WEC de regresso com domínio da Toyota
O campeonato do mundo de resistência regressou, na passada sexta-feira, com a prova das 1000 milhas de Sebring. Uma prova histórica no campeonato, numa pista também ela emblemática e com muitas particularidades. Desde o asfalto degradado, aos ressaltos e buracos ao longo dos 6 Km da pista americana, os pilotos e equipas tiveram um enorme desafio na gestão dos pneus e na conservação da mecânica do carro.
Este ano, destaca-se o regresso de equipas históricas ao campeonato, com o objetivo de competir ao mais alto nível em Le Mans (ponto alto da temporada, com as 24 horas no circuito de La Sarthe). Entre essas equipas, estão a Ferrari, a Porsche e a Peugeot.
A prova começou com uma surpresa na qualificação. A pole foi conquistada pelo Ferrari nº 50 pilotado por Antonio Fuoco. Na segunda e terceira posição ficaram, respetivamente, o carro nº 8 e nº 7 da Toyota Gazoo Racing. Foi uma surpresa para os fãs de endurance que esperavam, mais uma vez, um domínio da Toyota em qualificação. Na categoria LMP2, o mais rápido foi o nº 23 da United Autosport, seguido do nº 28 da Jota. A fechar o pódio ficou o carro nº 31 da Team WRT. Já o carro nº 22 de Felipe Albuquerque qualificou-se em sétimo na categoria. Nos LMGTEAM, o nº 85 da Iron Dames conquistou a pole, seguido do nº 33 da Corvette Racing e do nº 25 da Ort Bytf.
Here are the full grids for tomorrow’s season opener!
HYPERCAR | Maiden pole for @Anto_Fuoco & @FerrariHypercar #WEC #1000MSebring pic.twitter.com/RJIriSsF0H
— FIA World Endurance Championship (@FIAWEC) March 17, 2023
No começo da corrida, o Ferrari nº 50 manteve a liderança, contudo, sofreu uma forte pressão dos Toyota que mantiveram uma distância curta, até ao momento do primeiro safety car, provocado pelo despiste do 83 da Richard Mille AF Corse (carro da categoria LMGTEAM). Neste momento, a Ferrari adotou uma estratégia de corrida diferente e parou o líder, mais cedo que todas as outras equipas da mesma categoria. Foi aqui, que hipotecou todas as esperanças de lutar pela vitória com a Toyota, deixando o caminho livre para os atuais detentores do campeonato gerirem, a seu belo prazer, a corrida até final, tendo sido o carro nº 7 o primeiro a cruzar a linha de meta, seguido do nº 8.
Apesar do erro estratégico da Ferrari (que não só a tirou da luta pela vitória, como também provocou uma luta desnecessária com a Porsche e a Cadillac) a equipa teve uma corrida muito positiva com o carro nº 50. Um bom ritmo de corrida, fiável e consistente, um bom presságio para o resto da época, o que deve animar os adeptos do WEC.
O mesmo não se poderá dizer do carro nº 51, também da Ferrari. Teve uma prova para esquecer. Na qualificação, acabou em quarto. Na corrida teve vários problemas, nomeadamente, com um toque num GT, que provocou um furo e um peão. Posto isto, o carro ficou parado durante algum tempo no pit para reparações, no entanto, foi obrigado a recolher às boxes, com o relógio a marcar 1 hora e 48 minutos para o final da prova. Também foi penalizado com um pit-stop and go, acabando afundado na classificação.
TOYOTA #7 WIN IN SEBRING! @TGR_WEC
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A Porsche, como anteriormente referido, também está de volta ao campeonato, após o interregno de alguns anos. Teve um regresso aceitável, terminado a prova em quinto e sexto, com o carro nº 5 e nº6, respetivamente. Sem problemas de fiabilidade geriu a corrida que foi, certamente, valiosa para recolher dados para o que aí vem no campeonato. A Cadillac também esteve fiável e consistente, terminado com o seu carro na quarta posição.
A grande derrotada da tarde foi a Peugeot. Desde a apresentação do carro que surgiram algumas dúvidas em relação ao conceito aerodinâmico (protótipo diferente dos restantes Hypercar, nomeadamente, na asa traseira). Tiveram problemas com um dos carros, mesmo antes da corrida começar. O outro carro da equipa, o nº 94, também passou por dificuldades. Esteve parado muito tempo na boxe para análise completa da parte elétrica do motor. Uma vez investigado o problema, e com as condições de segurança reunidas, o carro voltou à pista com a corrida já hipotecada, para recolher informações para o futuro. Corrida completamente desastrosa para a marca francesa. Juntamente com a Pegout, a Glickenhaus Racing e a Floyd Vanwall Racing Team, tiveram enormes dificuldades, tendo sido forçadas a abandonar a corrida.
Na classe LMP2, em corrida, houve diversas mudanças. O primeiro classificado foi o nº 48 da Hertz Team Jota, seguido do nº 22 da United e de Filipe Albuquerque com uma fantástica recuperação. A fechar os lugares de pódio, ficou o nº 63 da Prema Racing, que estava na liderança na penúltima volta, no momento em que, foi obrigado a parar na boxe para abastecer.
?1000 Miles of Sebring Winners?What a way to start off as Hertz Team Jota. I love this place so to get my second win here at this race is a really nice way to finish off in LMP2 before our LMDH adventures start soon! Thanks team! #HertzTeamJota #WEC pic.twitter.com/Cik9CuOd5B
— Will Stevens (@WillStevens_) March 18, 2023
Na categoria LMGTEAM, o grande vencedor foi o nº 33 da Corvette Racing (que se tinha qualificado na segunda posição). Na segunda posição ficou o nº 77 da Dempsey-Proton Racing, seguido do nº 57 da Kessel Racing na terceira posição.
The Corvette Racing #33 wins on home soil in the LMGTE AM class! @CorvetteRacing #WEC #1000MSebring pic.twitter.com/rcCtUoIEuB
— FIA World Endurance Championship (@FIAWEC) March 18, 2023
A primeira ronda do WEC ficou, inevitavelmente, marcada pelas novidades na categoria máxima da competição (Hypercar). A Toyota está um passo à frente de todas às outras equipas, o que é normal, devido à elevada experiência de competição, fruto dos 11 anos consecutivos a correr no WEC.
A próxima ronda do Campeonato do Mundo de Resistência é em Portimão, no Autódromo Internacional do Algarve, no fim de semana de 14 a 16 de abril.
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— FIA World Endurance Championship (@FIAWEC) March 18, 2023