3 MVPs das meias-finais do Mundial de Rugby 2023

Francisco IsaacOutubro 22, 20234min0

3 MVPs das meias-finais do Mundial de Rugby 2023

Francisco IsaacOutubro 22, 20234min0
Ox Nché foi um dos três MVPs das meias-finais do Mundial de Rugby e explicamos o porquê neste artigo do Fair Play

Meias-finais decididas e com elas também já escolhemos os nossos 3 MVPs de mais um fim-de-semana de rugby intenso, carregado de grandes momentos, episódios e destaques!

OX NCHÉ COME INGLESES AO JANTAR

Cinco penalidades forçadas à Inglaterra, seis entradas no contacto em que ganhou quatro vezes a linha-de-vantagem e cinco placagens efectivas, isto em meia-hora. Ox Nché, pilar da África do Sul, foi um problema total para a selecção da “Rosa” que nunca encontrou forma de amordaçar aquele que é um dos melhores trabalhadores da formação-ordenada de sempre.

A capacidade trabalho, o afinco com que se atira às fases-estáticas, a técnica individual e o poder imponente, foram elementos transcendentais e que quebraram por completo com o adversário, com Ox Nché a tratar Ellis Genge como se fosse um pilar inexperiente e sem capacidade resposta. A forma como forçou uma penalidade dentro dos seus 22 metros, num dos momentos mais importantes do encontro, irá para sempre ser lembrado e que merece vários recitais em sua honra.

Será que vai sair do banco de suplentes para fazer o mesmo “trabalhinho” contra os All Blacks, ou vamos ter Ox Nché festa desde o 1º minuto?

AARON SMITH É JOVEM DE NOVO!

Se aquele ensaio que marcou não é suficiente para explicar o porquê de Aaron Smith merecer estar listado nestes 3 MVP’s das meias-finais do Mundial de Rugby 2023, então o que dizer do 100% de eficácia no passe, três assistências, duas quebras-de-linha, 50 metros de conquista e oito defesas batidos?

O formação foi o melhor elo condutor de ataque para os All Blacks, movendo peças de um lado para o outro com todo engenho e facilidade, fazendo questão de mostrar que os trinta-e-tais são os novos vinte! Os pés e mãos de veludo, a eficiência estratégica e a visão de jogo foram três componentes que facilitaram a vida dos neozelandeses nesta meia-final, com o formação a conseguir convencer Angus Gardener a apitar um par de faltas “invisíveis” que só um 9 consegue descortinar.

Genialidade é para uns quantos, mas puro fantasista só está ao alcance de Aaron Smith.

GEORGE MARTIN ERGUE-SE NO AR

Aos 21 anos, o segunda-linha inglês poderá se orgulhar daquilo que está a conseguir demonstrar no maior palco de todos a nível da modalidade, e na meia-final foi incrível, com 10 placagens efectivas (nenhuma falhada), dois turnovers, seis captações aéreas, um roubo de bola no alinhamento, sete colisões ganhas e mais um par de dados técnicos que são prova da sua influência na selecção inglesa.

Dominante e agressivo, George Martin compôs uma autêntica sinfonia com Maro Itoje, conseguindo neutralizar Eben Etzebeth e Franco Mostert, fechando o alinhamento, tornando o maul maioritariamente inutilizável e a não ceder um palmo de espaço no contacto, chocando positivamente todos aqueles que acompanharam esta meia-final do Mundial.

Steve Borthwick arriscou em optar pelo jovem segunda-linha, mas a história irá se lembrar de como o seleccionador inglês fez uma das apostas mais acertadas e que merece ser ovacionado pelos fãs da bola oval.


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