Arquivo de Fabio Fognini - Fair Play

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André Dias PereiraFevereiro 22, 20223min0

Carlos Alcaraz tem apenas 18 anos mas já não nenhum estranho no circuito ATP. O espanhol venceu o Rio Open este domingo e tornou-se o mais jovem de sempre a ganhar um torneio ATP 500.  Este é o segundo título da carreira de Alcaraz. O primeiro troféu aconteceu no ATP 250 de Umag, na Turquia, o ano passado, ainda com 16 anos de idade.

Desde vez, o espanhol levou a melhor sobre o Diego Schwartzman, por 6-4 e 6-2. O argentino venceu o torneio em 2018 e era terceiro cabeça de série. Por esse motivo era o favorito ao título. Em caso de vitória seria o primeiro tenista da história do Rio Open a vencer o troféu por duas vezes.

Alcaraz não apenas não deixou como foi muito superior. Ainda assim, o primeiro set foi bem jogado, longo, até o espanhol quebrar o serviço do rival e fechar em 6-4. No segundo set, veio a supremacia do espanhol, que chegou a uma vantagem de 5-1. Em apenas 1h26 minutos, Alcaraz sagrou-se campeão.

Antes da final, havia deixado para trás Jaume Munar, Federico Delbonis, Metteo Berretini e Fabio Fognini.

Com este triunfo, Alcaraz sobe do 29º lugar para o 20º, alcançando pela primeira vez o top-20 mundial. Até aqui, o mais jovem jogador a ganhar um ATP 500 era Jannick Sinner, com 19 anos e 11 meses.

Este é apenas mais um passo na meteórica ascensão de Carlos Alcaraz no circuito. Ele foi também o mais jovem jogador, desde Michael Chang e Pete Sampras, a alcançar os oitavos de final do US Open e o primeiro, desde 1973, a vencer um top-3. Foi ainda o primeiro tenista nascido em 2003 a vencer um jogo Challanger.

Mas o que este título pode representar? Bom, primeiro que Alcaraz parece estar a consolidar-se. Não é expectável que possa intrometer-se em títulos de maior relevância, contudo, em um bom dia pode eliminar qualquer um e começar a avançar para fases mais avançadas de majors.

Irmãos Cerundolo, o futuro da Argentina

Como vem sendo tradição, o Rio Open voltou a ter forte presença espanhola e argentina. Para além dos finalistas há ainda a destacar a prestação de Francisco Cerundolo. O argentino alançou as meias-finais caindo para o compatriota Schwartzman (7-6 e 6-3). Cerundolo é um nome que pode marcar o futuro do ténis albiceleste. Não apenas Francisco, mas também o seu irmão Juan Manuel, de 20 anos. Eles são os primeiros irmãos argentinos a alcançarem o top-100 mundial. Juan Manuel também jogou o Rio Open, mas caiu perante o italiano Fabio Fognini. No mais, o italiano, finalista vencido em 2015, acabou eliminado nas meias finais perante o campeão Alcaraz.

Outro candidato ao título era Matteo Berretini. O italiano ressentiu-se do clima nesta que foi a sua segunda participação no Rio de Janeiro. Ainda assim, é um nome também a ter em conta esta temporada. Número 6 mundial, Berretini tem evoluído muito nos últimos anos, somando já 5 títulos, dois alcançados o ano passado. Mas talvez mais relevante, foi ter jogado, também em 2021, a final de Wimbledon e do Masters de Madrid. Será, por certo, interessante acompanhar o seu desempenho em 2022.

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André Dias PereiraAbril 23, 20191min0

Fábio Fognini conseguiu, este domingo, o maior feito da sua carreira. O italiano surpreendeu tudo e todos ao vencer o Master de Monte Carlo. Diante o sérvio Dusan Lajovic, Fognini venceu por 6-3 e 6-4. Precisou apenas de 1h34 para levar de vencido o estreante.

