a certeza que vamos ouvir falar muito destas jogadoras em breve e que todas elas vão chegar bastante longe não só no nosso basquetebol como a nível internacional.

Este texto não serve para relativizar resultados, mas sim para reforçar a importância destes momentos e principalmente o quão importante foi ver como cresceram nas últimas semanas as mais jovens promessas do nosso basquetebol constatando ainda e mesmo perante a qualidade da Polónia e as dificuldades que sentimos, a muita qualidade de jogo da seleção feminina sub-15.

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José AndradeJulho 29, 20225min0

A Jordânia trouxe-nos novamente o Campeonato Asiático sub16 e é sobre as 5 jogadoras que mais se destacaram no torneio que hoje vos vamos falar, apresentando cada uma destas jogadoras em evidência e que são nomes a guardar para o futuro.

Maia Jones – Nova Zelândia

Começamos pela base Maia Jones, um dos maiores talentos desta geração. A neozelandesa tem uma combinação de skills que cedo a colocaram em destaque nesta competição onde acabou mesmo por ser uma das melhores. Maia Jones é uma base muito rápida e que se evidencia pelo seu QI, a forma como pensa o jogo antecipando os movimentos das adversárias e das suas colegas aliando ainda uma qualidade de passe impressionante fazem com que seja sempre uma jogadora que em todos os jogos salta à vista. A base é ainda forte no 1×1, muito intensa na defesa onde pressiona sempre bastante demonstrando agressividade e também por esse motivo é sempre uma jogadora com vários roubos de bola. Outra das características da neozelandesa é a liderança, tem uma voz de comando que se pode ouvir muito ao longo dos jogos. Uma dos propects com maior futuro que esteve presente neste Campeonato Asiático, pela habilidade, mentalidade, liderança e porque ainda é jogadora de momentos decisivos, nunca tem medo de assumir o jogo e já mostrou um talento nato para os últimos segundos de cada jogo. Um grande talento que é para manter debaixo de olho.

Isla Juffermans – Austrália

Mudamos para o outro dos maiores destaques, Isla Juffermans que foi a dona e senhora no que ao jogo interior diz respeito. A poste cedo se destacou, mas foi com 16 anos e a jogar no Campeonato Australiano sub-18 ao serviço de NSW Country que se deu a conhecer afirmando-se como um dos maiores “diamantes” australianos com menos de 18 anos. Nesta altura e com 17 anos a poste chegou a este Campeonato Asiático com muitas expetativas e saiu como a melhor poste da competição. Foi visível a evolução desta jogadora desde o referido Campeonato Australiano sub-18, principalmente no “tiro” que era o ponto mais deficitário do seu jogo e onde já conseguiu mostrar bem mais na Jordânia. Isla é uma poste de 1,93m com bom footwork, dominante nas tabelas, consegue defender jogadoras com menor estatura e com maior velocidade e depois o ponto de destaque mesmo foi a sua evolução no ataque, na forma como trabalha com bola, está uma poste cada vez mais completa, e continuando a evoluir assim pode mesmo chegar bastante no basquetebol internacional.

Kokoro Tanaka – Japão

O nosso terceiro destaque vem do Japão, Kokoro Tanaka uma das várias jogadoras japoneses que se evidenciaram nesta competição. A base foi surgindo em todos os jogos e teve no duelo da final o seu melhor, mesmo não conseguindo que as japoneses vencessem a Austrália na final. Kokoro é uma base muito ágil, com muitos recursos técnicos que sabe usar muito bem para ultrapassar as marcações e abrir espaços para as suas colegas e depois é uma atleta inteligente, evidencia uma leitura de jogo que a colocou sempre à frente de todas as outras nesta competição. Depois o maior destaque do seu jogo é o tiro exterior, foi a melhor atiradora deste Campeonato Asiático ajudando muito o conjunto nipónico em alguns momentos mais delicados em que as coisas não fluíam tão bem. Kokoro Tanaka é uma base que precisa de melhorar na defesa, mas no ataque é bastante completa principalmente pela sua inteligência e pela facilidade de atirar, estamos a falar de uma jogadora que tem tudo para ser uma atiradora de elite.

Inye Yang – Coreia do Sul

Continuando, vamos para o quarto maior destaque deste Campeonato Asiático sub16, desta vez é Inye Yang uma base sul-coreana que brilhou muito em todo este torneio. A Coreia do Sul conseguiu o terceiro lugar e muito pelo que esta base fez. Falamos de uma jogadora criadora, tem uma capacidade de fazer tudo fluir que impressiona. A base é uma scorer, garante sempre muitos pontos, consegue marcar de todas as formas e depois é muito habilidosa, o que lhe proporciona uma capacidade de descobrir e inventar espaços para atacar o cesto ou para atirar, sendo que o tiro é outra das suas armas, não sendo como Kokoro Tanaka, Inye também possui qualidade e capacidade neste parâmetro. A sul-coreana é uma criativa, consegue arranjar sempre linhas de passe ou espaço para ataques ao cesto, uma base que impressiona bastante pela sua intensidade e qualidade, salta muito à vista a forma como parece que é impossível travá-la. Inye Yang foi dos prospects que mais se evidenciou e podemos já dizer que é um dos maiores talentos de 2005 a nível mundial.

Kira-May Filemu -Samoa

O nosso último destaque é da Divisão B, foi a jogadora que mais se evidenciou por lá. Kira-May Filemu é uma extremo de imenso potencial e que estando na Divisão B poderá não ter tido a atenção devida. Falamos de uma jogadora rápida mesmo tendo quase 1,80m, com habilidade e que se destaca em tudo. Uma jogadora versátil, trabalhadora e que tem qualidade. Capaz de jogar em várias posições o que foi acontecendo ao longo deste torneio, cumprindo e brilhando em todas. Filemu defende bem, consegue mesmo ganhar nos duelos com jogadoras de maior estatura e peso, além de travar jogadoras mais rápidas, depois no ataque apresenta vários recursos técnicos e ainda tem um tiro exterior de qualidade. É uma jogadora com habilidade, com capacidade física mesmo não sendo muito possante e depois é muito versátil, compreende muito bem o jogo e sabe usar as suas qualidades como poucas principalmente nestas idades. A samorense foi mesmo uma das revelações para mim neste Campeonato Asiático sub16.

Ficaram aqui 5 jogadoras de muito futuro e que se destacaram bastante neste Campeonato Asiático sub16 que uma vez mais nos deu imensas jogadoras que devemos guardar porque muito em breve vão estar nas bocas do mundo.


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