O sérvio venceu pela quarta vez o US Open e amplia o seu legado em Majors.
O sérvio venceu pela quarta vez o US Open e amplia o seu legado em Majors.
Um mês após Carlos Alcaraz ter vencido Novak Djokovic, em Wimbledon, agora foi a vez de o sérvio ter levado a melhor sobre o espanhol em Cincinnati (5-7, 7-6 e 7-6).
Todos os adjetivos são poucos para qualificar a final entre os dois melhores tenistas da atualidade. É a terceira vez que os dois jogadores se enfrentam este ano. Roland Garros, primeiro, foi como que uma falsa partida para o espetáculo que ambos podem proporcionar. E isso se deveu a uma lesão que obrigou Alcaraz a jogar de forma condicionada. Sem surpresa, Nolan levou a melhor. Mas em Wimbledon foi a vez de o espanhol dominar em um dos grandes jogos do ano, que culminou com o primeiro título do espanhol no All England Club.
Em Cincinnati não foi diferente. Mais um grande jogo, que durou quase 4 horas (3h50). Debaixo de 33 graus, Djokovic esteve a perder por 7-5 e 4-2, mas soube levar o jogo para tie-break, onde conseguiu salvar um match point. No terceiro set, Alcaraz recupera de 3-5 para 6-5, salvou quatro match points, mas acabou por não levar a melhor sobre Djokovic.
São agora quatro títulos para Nolan em 2023 e um embalo importante para o US Open, onde volta a ser o grande favorito a par de Alcaraz. A vitória em Cincinnati foi a 39 do sérvio em Masters 1000 e 95 título ATP da carreira. Números impressionantes para aquele que é também o recordista de Grand Slams.
Se alguém duvidava do momento de Nolan, as interrogações terminaram com o seu percurso imaculado. E a verdade é que até à final, Djokovic não cedeu qualquer set. Para trás ficaram Alejandro Fokina (6-4, RET), Gael Monfils (6-3, 6-2), Taylor Fritz (6-4, 6-0) e Alexander Zverev (7-6, 7-5).
Mas nem só de Djokovic e Alcaraz viveu Cincinnati. Zverev e Hucrkacz estiverm à porta da final, mas cairam nas semin-finais. Para Zverev isso representaria um importante capital de confiança para o US Open. O alemão não está a ter seu melhor ano e busca ainda o seu prmeiro Major. Mas olhando para 2023, é pouco provável que aconteça em Nova Iorque.
Também Max Purcell fez uma caminhada diga de reconhecimento. O australiano, 47 do mundo, caiu os quartos de final, tendo deixado para trás, entre outros, Wawrinka e Casper Ruud.
Agora, segue-se o US Open, entre 28 de agosto e 10 de setembro.
Todos os Grand Slam são especiais. Mas o torneio de Wimbledon, até por ser o mais antigo, continua a ser a prova rainha do ténis. Aquele torneio que separa os meninos dos cavalheiros, como é habitualmente denominado. Já com Federer aposentado, a questão que se coloca é se algum tenista em atividade personifica tão bem a prova quanto o suíço o fazia.
Há Djokovic, claro, mas o sérvio é um todo o terreno, um mestre da eficácia, sem a elegância de movimentos que caracterizou Federer. E, talvez por isso, mesmo que Nolan se torne campeão e o maior vencedor do torneio com 8 troféus, porventura Federer continuará a ser a grande referência do All England Club.
Vencedor de Roland Garros e maior campeão de Majors, Djokovic é o grande favorito a vencer em Londres. Atravessa uma boa forma e já provou que nos momentos-chave não facilita.
Com Nadal afastado até final do ano, Carlos Alcaraz é, novamente, o principal rival do sérvio. Foi assim também em Roland Garros. Os dois encontram-se nas meias-finais mas o espanhol ressentiu-se de uma lesão e jogou muito condicionado. O jogo mais esperado do ano acabou por não se traduzir no que todos queriam. E sem Alcaraz, Nolan ficou com caminho aberto para novo título.
Os dois jogadores podem escrever um novo capítulo em Wimbledon. Mas poderá o menino de 20 anos tornar-se tão cedo um cavalheiro?