Ao todo, foram 19 bolas vencedoras contra 14 do sérvio. O italiano confirmou o seu favoritismo, depois de nas meias-finais ter deixado para trás nada menos que Rafael Nadal, 11 vezes vencedor em Monte Carlo.

Mas, já lá vamos. Lajovic sentiu bastante o jogo. Cometeu 36 erros não forçados, contra 23 do italiano, que venceu 56% do seu primeiro serviço.

Este foi o nono, mas mais relevante, título da carreira de Fábio Fognini. O italiano é agora 12º do ranking e o terceiro vencedor da temporada em torneios Masters 1000. Dominic Thiem venceu Indian Wells e Roger Federer, Miami.

Mas, talvez, o maior feito de Fognini foi ter deixado para trás Rafa Nadal. O espanhol era super-favorito para vencer o torneio pela 12ª vez, mas mostrou não estar na sua melhor forma. O italiano venceu por 6-4 e 6-2. Desde 2015 que Nadal não era afastado nas meias-finais de Monte Carlo. Na altura, o autor da proeza foi Novak Djokovic. Só que o sérvio também caiu precocemente para Daniil Medvedev, nos quartos de final.

O sérvio e o espanhol, números 1 e 2 mundial, são os grandes favoritos para Roland Garros. Estas derrotas podem não querer dizer nada, mas abrem pelo menos esperança a outros jogadores, como por exemplo Dominic Thiem ou Alexander Zverev. O alemão não está a atravessar um bom momento. O alemão também foi afastado por Fognini nos 16 avos de final.

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André Dias PereiraAgosto 6, 20182min0

O italiano Fabio Fognini conquistou o torneio Los Cabos, no México. A vitória diante Del Potro (6-4 e 6-2) ganha relevo considerando que foi o seu primeiro triunfo no piso rápido.

As sete conquistas anteriores todas tiveram lugar na terra batida. O ano de 2018 está a ser, aliás, o mais vitorioso de Fognini. Para já conta com triunfos em São Paulo, Bastad e agora no México. Por isso, é sem surpresa que esta segunda-feira surge em 14º no ranking ATP. A sua melhor classificação foi o 13º lugar, em 2014.

“Estou muito feliz, feliz desta semana, sobre o meu jogo. Claro que isso significa muito para mim”, disse Fogini na final.

Na final diante Del Potro, o argentino até entrou melhor chegando à vantagem de 3-0 no primeiro set. Só que o bom momento do italiano permitiu-lhe virar o jogo para 5-3 e fechar em 6-4. O argentino esteve mal a sacar e no segundo set ainda desperdiçou uma quebra de jogo. No final, Del Potro reconheceu “uma boa semana”, mas que não conseguiu manter o nível frente a Fognini.

Para chegar à final, Fognini começou por deixar para trás o francês Quentin Halys (2-6, 6-4 e 6-0). Seguiu-se Yoshihito Nishioka (duplo 6-2). O japonês eliminou na ronda inaugural Gastão Elias (6-4 e 6-3). Já nas meias-finais o italiano venceu o promissor Cameron Norrie (6.4 e 6-2).

Aos 31 anos, o italiano vive o melhor momento de sua carreira. Até aqui sempre foi visto como um jogador de terra batida, vivendo altos e baixos no circuito. O seu maior feito em Major foi os quartos de final de Roland Garros, em 2011. Com o US Open no horizonte, Fognini quer tentar melhor que os quartos de final de 2015. Em pares, recorde-se, Fognini conseguiu atingir as meias-finais, em Nova Iorque, em 2011.

Pode Fognini ser top-10?

Fogna, como é conhecido, começou por jogar ténis logo aos 4 anos de idade. O profissionalismo chegou em 2004, e em 2007 atingiu o top-100. Seis anos depois venceu os dois primeiros troféus ATP: Estugarda e Hamburgo.

