Season Report: Greg van Avermaet – o Deus do Olimpo
77 dias de competição e quase 13 mil quilómetros percorridos. Foi assim a época para o belga, oriundo de Lokeren. Depois de ter alcançado o ouro nos Jogos Olímpicos de 2016, Greg van Avermaet, de 32 anos, arrancou para uma época verdadeiramente notável, que culminou com o primeiro lugar no ranking UCI. Merecido? Completamente.
O início
Van Avermaet arrancou a época aqui ao lado, na vizinha Espanha, para correr na Volta a la Comunitat Valenciana (2.1). A prova arrancou com um contrarrelógio por equipas, que van Avermaet, juntamente com os seus colegas, venceu, algo a que a BMC já nos habituou. Viria a terminar na 19º posição da geral, juntando, duas semanas depois, ao 21º lugar conquistado no Tour of Oman (2.HC). O final de fevereiro marca também o início das corridas em pavê, e o belga começou essa parte da época com uma estrondosa vitória na Omloop Het Nieuwsblad (1.UWT). Durante o mês de Março, Greg ficou em segundo na Strade Bianche (1.UWT), venceu (com a BMC) o contrarrelógio por equipas no Tirreno-Adriático (2.UWT) e finalizou a Milano-Sanremo em 21º lugar.
A época “clássica”
Chegámos oficialmente á epoca do pavê. As longas e duras provas colocam sempre sérias dificuldades a quem participa. Mas van Avermaet alcançou um estatuto que permitiu o Fair Play chamá-lo de “Deus do Olimpo”, na antevisão que fizemos para a Amstel Gold Race (clique no link). 1º na E3 Harelbeke (1.UWT) e na Gent-Wevelgem (1.UWT). Logo a seguir, faz 2º na Ronde van Vlaanderen (1.UWT), apenas batido por outro imortal do Ciclismo mundial, o seu compatriota Phillippe Gilbert. Chegamos assim ao Inferno do Norte, o infame Paris-Roubaix (1.UWT). Numa corrida épica e bem emocional (com a despedida do enorme Tom Boonen), o campeão olímpico bateu toda a gente e cortou a meta em primeiro no velódromo de Roubaix. Finaliza ainda a época com um 12º lugar na Amstel (1.UWT) e um 11º lugar na Liège-Bastogne-Liège (1.UWT). Simplesmente épico.
O resto da temporada…
Depois de uma merecida pausa, Greg van Avermaet regressa em grande, com a vitória na classficação geral do Tour do Luxembugo (2.HC), depois de vencer duas etapas. Participa, logo depois, no Tour de France (2.UWT), onde faz uma vez 2º e duas vezes 4º. Depois de três semanas desgastantes, corre a San Sebastian (1.UWT), onde termina em 8º lugar. No BinckBanck Tour (2.UWT) – o antigo Eneco Tour – fecha em 4º na geral, batido apenas por Tom Dumoulin, Tim Wellens e Jasper Stuyven. Nas clássicas do Canadá, fecha em 2º (Quebéc) e em 7º (Montréal). Termina a época com um honroso 6º lugar nos Campeonatos do Mundo de Estrada, decorridos na Noruega.
Uma grande época, que o catapultou para o Olimpo. Greg van Avermaet é, aos 32 anos, o melhor ciclista do mundo. O Fair Play endereça enormes “vivas” a um verdadeiro Deus e reza que a próxima época seja igual. Nós, fãs, não nos importamos em nada!