Essa não é um pergunta de resposta fácil. A relva não é de todo o piso mais favorável a Alcaraz. Até há pouco tempo o espanhol não tinha ganho sequer a ninguém do top-30 neste tipo de piso. Mas se há coisa que estamos a aprender com Alcaraz é a sua capacidade de evoluir. E a verdade é que chega a Wimbledon como número 1 o mundo após triunfo em Queens, uma antecâmara para o All England Club,
Em Queens, Carlitos deixou para trás adversários como Dimitrov, Korda e De Minaur. É, pelo menos um bom sinal. E também um sinal da sua facilidade de adaptação. Para termos um comparativo, em Madrid, torneio que Alcaraz também venceu, devolvia o primeiro serviço posicionado 4,8 metros atrás da linha de fundo. Mas em Queens, na relva, diminuiu essa distância em 1,4 metros.
Djokovic é o campeão em título e há 4 anos que tem sido sempre assim. Desta vez, talvez, o seu favoritismo seja ainda mais vincado. Mas não dá para descartar Alcaraz, nem Medvedev ou Sinner. O russo tem sido um dos jogadores mais consistentes da temporada, apesar de não ser tão dominante na relva. Já Jack Sinner tem sofrido com lesões o que o obrigou a desistir de Halle. Há ainda alguns ousiders como Kyrgios, Rublev, Tsitsipas ou Bublik mas tudo dependerá da forma como forem evoluindo.
O torneio prolonga-se e 3 e 16 de julho.
O sérvio venceu Roland Garros pela terceira vez. Djokovic é agora o maior campeão de Grand Slam, com 23 títulos.
Pela primeira vez desde que é profissional, Rafael Nadal está fora de Roland Garros. O tenista espanhol tem vindo a recuperar de uma lesão abdominal, contraída na Austrália. Nas últimas semanas a dúvida sobre se o El Toro Miura ia jogar Paris pairava no circuito. Agora, Nadal confirmou as piores expectativas. “A lesão não evoluiu como queríamos. O mais importante, Roland Garros, é impossível”, disse, reforçando que “foi uma decisão do corpo”.
Dos 22 Grand Slam conquistados, 14 foram em Paris. É, com sobras, o maior campeão de sempre do torneio, ao ponto de já ter uma estátua junto ao recinto principal.
Nadal não joga desde o primeiro Major do ano e a data de retorno ainda é incerta. Por enquanto, vai cair para fora do top-100. Não que isso seja relevante para o maiorquino nesta fase da carreira, onde só quer jogar e ser competitivo. E, quem sabe, tentar competir com Djokovic no duelo particular do número de Grand Slams conquistados. Também por isso, esta é uma ausência que com certeza impacta Nadal.
Na mensagem que confirma a ausência de Roland Garros, Nadal admite pela primeira vez que poderá encerrar a carreira no próximo ano. Quer isso dizer que poderemos não ter mais Nadal a competir até final de carreira? Bom, por enquanto é precoce chegar a essa conclusão. Apesar de ser incerta a sua volta, o espanhol quererá, por certo, jogar ainda mais uma edição, talvez de despedida, de Roland Garros. A ideia, por enquanto, passa por voltar ao circuito no final deste ano.
A carreira de Nadal é marcada por muitos títulos. Mas também lesões. Ao longo dos últimos 19 anos somou pelo menos 14 lesões importantes, algo que pode estar relacionado a um estilo de jogo muito físico e intenso. Joelhos, pés, braços, tendões, pulsos, costas. São muitas as mazelas do espanhol, que nunca dá um desafio como perdido. Em 2022, recorde-se, um problema muscular forçou Nadal a falhar os torneios prévios de Wimbledon, e a desistir nas meias-finais do major britânico. Depois, voltou a ressentir-se no US Open. Já este ano, um problema abdominal condicionou a sua participação no Australian Open.
Mas se Nadal vai sentir falta de Roland Garros, o torneio francês também terá a sombra do espanhol. O torneio, que arrancou a 22 de maio, prolonga-se até 11 de junho. Djokovic e Alcaraz são os grandes favoritos, na ausência de Nadal. É até difícil dizer, neste momento, quem detém maior favoritismo. Certo é que o sérvio perdeu a liderança mundial para o espanhol e só a voltará a conquistar o topo da hierarquia se for finalista. E ainda assim tem que torcer contra as performas de Alcaraz e Medvedev, os dois primeiros do circuito.