Fã de futebol (Inter Milão e Genova) e motociclismo, Fogini fala fluentemente italiano, inglês, espanhol e francês. O transalpino tem um lugar muito especial no circuito ATP e com a maturidade tem evoluído o seu nível de jogo. Poderá ainda chegar a top-10? A resposta a essa pergunta muito vai depender do que fizer no US Open. Para já, atravessa o melhor momento da carreira e começou a vencer e jogar de forma mais consistente em outros pisos que não a terra batida.

Como Fognini venceu Juan Marting del Potro

André Dias PereiraAbril 9, 20183min0

Portugal não conseguiu superar a Suécia no playoff de apuramento para o Grupo Mundial da Taça Davis. A equipa lusa foi afastada, este sábado, por 3-2. A partida da decisiva jogou-se em Estocolmo e era referente à segunda eliminatória do Grupo 1, da zona Europa/África.

João Sousa, número um português, esteve em bom plano vencendo os dois jogos singulares em que participou. Diante Elias Ymer e Mikael Ymer o vimarenense conseguiu o mesmo resultado: duplo 6-4.

Menos bem esteve Gastão Elias, que perdeu ainda na sexta-feira perante Elias Ymer, 133 do mundo, por 7-6 (13-11) e 6-4. No sábado, no jogo de pares, a dupla Elias e Sousa perdeu para Markus Eriksson e Robert Lindstedt por 7-6 (8-6) e 6-2. No quinto e decisivo jogo, Gastão Elias, 106º do mundo, perdeu com Mikael Ymer (355.º), por 6-3 e 6-4.

Ymer, 19 anos de idade, é um dos talentos da nova geração. O sueco tinha sido também o herói no triunfo sobre a Ucrânia na ronda anterior. Para Portugal, o jejum de vitórias fora do país dura desde 2013. Portugal ficou isento na primeira eliminatória e agora joga em Setembro na Ucrânia para discutir a permanência nesta divisão.

Espanha, EUA, França e Croácia nas meias-finais

Quem se qualificou para as meias-finais da Taça Davis foi os EUA. Para trás ficou a Bélgica. John Isner, vencedor do ATP Miami, começou por vencer Joris De Loore por 3-1: 6-3, 6-7, 7-6 e 6-4. Sem David Goffin, a recuperar de lesão no olho, Ruben Bemelmans também não conseguiu levar a melhor sobre Sam Querrey. Depois, em pares, Ryan Harrison e Jack Sock justificaram o favoritismo diante Joran Vliege e Sander Gilles:  5-7, 7-6, 7-6 e 6-4.

Os norte-americanos são fortes candidatos a um título que foge há 10 anos. Na Era Open, desde 1968, que os EUA já venceram a Taça Davis por 13 vezes, sendo o maior campeão da prova.

Agora os EUA terá pela frente a Croácia, que venceu o Cazaquistão por 3-1. Marin Cilic, a estrela maior croata, venceu Mikhail Kukushkin, pelos parciais de 6-1, 6-1 e 6-1, em 2H01 horas de jogo, na partida decisiva.

David Ferrer coloca Espanha nas meias-finais seis anos depois (Foto: Sportv.globo.com)

Também nas meias-finais está a Espanha. Nuestros hermanos venceram a Alemanha por 3-2. David Ferrer, 36 anos, foi o herói ao vencer Phillip Kohlschreiber por 7-6, 3-6, 7-6, 4-6 e 6-4 em 4h51 horas de jogo. Nadal e Zverev, com uma vitória cada, deixaram tudo empatado na sexta-feira. No sábado, a dupla alemã venceu a espanhola: 6-3, 6-4, 3-6,6-7 e 7-5. Só que Nadal voltou a deixar tudo empatado ao vencer Zverev (6-1, 6-4 e 6-4). Ferrer acabou por vencer o jogo decisivo.

É a primeira vez desde 2012 que Espanha chega às meias-finais. Pela frente terá a selecção francesa, campeã em título, que venceu Itália por 3-1. Lucas Pouille decidiu para os gauleses ao levar a melhor sobre Fábio Fognini: 2-6, 6-1, 7-6 e 6-3.

As meias finais jogam-se entre 14 e 16 de Setembro.


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