Arquivo de Haruka Yagi - Fair Play

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José AndradeAgosto 7, 20226min0

O Campeonato do Mundo sub17 decorreu na Hungria e estiveram presentes algumas das futuras melhores jogadoras a nível global e hoje vamos falar de 5 das que mais se destacaram nesta competição.

Ajsa Sivka – Eslovénia

Começamos por um dos maiores jovens talentos na Europa, Ajsa Sivka joga na posição 3 e pode fazer ainda a posição 4, é uma atleta alta, com uns braços enormes e que se destacou na Tony Parker Academy algo que lhe valeu ser aposta das italianas do Schio para a próxima temporada. Ajsa é uma jogadora alta com muitas skills, junta a todos os recursos técnicos a sua capacidade no tiro exterior e a muita evolução que teve em Lyon no aspeto defensivo. Não sendo uma jogadora muito forte fisicamente, sabe usar a altura, os seus braços e principalmente o seu elevado QI para defender atletas mais “possantes” e a sua mobilidade permite-lhe defender jogadoras de estatura mais baixa e com maior velocidade, além disso tem uma técnica de lançamento que se evidência e consegue ainda lançar com facilidade de todas as zonas do campo. Ajsa Sivka foi um dos maiores destaques, é um dos maiores prospects do basquetebol europeu e será alguém a ter em conta já nesta nova época.

Haruka Yagi – Japão

O nosso segundo destaque vem do Japão, falamos de uma extremo que já se havia destacado no Campeonato Asiático sub16, Haruka Yagi que se assumiu neste Mundial como uma das jogadoras em maior destaque surpreendendo até alguns. É uma extremo muito intensa e que se destaca pela defesa, principalmente pela agressividade, mas o que para mim mais saltou à vista foi a forma como ela pensa o jogo e se posiciona em campo, sempre no local certo na defesa e com uma capacidade de antecipação extraordinária. Não é uma jogadora muito alta, mas tem capacidade de ganhar na luta das tabelas pela habilidade de salto. Tem na defesa o seu ponto alto e também nas penetrações, não é uma jogadora que lance de fora, será certamente um dos aspetos que mais vai ter que melhorar, mas a sua agilidade permiti-lhe ser uma seta sempre apontada ao cesto conseguindo desmontar as defesas sempre que acelera.

Annika Soltau – Alemanha

Mudamos para a Alemanha para falar de Annika Soltau, outro dos maiores prospects do basquetebol europeu e que gerava maiores expetativas para este Mundial, todas elas foram cumpridas com Saltou a ser uma das estrelas deste Campeonato do Mundo sub17 mostrando que vai chegar muito longe e que é mesmo uma das melhores desta geração. A alemã vem de uma ótima temporada na 2ª Divisão da Alemanha ao serviço das Towers Speyer, é tida como a futura estrela do conjunto germânico e um dos maiores na Europa. Annika é uma jogadora de posição 3 muito completa, tem nos desarmes de lançamento um dos seus talentos onde mais se evidencia, mas é uma atleta com muita capacidade física, com 1,90, mas nem por isso lenta, na verdade destaca-se pela capacidade de condução e nos contra-ataques. Soltau é uma scorer, consegue marcar de todas as formas, não precisa de muito espaço para pontuar, conseguindo criar os seus lançamentos sendo que tem um ótimo tiro exterior. Jogadora muito completa, que se evidencia nos dois lados do campo e que conjuga a sua estatura com muita técnica, um diamante a ter em conta já nesta temporada e ainda mais para os próximos anos no basquetebol europeu e mundial.

Jana Elalfy – Egipto

De seguida falamos de um dos maiores talentos do continente africano, a egipcia Jana Elalfy. Jogadora de posições interiores, mas muito versátil. Começou a dar nas vistas muito cedo no Al-Ahly, aos 14 anos já era apontada a grandes voos, sendo que neste ano foi a primeira africana a participar a marcar presença na NBA Global Academy na Austrália. Falamos de uma jogadora que pela sua versatilidade e qualidade é usada nas posições 5, 4 e 3, sendo que se tem afirmado como 3 e é ai que parece que é por onde passa o seu futuro. A nível de clubes foi a grande protagonista no Egípcio e uma das maiores em Africa conseguindo uma média de 18 pontos por jogo. É uma jogadora muito móvel com 1,92m, com um QI basquetebolístico muito elevado, que domina na luta das tabelas e é uma scorer de elite. Jana precisa de evoluir no tiro exterior, mas é uma jogadora que no pintado não dá hipóteses, domina e conseguiu solucionar a falta de criatividade no ataque egípcio em muitos momentos partindo de fora para dentro ou mesmo no garrafão. Destaque para o seu mid-range e o footwork. Promessa de muito futuro, um nome a guardar e que tem tudo para ser também ela um dos maiores nomes desta geração.

Awa Fam – Espanha

O nosso último destaque vem de Espanha, não foi o nome que mais se evidenciou nas nuestras hermanas, mas mesmo ofuscada por algumas colegas conseguiu ser uma das maiores protagonistas. Awa Fam viu Iyana Martin Carrion entrar no cinco ideal e Carla Viegas ser outra das jogadoras que mais brilhou neste Campeonato do Mundo sub17, mas a verdade é que Fam confirmou o que já sabíamos, é um dos maiores talentos espanhóis e europeus. Sendo uma das mais novas, é natural que ainda não tenha sido uma jogadora de cinco ideal, mas não esteve longe. É uma das melhores postes com menos de 18 anos a nível mundial que aos 15 anos já aparecia no Valência com ótimos números e com duplo-duplo perante equipas de topo europeu, Awa é mesmo a jogadora mais jovem de sempre a fazer a sua estreia a nível sénior em Valência. Poste completa, que sabe usar a sua estatura e peso, que lê muito bem o jogo, além disso é muito forte na luta das tabelas e uma poste muito difícil de bater no 1×1. A espanhola é um dos talentos mais entusiasmante na Europa, já é apontada à WNBA e o seu teto é muito elevado, poste com muitos recursos técnicos, forte e que se continuar a melhorar o seu tiro pode alcançar um patamar ainda mais elevado.

Ficaram aqui 5 jogadoras que se destacaram muito neste Campeonato do Mundo sub17, algumas das maiores promessas no basquetebol mundial, todos nomes a guardar para os próximos anos.


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