Arquivo de Yohana Ewodo - Fair Play

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José AndradeNovembro 25, 20226min0

O basquetebol feminino europeu está em paragem devido às seleções e por isso mesmo vamos olhar para 5 nomes que tem estado em evidência nestes primeiros meses em 5 diferentes campeonatos por esta Europa fora.

Matilde Villa – Altíssimo nível em Venezia

Começamos por um dos nomes que mais se tem destacado na Liga Italiana, Matilde Villa que assumiu um papel preponderante num dos conjuntos mais fortes em terras transalpinas. Falamos de uma base nascida em 2004 que se estreou pela sua seleção aos 16 anos e que aos 14 já era uma das estrela do basquetebol no seu país devido ao que fazia em todos os jogos na 1ª Divisão além de que com essa idade foi uma das protagonistas no Europeu de sub16.

Matilde Villa é um dos maiores prospects do basquetebol europeu, é uma base muito inteligente, tem um QI basquetebolístico muito elevado e que lhe garante uma superioridade em relação às suas adversárias, depois disso é dona de uma técnica muito apurada, uma qualidade de passe acima da média, lê e pensa o jogo muito bem, muito forte na ida para o cesto e mesmo tendo apenas 1,72 metros consegue aguentar relativamente bem o choque e o confronto com jogadoras mais fortes fisicamente. Falamos de um diamante que está a ser lapidado e que se tem destacado muito na liga italiana e na Eurocup onde leva médias de 10.1 e 8.5 pontos respetivamente.

Yohana Ewodo – A demosntrar que pertence à elite

Mudamos para França de onde chega Yohana Ewodo, uma jogadora gaulesa que se vinha a destacar fora da 1ª Divisão Francesa e que por isso na última temporada deu o salto para o Tarbes onde se tem afirmado como uma das melhores jovens da liga. Yohana é uma extremo com capacidade para jogar a 3 e a 4, falamos de uma internacional jovem pela França onde foi sempre evoluindo dentro da geração de 2001 como uma das maiores referências. Falamos de uma jogadora de 1,83 metros, muito elegante, que se destaca pela mudança de velocidade e pela capacidade de ter bola, com muita qualidade de passe, que pensa muito bem o jogo e que antecipa aos movimentos adversários para conseguir ganhar vantagens.

Tem vindo a subir na linha de três pontos, mas o seu mid-range além de belo é uma das suas melhores armas. Sempre defendeu muito bem, mas o seu crescimento tem passado também muito por aí, além disso é uma jogadora com muitos recursos técnicos, que dribla bem e que consegue ultrapassar as adversárias no 1×1 através da velocidade e desses muitos recursos na hora de “fintar”.

Nika Rodek – Uma das revelações na Croácia

Viajamos agora para Croácia, um país que como habitualmente tem sempre jovens de muito talento a surgir temporada atrás de temporada e nesta época não é diferente e o nome que mais tem saltado à vista é o de Nika Rodek. A base croata que neste verão jogou contra Portugal no Europeu de sub18, uma competição onde esteve em destaque, mas aqui falamos de uma jogadora que se está a afirmar na Liga Croata pelas excelentes exibições neste arranque de temporada ao serviço do Tresnjevka.

Falamos de uma base de 1,77 metros e que se está a afirmar como um dos maiores talentos europeus de 2004, uma base completa, que se evidencia pela capacidade de construção de jogo, pensa e analisa tudo bem antes de acontecer, é uma base que faz a sua equipa subir de rendimento, sabe retirar o melhor de cada uma das suas colegas por ser uma excelente passadora, consegue sempre surgir no ataque seja pelo bom tiro exterior seja pelas penetrações onde ultrapassa todas as adversárias. Forte no 1×1, na recuperação defensiva e por conseguir sempre encontrar uma solução no ataque, descomplicando quando outras complicam. Nika Rodek é nesta altura a quarta jogadora com melhor média de assistências na Liga Croata, um valor cada vez mais seguro do basquetebol feminino europeu.

Barbara Angyal – Afirmação na Hungria

Da Hungria chega Barbara Angyal, base do BEAC, ao contrário de outros nomes anteriores não é uma jovem que chegou agora ao topo, mas sim um talento que se começou a afirmar na temporada passada e que deu o salto para o Ujbuda BEAC onde tem sido um dos destaques e com isso uma das maiores afirmações da temporada na Liga Húngara. Falamos de uma base que se destaca pela muita técnica e pela ida para o cesto, mesmo com 1,70 metros não tem medo, assume e brilha no ataque ao cesto, as mudanças de velocidade garantem-lhe vantagem em relação a muitas adversárias. Barbara Angyal é uma ótima lançadora, com uma boa meia e longa distância, que se evidencia pela capacidade de lançar de todas as zonas do campo e que ainda junta a tudo isso o fato de ser uma playmaker de muito valor.

Laura Mendez – Assumir em modo estrela

Terminamos estes destaques por Espanha, falando de Laura Mendez jogadora do Estudiantes da geração de 2001, um dos grandes jovens valores do basquetebol espanhol e que nesta temporada por diversas circunstâncias foi obrigada a assumir o papel de base do conjunto madrileno e não desapontou tendo sido uma das melhores em todos esses jogos estando também ela em fase de afirmação entre a elite do basquetebol espanhol. Laura Mendez pode jogar a 1, 2 ou 3, tem uma capacidade técnica de qualidade, algo que desde sempre a colocou em evidência nas seleções jovens e ainda no Cerdanyola por isso os saltos que foi dando rapidamente para equipas cada vez mais ambiciosas até chegar ao Bembibre onde brilhou e daí saltou para o Estudiantes.

Sem Melissa Gretter, Laura foi obrigada a ser titular e a assumir o papel de uma das melhores jogadoras do mundo, a jovem base não vacilou e tem vindo a mostrar aquilo que sempre mostrou, a sua muita tranquilidade e a sua capacidade de trabalho, não é a jogadora mais espetacular, é principalmente uma playmaker que faz toda a sua equipa jogar, destaca-se pela qualidade de passe, leitura de jogo e pelo aspeto defensivo onde mostra a sua garra e a sua veia de “carraça”, um dos maiores talentos jovens da europa que está e fase de afirmação.

Ficaram aqui 5 jovens talentos do basquetebol feminino europeu, jogadoras com muito futuro e que estão nesta temporada a brilhar em diferentes contextos, 5 craques que mais do que aquilo que podem fazer a longo prazo já se estão a afirmar como estrelas dos dias de hoje no basquetebol feminino europeu.


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