Arquivo de ATP Monte Carlo - Fair Play

André Dias PereiraMaio 27, 20193min0

Arrancou este domingo Roland Garros, o Grand Slam da terra batida. Todos anos, desde que Nadal é profissional, a grande pergunta é se existe alguém que possa travar o espanhol. E não é por menos. Desde 2005 só por três ocasiões o maiorquino não ganhou o torneio dos mosqueteiros. Em 2009, ganhou Federer, em 2015, Wawrinka e 2016, Novak Djokovic.

Para se ter ideia do peso que torneio tem na carreira de Nadal, dos 17 Grand Slam conquistados – apenas superados pelos 20 de Roger Federer – 11 foram em Paris. Só que agora, com 32 anos, e muitas lesões em cima, será menos favorito?

Nem tanto. A bolsa de apostas continua a acredita que Nadal é o principal candidato à vitória, seguido de Djokovic e Thiem.

O certo, contudo, é que os resultados de Rafa este ano estão longe do que outrora foram. Pela primeira vez na sua carreira, chegou ao mês de Maio sem títulos. O seu domínio em Monte Carlo e Madrid foi quebrado precisamente por Dominic Thiem e Novak Djokovic. Só que em Roma, Nadal surgiu de forma imperial. Com direito a ‘pneu’ na final sobre Djokovic. Aliás, em quatro dos cinco jogos disputados, aplicou ‘pneu’ aos adeversários.

Novak Djokovic, Dominic Thiem, Alexander Zverev e Roger Federer são os desafiantes ao trono do rei Nadal. O número um do mundo, vencedor em 2016, surge em Paris com o título de Madrid no bolso e pretende conquistar o quarto Major consecutivo, fazendo o seu segundo carrear Grand Slam.

Dominic Thiem é também visto como um rival à altura do espanhol. A terra batida é o seu piso preferencial e na temporada passada jogou uma partida épica com Nadal nos quartos de final, onde acabou batido. Já este ano, em Monte Carlo, o austríaco levou a melhor sobre o espanhol nas meias finais. E, conforme disse o próprio Nadal, “Thiem é favorito ao título em qualquer torneio de terra batida”.

O regresso de Federer

Mais improvável é a vitória de Alexader Zverev. O alemão costuma falhar nos grandes torneios, embora a terra batida seja o seu piso mais forte. O ano passado atingiu os quartos de final, o seu melhor registo em Major. Só que este ano, Zverev, que venceu o torneio de Genebra, parece numa crise de resultados. Em Roma foi afastado por Matteo Berrettini na segunda ronda.

Três anos e 11 meses depois, Roger Federer regressa a Roland Garros. Recode-se que o torneio francês foi o primeiro Major que o suíço jogou há já 20 anos. Há 10 venceu o seu único torneio de Roland Garros. Mas não se pense que o suíço é mais limitado na terra batida, apesar de ter essa fama. Ao longo da carreira conquistou nada menos do 20 troféus neste tipo de piso. Neste regresso, contudo, parece correr por fora no que diz respeito a favoritismo. Porque, de facto, há jogadores mais fortes que ele na terra batida e porque, aos 37 anos, parece já ter dificuldades em levar a melhor sobre os seus maiores rivais.

Ao longo dos anos, Federer acumulou cinco derrotas para Rafael Nadal, além de eliminações para Alex Corretja, Hicham Arazi, Luis Horna, Gustavo Kuerten, Novak Djokovic, Jo-Wilfried Tsonga e Ernests Gulbis.

Contudo, há um factor novo. Desta vez a ausência de expectativas e de pontos a defender, deixam Federer sem pressão para o torneio. E isso pode pesar a seu favor. Poderá surpreender?

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André Dias PereiraAbril 23, 20191min0

Fábio Fognini conseguiu, este domingo, o maior feito da sua carreira. O italiano surpreendeu tudo e todos ao vencer o Master de Monte Carlo. Diante o sérvio Dusan Lajovic, Fognini venceu por 6-3 e 6-4. Precisou apenas de 1h34 para levar de vencido o estreante.

Ao todo, foram 19 bolas vencedoras contra 14 do sérvio. O italiano confirmou o seu favoritismo, depois de nas meias-finais ter deixado para trás nada menos que Rafael Nadal, 11 vezes vencedor em Monte Carlo.