Alcaraz está, de resto, em grande forma. Já venceu três títulos este ano, incluindo os Masters de Madrid e Indian Wells, e a terra batida é o seu título preferencial. O sucessor natural de Nadal, que completou recentemente 20 anos, é o maior fenómeno do ténis desde o Big-3. Depois de ganhar o US Open em 2022, vencer Roland Garros parece apenas uma questão de tempo. Mas Djokovic é Djokovic e nunca pode ser descartado, seja em que piso for. E há ainda Casper Ruud e Medvedev, ambos fortes na terra batida. O norueguês foi finalista vencido em 2022 e este ano já ganhou o Estoril Open. Já o russo atravessa um grande momento, ganhando em 2023 nada menos que cinco troféus, entre eles os Masters de Roma e Miami.
Será, pois, um torneio com vários pontos de interesse, mesmo considerando a ausência do ‘rei’ da terra batida.
Novak Djokovic está de volta ao topo do mundo. No regresso a Melbourne, após ter sido “cancelado” e deportado da Austrália, por não estar vacinado, o sérvio regressou agora em grande estilo. Nolan não apenas venceu o seu 10 título, reforçando a condição de maior campeão do torneio, como igualou Nadal com 22 Majors e regressou à liderança da hierarquia mundial.
Não por acaso, Djokovic considerou esta a sua vitória mais importante na Austrália. E não é para menos. O episódio da temporada passada acabou por condicionar toda a época. E se olharmos o 2022 de Nolan ela foi marcada por altos e baixos. É também por isso que era importante arrancar bem.
Este ano já sem Federer, o torneio australiano teve outra grande baixa. Carlos Alcaraz, número 1 mundial, não recuperou de uma lesão que vinha o ano passado e ficou também e fora. Quer isto dizer que para além da vitória no torneio, a liderança mundial deveria ter um novo dono.
E a verdade é que Djokovic mostrou desde cedo que queria muito ganhar. E quando assim é fica muito difícil para os outros. A final, aliás, acabou por ser muito mais tranquila do que o esperado. Djokovic precisou de pouco menos de 3 horas para levar de vencido Tsitsipas por 6-3, 7-6 e 7-6. Ainda não foi desta que o grego venceu um Major. Tsitsipas conta com 16 títulos na carreira, entre os quais o ATP Finals e dois Masters Monte Carlo, mas não consegue um Grand Slam. Esta foi a sua segunda derrota em finais, após Roland Garros em 2021.
Ao longo do torneio, Djokovic perdeu cedeu apenas um set. E isso diz bem da capacidade de Nolan, mesmo aos 35 anos. A pergunta que se repete é até quando o sérvio vai continuar a dominar.
A resposta não é simples, porque depende de vários fatores. Entre os quais a própria motivação de Nolan. Com esta vitória, Djokovic igualou o número de Grand Slams de Nadal (22). Mas a verdade é que o espanhol parece cada vez mais reduzido fisicamente. E um bom exemplo foi a sua eliminação na segunda ronda perante o norte-americano Mackenzie MacDonald. O espanhol foi traído por mais uma lesão e parece cada vez mais distante de poder disputar muitos torneios ao ano. Ainda assim, é expectável que jogue Roland Garros e se apresente como o grande favorito.
E do mesmo jeito que Nadal perdeu parte de si e da sua motivação com a saída de cena de Federer, o mesmo pode acontecer com Djokovic quando o espanhol também se aposentar. Por enquanto, nada aponta para o abrandamento do sérvio, que por certo quererá sair do ténis como o maior campeão da história. Mas por enquanto volta a subir ao trono da hierarquia mundial para estender a sua dominância.
Nesta equação também é preciso considerar a ascensão de Carlos Alcaraz. Como o o espanhol vai consolidar a sua evolução é a grande pergunta. O herdeiro natural de Nadal, tem tudo para lhe seguir as pisadas. Um jogo extremamente físico, tendo também já demonstrado forte capacidade mental. Alcaraz deverá dominar a cena mundial nos próximos anos, mas Djokovic por certo terá capacidade e foco para continuar relevante e disputar títulos. Se Nadal ainda terá essa capacidade fora de Paris é a grande questão para o ano 2023.
Arranca esta segunda-feira, dia 16, o primeiro Major do ano. A época já começou, é verdade, mas é em Melbourne que se mede o barómetro do que 2023 nos pode trazer.
O primeiro torneio do ano não vai contar, porém, com o número 1 do mundo. Carlos Alcaraz, sensação espanhola que explodiu o ano passado, não recuperou de uma lesão no joelho e está fora do Australian Open. É a segunda vez que o torneio não poderá contar o líder do ranking. Recorde-se que o ano passado, Djokovic não jogou por conta de problemas relacionados à não vacinação contra o Covid-19.
