O tubarão de Messina bem tentou, mas a sorte não lhe sorriu. O Season Report analisa a época de Vincenzo Nibali.
O tubarão de Messina bem tentou, mas a sorte não lhe sorriu. O Season Report analisa a época de Vincenzo Nibali.
A análise do Fair Play ao Xerife Tom Dumoulin, vencedor do Giro d'Italia
O norueguês teve um ano de "quases", com a possibilidade de ser Campeão do Mundo a fugir-lhe por entre... os pedais! Lê o nosso relatório de Kristoff!
O campeão dos campeões. O "menino" de todos. Peter Sagan é o novo visado do Season Report
José Azevedo, 44 anos. Natural de Vila do Conde e diretor-geral de uma das equipas mais poderosas do mundo. É ele o próximo entrevistado do Fair Play.
Chris Froome, bicampeão em grandes voltas em 2017, é o próximo alvo do Season Report FP. E com uma nota final muito especial...
Com o final da época de ciclismo, o Fair Play faz agora um apanhado dos melhores ciclistas do ano. "Season Report" é a próxima série de artigos, e tem um único propósito: mostrar, em poucas palavras, a imensidão de muitos. Começamos assim com o nosso "Deus do Olimpo", Greg van Avermaet.
Fica a conhecer as 10 transferências mais sonantes do ciclismo: das novidades do Continente Europeu ao novo "gigante" das Arábias
Peter Sagan é, novamente, campeão de mundo em estrada de ciclismo. O eslovaco, carinhosamente conhecido por quem ouve a emissão da Eurosport com o “Saganator”, conquista assim o que nunca ninguém havia feito antes: ser tricampeão de ciclismo de uma forma consecutiva.
Mas os campeonatos do mundo não se fizeram apenas da prova de Elites. Uma semana intensa, com início no Campeonato do Mundo de Contrarrelógio por equipas, até ao término, ontem, com a vitória de um dos melhores de sempre.
No primeiro dia da longa semana, a cidade de Bergen, na Noruega, viu a Team Sunweb alcançar uma dobradinha fantástica, com vitórias nos Campeonatos do Mundo de Contrarrelógio por equipas, no género masculino e feminino. Na prova masculina, completaram o pódio a BMC e a Sky. Tiago Machado, com a Katusha, terminou na nona posição.
Continuando no Contrarrelógio, destaque para a grande vitória do dinamarquês Mikkel Bjerg, com o americano McNulty e o francês Corentin Ermenault a completarem o pódio. O dinamarquês conseguiu ganhar uma vantagem de mais de um minuto para os rivais.
No Contrarrelógio de Elites, o suspeito do costume venceu. Não, esse suspeito já não é Tony Martin. Há um novo rei no contrarrelógio individual, pronto a rebentar com o favoritismo de Chris Froome no próximo Tour: Tom Dumoulin. O holandês, vencedor do Giro, pulverizou todos os tempos, conseguindo um avanço de 57 segundos para Primoz Roglic (Lotto NL Jumbo), e de um minuto e 21 segundos para o que parece ser cada vez mais o seu rival: Chris Froome. Depois da conquista com a Sunweb, o holandês fecha o ano em grande. Grande orgulho nacional também no quarto lugar conquistado pelo luso Nélson Oliveira, que ficou apenas a 7 segundos do britânico, vencedor do Tour.
A semana finalizou com as provas de fundo. Nos sub-23, vitória para o francês Benoit Cosnefroy, que suplantou Lennard Kamna, colega de Dumolin na Sunweb, e Michael Svendgaard, que completou o pódio. No que diz respeito à participação portuguesa, o melhor foi Francisco Campos, na 67ª posição.
