Arquivo de ATP Marraquexe - Fair Play

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André Dias PereiraAbril 14, 20222min0

David Goffin nunca foi um tenista que tivesse atingido grandes picos na carreira, mas sempre foi competitivo. O belga foi uma das grandes esperanças do ténis mundial e embora não tenha confirmado todo o seu potencial não se pode dizer que desiludisse. E muito pode ser explicado pelo volume de lesões que foi acumulando ao longo da carreira. Chegou a ser número 5 mundial, alcançou uma final de Masters 1000 e também do ATP Finals. Mas, feitas as contas, aos 34 anos soma 6 títulos ATP desde 2014. O último dos quais, agora, em Marraquexe.

Numa final contra Alex Molcan, o belga levou a melhor por 3-6, 6-3 e 6-3. O número 47 do mundo voltou a erguer um troféu depois de vencer em Montpellier o ano passado.

O torneio marroquino contou com nomes como Laslo Djere e Federico Coria, que alcançaram as meias-finais, mas também o português João Sousa, Felix-Auger Aliassime ou Pablo Andujar.

Sousa foi até aos 16 avos de final, depois de eliminar Federico Delbonis (6-2, 5-7 e 6-3). O luso acabaria por cair perante o espanhol Roberto Baena (6-2 e 7-6).

O caminho da glória de Goffin passou por triunfos sobre Damir Dzumhur, Pablo Andujar, Roberto Baena, Federico Coria e, na final, Alex Molcan. “Se estiver bem, posso fazer grandes coisas”, reconheceu o novo campeão de Marraquexe.

Aos 34 anos o belga parece estar a recuperar a confiança. Mas não esquece os períodos difíceis que viveu e condicionarm a sua carreira. “Parece fácil, mas não posso parar de trabalhar, o nível é muito alto”. Por isso, Goffin quer pensar “jogo a jogo”.

O ATP 250 Marraquexe joga-se desde 2016 e nunca repetiu nenhum campeão: Federico Delbonis (2016), Borna Coric (2017), Pablo Andujar (2018) e Benoit Paire (2019). Devido à pandemia de Covid-19, o torneio não se realizou em 2020 e 2021.

E agora Monte Carlo

É difícil imaginar que o belga possa voltar a entrar num top-10. E talvez isso nem esteja no seu horizonte. Mas, como o próprio reconhece, ainda pode ser um adversário incómodo para qualquer rival.

O belga encontra-se esta semana a jogar em Monte Carlo e, por enquanto, já está nos oitavos de final. De volta ao top-50, precisa, pelo menos de alcançar os quartos de final para defender a sua posição. Para já deixou para trás Daniel Evans (7-6 e 6-2) e prepara-se para jogar com Alejandro Davidovich. Quem perder cairá, pelo menos, duas posições no ranking.

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André Dias PereiraAbril 15, 20191min0

Benoit Paire conquistou, este domingo, o segundo título na sua carreira. Aconteceu em Marraquexe. Contra Pablo Andujar, campeão em título, o francês ganhou por 6-2 e 6-3. Esta foi a sexta decisão de Paire na carreira. Contudo, foi apenas o seu segundo título. O primeiro aconteceu em 2015, em Bastad.

O francês não era favorito à partida, mas foi elevando o seu nível ao longo da semana. Nas meias-finais derrotou o compatriota Jo-Wilfred Tsonga (2-6, 6-4 e 6-3) e contra Andujar aumentou ainda mais o seu nível, dominando de princípio a fim. Diga-se, de resto, que as meias-finais tiveram três jogadores gauleses. Para além de Paire e Tsonga, também Gilles Simons atingiu as semi-finais, mas caiu perante Andujar (duplo 6-1).

Diga-se também que se esperava mais do espanhol na final. Durante a semana, deixou para trás jogadores como Jiri Vesely ou Phillip Kohlschreiber. Outros favoritos, como Kyle Edmund e Alexander Zverev também cairam nos quartos de final.

Com a vitória em Marraquexe, Benoit Paire volta a entrar no top-50. A partir desta segunda-feira é 43 mundial.


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