Também por isso, o sérvio deverá estar ultra motivado para alcançar o seu décimo título na Austrália. E Nolan já mostrou ao que veio em 2023. Venceu o primeiro ATP 250 do ano, em Adelaide. A vitória na final contra o norte-americano Sebastian Korda por 6-7, 7-6 e 6-4, correspondeu ao 92 título ATP, o quarto maior registo na Era Open.
Depois disso, Djokovic jogou ainda uma partida de exibição contra Nick Kyrgios, onde reencontrou o público de Melbourne. Aliás, será interessante acompanhar o australiano no torneio. Depois do ótimo 2022, o certame será uma boa oportunidade para entender se o enfant terrible do ténis vai manter o nível alto. Polémico, Kyrgios assumiu inclusivamente que se ganhasse poderia aposentar-se.
Alcaraz não vai marcar presença, mas outro espanhol deverá estar no lote dos favoritos. Nadal, claro. O maiorquino é o campeão em título e apesar de não ser o maior favorito, ninguém dúvida que possa repetir o feito do ano passado. Uma coisa é certa. Apesar dos 36 anos, continua no topo. É o maior campeão de Grand Slam, com 22 troféus, e um nome a ter sempre em conta. O ano de 2023 deverá manter a toada de equilíbrio dos últimos anos mas de acordo com Zverev, Rafa poderá aposentar-se após Roland Garros.
Por enquanto trata-se apenas de um rumor, mas uma coisa é certa. Com a aposentadoria de Federer, em 2022, uma parte do espanhol ficou para trás. Foi o próprio quem o admitiu. Uma saída no seu torneio de eleição seria como que apoteótico.
Mas nem só dos históricos vive este Australian Open. Casper Ruud e Medvedev são nomes importantes a acompanhar. Ruud teve um ano recheado de finais e vitórias importantes o ano passado. Chegar a número 1 do mundo é o seu grande objetivo, mas fazê-lo com um triunfo em Melbourne daria uma consistência maior a esse feito.
Já Medvedev, com um 2022 de altos e baixos, quer começar bem a temporada para ganhar um embalo importante. Em Adelaide, caiu nas meias-finais contra Djokovic. Na chave do Australian Open, poderá jogar com Nadal nos quartos de final.
Há ainda Aliassime, Tsitsipas e Rublev. O russo vai enfrentar Dominic Thiem logo na ronda inaugura, em um dos jogos de maior cartaz da ronda inagural. O grande ano de 2022 de Aliassime também suscita interesse para saber se terá sequência em 2023. O canadiano teria um caminho espinhoso para chegar à final com potenciais adversários como Pospisil, Wawrinka, Cameron Norrie, Tsitsipas, Nadal ou Casper Ruud.
Mas, por enquanto, tudo fica no campo da especulação. O espetáculo vai começar.
A temporada de tênis de 2023 arranca em Melbourne, na Austrália, e vai contar com a presença de Novak Djokovic. O sérvio está de volta à Oceania, após a ausência em 2022. Recorde-se que o atual número 5 do mundo foi deportado de Melbourne por não estar vacinado contra a Covid-19, uma exigência, aliás, do governo australiano para quem chegava e fora o país.
O episódio arrastou-se e tornou-se em uma novela que acabou por marcar negativamente a temporada de Djokovic. Mas esse é um episódio que parece ter ficado para trás. À chegada a Austrália, o sérvio assume que é algo que não quer voltar a viver.
Aos 35 anos Djokovic quer provar que ainda pode continuar a disputar a dominância do ténis mundial. Após um ano dominado por Nadal e Alcaraz – e em que Federer se aposentou – o ano e 2023 pode ser determinante para o futuro de Djokovic. Ou, pelo menos, do que podemos esperar dele até ao final da sua carreira.
E para isso nada melhor do que começar a temporada na Austrália. É justamente ali onde o sérvio é rei. Djokovic é o maior campeão a história do Australian Open, com 9 troféus. Um bom arranque pode ser o que o ex-número 1 do mundo precisa para alcançar a estabilidade mental e competitiva que faltou na época passada.