Mas, já lá vamos. Lajovic sentiu bastante o jogo. Cometeu 36 erros não forçados, contra 23 do italiano, que venceu 56% do seu primeiro serviço.

Este foi o nono, mas mais relevante, título da carreira de Fábio Fognini. O italiano é agora 12º do ranking e o terceiro vencedor da temporada em torneios Masters 1000. Dominic Thiem venceu Indian Wells e Roger Federer, Miami.

Mas, talvez, o maior feito de Fognini foi ter deixado para trás Rafa Nadal. O espanhol era super-favorito para vencer o torneio pela 12ª vez, mas mostrou não estar na sua melhor forma. O italiano venceu por 6-4 e 6-2. Desde 2015 que Nadal não era afastado nas meias-finais de Monte Carlo. Na altura, o autor da proeza foi Novak Djokovic. Só que o sérvio também caiu precocemente para Daniil Medvedev, nos quartos de final.

O sérvio e o espanhol, números 1 e 2 mundial, são os grandes favoritos para Roland Garros. Estas derrotas podem não querer dizer nada, mas abrem pelo menos esperança a outros jogadores, como por exemplo Dominic Thiem ou Alexander Zverev. O alemão não está a atravessar um bom momento. O alemão também foi afastado por Fognini nos 16 avos de final.

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André Dias PereiraAbril 23, 20182min0

Em Monte Carlo, Rafael Nadal é rei. O espanhol venceu este domingo pela 11º o torneio francês, reforçando a condição de maior campeão da prova. E, diga-se também, rei da terra batida. Agora, foi a vez do japonês Kei Nishikori cair em dois sets: 6-3 e 6-2. Em 72 partidas disputadas em Monte Carlo, Nadal venceu nada menos do que 68. Djokovic em 2013 e Wawrinka em 2014 foram os únicos a interromper a série de triunfos do maiorquino que dura deste 2005.

Estando em boa forma física, é praticamente impossível destronar Nadal na terra batida. O espanhol precisou apenas de 1H30 para vencer o japonês e é o grande favorito a vencer Roland Garros. O torneio francês arranca a 27 de Maio e Nadal vai tentar também aí o incrível 11º título.

Mas nesta final há que falar também de Kei Nishikori. Afastado por mais de quatro meses por problemas no pulso, o japonês regressou ao mais alto nível logo para disputar uma final de Masters 1000. O nipónico, diga-se, planeou bem o seu regresso. Sem pressa, e com critério. Por isso, começou por ganhar ritmo em Challangers. Certo é que o japonês parece ter feito uma boa recuperação e é agora, outra vez, um nome a ter em consideração. Que o diga Alexander Zverev. O número 3 mundial caiu nas meias-finais pelos parciais de 6-3, 3-6 e 4-6.

Antes, nos quartos de final foi a vez de Marin Cilic ser eliminado pelo nipónico: 6-4, 6-7 e 6-3. Andreas Seppi, Daniil Medvedev e Tomas Berdych foram as outras vítimas do japonês no torneio.

Nadal reforça liderança mundial

Se Nishikori regressou bem, o mesmo não se pode dizer de Novak Djokovic. O sérvio foi, desta vez, afastado por Dominic Thiem nos oitavos de final por 7-6, 2-6 e 3-6. Já Grigor Dimitrov voltou a chegar às meias-finais, mantendo uma consistência que dura desde 2017 e que mostra o porquê de ser um dos melhores do mundo em qualquer piso. Registo também para David Goffin. O belga atingiu os quartos de final onde caiu precisamente para Dimitrov (6-4 e 7-6). Goffin, 10º do ranking mundial, é cada vez mais um nome consistente do circuito que procura dar sequência aos títulos de Toquio e Shenzhen, alcançados o ano passado

Com esta vitória em Monte Carlo, Nadal conquistou o seu primeiro título em 2018 e garante também a continuidade como número 1 mundial. Será 171º semana de Nadal como líder do ranking, superando John McEnroe nesse quisito. Na lista de maior número de semanas como número 1, Nadal é sexto, Djokovic é quinto (223) e Federer é recordista (308).

 

A vitória de Rafa Nadal sobre Kei Nishikori


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