Arquivo de Torneio de Gstaad - Fair Play

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André Dias PereiraJulho 28, 20232min0

O circuito ATP tem um novo campeão na área. Quando Pedro Cachin, 90 do mundo, entrou no torneio de Gstaad, na Suíça, contava apenas com uma participação em quartos de final no circuito ATP. Mas aos 28 anos de idade conseguiu o seu primeiro troféu.

Diante do experiente Albert Ramos Vinolas, o argentino venceu a final do torneio suíço por 3-6, 6-0 e 7-5. Esta foi, aliás, a sua estreia em Gstaad. E não fez por menos. Cachin não perdeu qualquer set até chegar à final.

“No início da partida eu estava nervoso e cometi alguns erros”, começou por explicar Cachin após o triunfo, sem esconder a sua felicidade. “Foi a primeira vez que joguei contra um canhoto no torneio, tentei ser positivo, agressivo e ir `rede”.

O argentino deixou para trás adversários como Taro Daniel, Bautista Agut, Jaume Munar, Hamad Medjedovic e, claro, Ramos Vinolas. Vinolas, de resto, acabaria por ser assistido por conta de bolhas. Ele era um dos favoritos ao torneio que já ganhou por quatro vezes.

Cachin é apenas o terceiro argentino a ganhar um torneio ATP este ano. Os outros foram Francisco Cerundolo (Eastbourne) e Sebastian Baez (Cordoba). Com este triunfo, ele entra no top-50 pela primeira vez na carreira. Ele é também o quinto campeão estreante da temporada, juntando-se a Tallon Griekpoor, Yibing Wu, Arthur Fils e Christopher Eubanks.

Vinolas falha o tri

O espanhol Carlos Alberto Viñolas era, porventura, o grande favorito a vencer o toreio. O experiente jogador buscava o seu segundo título na Suíça depois de ganhar em 2019. Aos 35 anos, Viñolas soma quatro títulos, entre eles o do Estoril, em 2021.

O torneio de Gstaad tinha também a possibilidade de ter uma final entre sérvios. Porém, Miomir Kecmanovic e Hamad Medjedovic acabaram afastados nas semi-finais. Pela negativa, destaque para Dominic Thiem e Stan Wawrinka, eliminados nos oitavos de final.

O triunfo de Pedro Cachin também o fez recordar do inicio de carreira e solidação que viveu em Barcelona. O argentino é uma história de preserverança e não tem dúvidas ao afirmar que “ser campeão e estar no top-50” vai mudar a sua vida. Sobre o futuro, diz só quer continuar a sonhar.

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André Dias PereiraJulho 28, 20222min0

Casper Ruud renovou o título de Gstaad, conquistado o ano passado. O norueguês, número 6 do mundo, venceu a final, de virada, diante Matteo Berrettini: 4-6, 7-6, 6-2.

Apesar de o torneio, de categoria 250, ter vários bicampeões, a verdade é que o último a fazê-lo de forma consecutiva foi Sergi Bruguera (1992-94). O título de Ruud vem reforçar a boa temporada do norueguês. São, para já, três títulos em 2022 (Gstaad, Geneve e Buenos Aires) e 9 na carreira, para além das finais do Masters de Miami e Roland Garros.

Mas a verdade é que Casper Ruud parece ter uma relação de amor com a Suíça. São para já 16 vitórias consecutivas entre os torneios de Gstaad e de Genebra. Isso quer dizer que nunca experimentou o amargo da derrota em terras helvéticas.

Em Gstaad deixou para trés rivais como Jiri Lehecka (6-3, 6-4), Jaume Munar (duplo 7-6), Albert Ramos-Viñola (6-2, 6-0) e, claro Metteo Berretini (4-6, 7-6, 6-2). Ruud fez um torneio sem sobressaltos, só cedendo um set em todo o torneio. E foi precisamente na final.

Berrettini, campeão do torneio em 2018 e que este ano já ganhou em Estugarda e em Queen’s, também deixou para trás adversários como Richard Gasquet, Pedro Martinez e Dominic Thiem. O austríaco, campeão em 2015, está longe do seu melhor momento na carreira, mas está em crescendo. Em Gstaad alcançou a sua primeira semi-final em 14 meses. Thiem é agora 199 do mundo. Um número longe do top-3 mundial que já ocupou mas que representa uma evolução de 140 posições em duas semanas. Isto porque chegou também aos quartos de final em Bastad, encotrando-se, esta semana, a jogar o torneio de Kitzbuhel. Recorde-se que Thiem esteve 9 meses afastado do circuito por lesão no punho, chegadno a somar 11 derrotas consecutivas.

A regularidade de Viñolas

Quem também fez um bom torneio foi Albert Ramos-Viñolas. O espanhol é um daqueles casos dos quais se sabe sempre o que esperar. Não é um jogador de picos, mas também não é de baixos. E é sempre perigoso. O ano passado, recorde-se, venceu o Estoril Open e este ano já ganhou em Cordoba, Espanha.

Campeão de Gstaad em 2019, este ano voltou às meias-finais mas não conseguiu levar a melhor sobre Berrettini. Ainda assim, eliminou Dominic Stricker e Nicolas Jarry.

O torneio de Gstaad joga-se desde 1968 e os seus maiores vencedores são os  espanhóis Sérgio Bruguera (1992, 1993 e 1994) e Alex Corretja (1998, 2000 e 2002).


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