O Australian Open arranca a 16 de janeiro mas antes acontecem outros torneios preparatórios. A começar já com a United Cup, esta quarta-feira, dia 29. Trata-se de um torneio misto, de 18 equipas, imaginada como a Hopman Cup, e que acontece nas cidades e Sidney, Perth e Brisbane. Seguem-se os torneios de Adelaide e Auckland, a partir de 9 de janeiro.
Federer, Nadal e Djokovic dominaram a cena mundial nas últimas duas décadas. Porém, nos últimos anos, a sucessão tem vindo a consolidar-se. Com a aposentadoria de Federer, e o avançar de idade de Nadal e Djovkovic, o ténis vai-se renovando naturalmente.
Isso não quer dizer, porém, que o espanhol e o sérvio não possam ser competitivos. Ainda em 2022 Nadal ganhou o Australian Open e Roland Garros, enquanto Nolan venceu Wimbledon. Conforme o maiorquino referiu recentemente, o seu objetivo neste momento não é ser número 1 mundial mas sim competitivo em todos os jogos e torneios. Aliás, nem Nadal e Djokovic nada têm a provar.
No sentido inverso, Carlos Alcaraz foi o grande nome de 2022. Aos 19 anos tornou-se o mais jovem número 1 do mundo. O título no US Open e os recordes de precocidade elevaram-no ao patamar de sucessor e herdeiro de Rafael Nadal. Será interessante agora acompanhar a sua evolução e como responde à exigência de ser líder mundial. Esse foi, de resto, um problema que Daniil Medvedev enfrentou quando atingiu o topo. O ano do russo não foi para esquecer, mas passou longe da expetativa em seu redor.
E há ainda Casper Ruud. O norueguês esteve perto de chegar a líder mundial e jogou finais importantes, como US Open, Roland Garros e ATP Finals. Talvez por isso, os títulos de Gstaad, Buenos Aires e Geneva tenham sabido a pouco. Atualmente número 3 do mundo, Ruud acredita que atingir a liderança mundial é uma questão de tempo. “A temporada passada mostrou que tenho potencial. Se continuar a trabalhar duro posso estar nessa posição”, reconhece.
No ténis tudo pode acontecer. E mudar rapidamente. A nova temporada está a começar e qualquer previsão pode mudar a cada semana, lesão ou título inesperado. As emoções estão de volta.
Arranca este domingo, dia 13, o ATP Finals. O último grande torneio da temporada reúnes os jogadores que mais se destacaram em 2022. Mas terá uma baixa importante. Carlos Alcaraz, número um do mundo e vencedor do US Open, lesionou-se e é uma baixa confirmada para o torneio. Aconteceu nos quartos de final do ATP Paris. Alcaraz deverpa parar seis semanas. O espanhol dominou a época, com maior número de vitórias, e uma ascensão incrível no ranking até chegar ao topo, aos 19 anos de idade.
Para o lugar de Alcaraz entrou Taylor Fritz. Esta é a primeira vez que o norte-americano jogará o torneio. Campeão de Indian Wells (1000), Tóquio (500) e Eastbourne, Fritz fez, provavelmente, o melhor ano da sua carreira. Jogar o ATP finais acaba por ser um prémio justo independentemente do resultado final.
Sem Alcaraz, mas com Nadal e Djokovic, é dificíl apontar um favorito claro. O espanhol leva vantagem se olharmos aos títulos esta temporada, entre eles Australian Open e Roland Garros. Mas Djokovic tem uma motivação extra. Em caso de vitória igualará Roger Federer como maior campeão do torneio, com seis títulos. Nolan soma os mesmos cinco títulos que ivan Llendl e Pete Sampras. Este é, aliás, a 15 participação do sérvio no torneio.
E bem se pode dizer que Djokovic não terá tarefa fácil. No sorteio realizado em Turim, onde o torneio acontece, o sérvio calhou no grupo vermelho, que inclui também Medvedev e Tsitsipas, Rublev. Este é apontado como o grupo mais difícil.
O agora número 8 do mundo foi um dos primeiros a chegar a Turim para treinar. Medvedev, campeão em 2000, teve um ano com mais baixos do que altos. Caiu para número 5 do mundo e venceu “apenas” torneios menores, como o de Áustria e o de Los Cabos.
O ano de 2022 foi mais um para consolidar Rublev. O russo ganhou nada menos do que 4 títulos, contudo, continua ainda à procura de um grande troféu. O ano passado foi finalista vencido em Cinicinnatti e Indian Wells. O atual número sete do mundo pode surpreender no torneio, mas terá pela frente também Tsitsipas. O grego venceu este ano os torneios de Monte Carlo e Maiorca. Apesar de não ter ganho títulos maiores, tem sido consistente e é número três mundial.