Na prova que deixava toda a gente na expetativa, a Noruega saiu à rua e banhou os ciclistas como uma multidão impressionante, a fazer roer de inveja os organizadores anteriores (os desertos do Qatar que o digam!). Com um ambiente excelente, uma prova excelente, que deixou entretidos os espetadores ao longo das mais de 6 horas de prova. Numa prova tão longa, espetáculo não faltou, mas foi nos últimos quilómetros que a corrida verdadeiramente aqueceu. Julian Alaphillippe tentou a sua sorte, juntamente com Gianni Moscon, numa fuga muito perigosa, mas que terminou sem que ninguém tenha dado conta, uma vez que a transmissão falhou nos últimos três quilómetros. Volta a emissão, e vemos um grupo de 27 corredores, com o campeão do mundo a fechar o grupo. Sprint final, com o “menino da casa”, Alexander Kristoff, a lançar um sprint estonteante para a meta, mas Sagan, no típico movimento para a frente da bicicleta que tantas vitórias lhe tem dado (e segundos lugares!), arrecadou, uma vez mais, o ouro e volta a vestir nova camisola arco-íris. Rui Costa chegou integrado no grupo final, e finalizou o mundial em 19º lugar.
3 Vueltas, 2 Giro d’ Italia, 2 Tour de France. É esta a história de Alberto Contador, que pendura o capacete no final desta Vuelta. Uma lenda do ciclismo, que procura fechar com chave de ouro a carreira bem recheada de sucesso (entre outras coisas). Não há melhor sítio que em casa, mas o favoritismo não está (de todo) com “El Pistolero”. De Froome a Nibali, são muitos os que lutam pela geral deste ano. Mas já lá vamos. Com um percurso marcado pelas montanhas, os dois contrarrelógios irão ser também marcantes: o primeiro, de equipas, a abrir a Vuelta, e o contrarrelógio individual, com mais de 40 quilómetros. A etapa 3 será logo um bom prenúncio do que será esta edição, que terá nove chegadas em alto.
Só pode ser um: Chris Froome. O ciclista da Sky procura a primeira vitória na Vuelta, e já afirmou que está “em missão”, depois de nova vitória no Tour de France. O britânico tem um percurso que lhe agrada, nomeadamente com o contrarrelógio individual, na etapa 16. A equipa que a Sky leva ajuda e bastante (o que já costuma ser normal): ciclistas que andam muito bem em terreno plano (Stannard, Knees, Puccio), e outros que estarão sempre com o líder (Rosa, Nieve e Poels).
A lista é intensa. Para além de Contador, muitas equipas apostam tudo, ou dão grande importância à Vuelta. Começamos pela AG2R. Romain Bardet, depois de ter terminado o Tour algo exposto, procura mostrar-se na Vuelta e o top-3 será sempre o objetivo. A Bora-Hansgrohe leva Rafal Majka como líder, depois de ter abandonado, por lesão, no Tour. Fabio Aru é o líder da Astana, com um “backup” interessante, com Miguel Angel López ou Pello Bilbao no apoio. A BMC leva Tejay Van Garderen, suportado por Damiano Caruso e Rohan Dennis, que pode finalmente confirmar um novo estatuto. A Movistar confia na juventude, com Marc Soler e Rúben Fernandéz a liderar uma equipa com um misto de juventude e experiência. A Bahrain-Merida tem Nibali no poder, e a Quick-Step confia nos líderes Bob Jungels e Julian Alaphillipe. A Katusha leva o seu líder, Zakarin, depois do top-5 no Giro d’ Italia. A Sunweb, numa grande época, coloca um tridente que pode baralhar as contas, com Warren Barguil, Wilco Kelderman e Sam Oomen. A Lotto NL-Jumbo tem como líder George Bennett, mas Steven Kruijswijk também estará presente. A Orica aposta tudo na Vuelta, com Cháves e os dois irmãos Yates. A UAE Emirates é encabeçada por Rui Costa e Louis Meintjes.
Muitos candidatos ao top-10, muitos prováveis vencedores de etapas, muitos objetivos em jogo. A Vuelta está bem “caliente” e ainda nem sequer começou.
Serão 5 os portugueses presentes na Vuelta. Rui Costa, pela UAE-Team Emirates irá procurar vitórias em etapas, com a geral reservada para o seu colega Meintjes. José Gonçalves está presente na equipa da Katusha, e deverá ajudar o seu líder, bem como Nélson Oliveira (Movistar). Por fim, Rafael Reis também estará presente na prova, na equipa da Caja-Rural, bem como Ricardo Vilela, pela Manzana-Postobón.