No grupo verde, Nadal enfrentará Taylor Fritz, Zverev, Casper Ruud e Felix Aliassime. Esta será a 17ª participação do espanhol no torneio, o único grande título que lhe falta conquistar. Neste grupo, o canadiano Felix Aliassime está em grande momento e pode surpreender. Os quatro torneios que já ganhou como profissional foram todos conquistados este ano: Roterdão, Florença, Antuérpia e Basileia. Já Zverev tem sido um tanto irregular mas é sempre um adversário que cresce no torneio.
Casper Ruud, que tem feito um ano em crescendo e caso apresente o nível do US Open, onde foi finalista vencido, pode causar estragos nos principais candidatos.
O ATP Finals joga-se entre os dias 13 e 20 de setembro.
A partir de 13 de novembro e até 20 de novembro, joga-se o último grande torneio do ano. O ATP Finals vai reunir, em Turim, Itália, os maiores jogadores do ano. Daniil Medvedev, campeão em 2020, já garantiu a sua presença após vencer este sábado, dia 29, Grigor Dimitrov e avançar para a fnal do ATP 500 de Viena. É a quarta vez que o russo joga esta competição.
O antigo número 1 mundial teve um ano discreto. Em 2022 conquistou, para já, apenas o título em Los Cabos, no México, e três vice-campeonatos, incluindo o Australian Open. É verdade que pode ainda ganhar o torneio de Viena, onde defrontará Shapovalov. E há ainda o ATP Paris. Mas não é menos verdade que desde 2018 Medvedev nunca ganhou menos que dois torneios.
Para além do russo, estão também garantidos no ATP Finals, Carlos Alcaraz, Rafael Nadal, Casper Ruud, Novak Djokovic e Stefano Tsitsipas.
Djokovic soma cinco títulos, ao lado das lendas Ivan Lendl e Pete Sampras. O recordista é o agora aposentado Roger Federer. Isso quer dizer que o sérvio pode-se tornar o maior campeão do torneio ao lado do suíço, caso vença este ano. Djokovic é também o único a ganhar a prova quatro anos consecutivos (2012-15). Mas, claro, é sempre preciso considerar Rafael Nadal. O espanhol continua em altíssimo nível mesmo aos 36 anos. Este ano já ganhou o Australian Open, Roland Garros e os torneios de Melbourne e Acapulco. Curiosamente, Nadal nunca venceu o ATP Finals. Foi finalista vencido em 2013 e 2010. Este é, aliás, o único grande título que lhe falta na carreira.
Apenas dois tenistas espanhóis venceram o ATP Finals. O primeiro foi Manuel Orantes, em 1976, e o último foi Alex Corretja, em 1998. Desta vez, há boas razões para acreditar num sucesso espanhol. É que para além do número dois mundial, Nadal, há ainda a sensação Carlos Alcaraz, o líder do ranking.
Alcaraz será um estreante na prova, é certo, mas essa condição nunca foi problema para se colocar entre os favoritos. Este ano tornou-se o mais jovem número 1 da história e também a vencer o US Open. De resto, o espanhol tem alcançado todos os recordes de precocidade e é o atleta que mais ganhou em 2022. Para além do sucesso em Nova Iorque, ganhou outros quatro títulos: Masters de Madrid e de Miami e os torneios de Rio Janeiro e Barcelona.
Casper Ruud é outro jogador em ótima forma. Já venceu este ano três torneios (Gstaad, Buenos Aires e Genebra) e foi finalista vencido no US Open. Ele repete a experiência do ano passado e será um nome a ter em conta.
Ao todo estão seis tenistas já classificados. Isso quer dizer que há duas vagas em aberto. Por enquanto, Felix Aliassime e Andrey Rublev são os mais bem posicionados. Mas o ATP Paris será determinante. Uma coisa é certa, este ano o torneio de Turim não terá representantes italianos. O triunfo de Aliassime em Basileia retirou matematicamente as chances a Jannik Sinner e Matteo Berrettini de lutarem pelas vagas. Pablo Carreño Busta (2415 pontos) e Cameron Norrie (2410) também estão longe de o conseguirem. Por outro lado, o norte americano Taylor Fritz e o húgaro Hubert Huckacz podem intrometer-se entre Aliassime e Rublev.