Um tutorial de como destruir e mandar um franchise abaixo pt.2

João FerreiraSetembro 27, 20223min0

Um tutorial de como destruir e mandar um franchise abaixo pt.2

João FerreiraSetembro 27, 20223min0
João Ferreira fala de como algumas administrações de franchise da NBA conseguem proceder a um processo de autodestruição, como os Spurs

Já num artigo prévio, tínhamos falado de como é que uma má gestão de ativos pode e faz com que as equipas (e subsequentemente, o franchise) que outrora já foram grandes, deixem de o ser em apenas um ápice. Muito se discute na NBA se realmente faz sentido ter estas mudanças de objetivos de forma tão repentina e, muitas vezes, tão grutesca.

Muito se discute, na NBA, se as direcções de cada franchise olham apenas para objetivos financeiro-económico, esquecendo aquilo para o que foram criados: competirem ao mais alto nível para conseguirem conquistar o máximo de títulos possíveis e, no final do dia, dar uma alegria imensa aos seus tão leais fãs.

Por outro lado, é um pouco estranho quando alguns conjuntos decidem fazer este rebuild quando nada o faz prever- ou porque a equipa está num bom momento de forma, como já abordámos no artigo anterior, ou porque o potencial da equipa encontra-se acima da média mas ainda falta algum tempo para os jogadores chegarem ao chamado ponto de rebuçado, o que os fará chegar onde todos querem- títulos.

Hoje falamos de dois conjuntos muito diferentes na sua génese: os San Antonio Spurs e os Detroit Pistons. Apesar dos dois conjuntos serem ex-campeões da NBA e de já contarem, até, com alguns títulos no seu palmarés, a forma nas últimas duas décadas têm sido bastante diferentes. Os Spurs apresentaram-se, durante muitos anos, como uma das principais equipas na NBA, sob a batuta de Greg Popovich. Pois bem, este ano e como o próprio treinador já afirmou, não podemos contar com a equipa para ser campeã mas sim para formar jogadores para que estes tenham grandes épocas na NBA, o que se revela um pouco preocupante, visto que a equipa dos Spurs é mesmo muito nova.

Spurs

No final do dia, e comecemos por aí, os Spurs perderam toda a mística nos últimos anos. No entanto, é nos últimos anos que reside o verdadeiro problema dos San Antonio.

Nestes últimos anos, os Spurs viram a sua geração de ouro: Tony Parker, Duncan, Ginobili- a se reformar, com verdadeiras hornas de estado (mais do que merecidas), Kawhi a fugir de San Antonio e, agora mais recentemente, o seu melhor jogador, Dejounte Murray, a ser despachado por uma catrefada de jogadores que pouco o nada contariam para serem opções válidas na rotação de equipa.

Os Spurs estão irreconhecíveis desde a gestão até aos jogadores e promete não ficar por aqui. Depois de ter acabado com a série de presenças em playoffs, os Spurs arriscam-se a ficar lá bem para baixo na tabela da Conferência Oeste.

Pistons

Detroit Pistons, por onde começar? Que franchise é, hoje em dia, este?

Há anos que não têm um conjunto digno que se possa chamar de equipa. Há anos que não lutam por nada, denegrindo, cada vez mais, aquilo que foi durante anos a casa dos Bad Boys de Detroit, deteriorando qualquer tipo de possibilidade de tornar os Pistons um mercado atrativo para jogadores vindouros.

Cade Cunningham e Saddiq Bey são dois jogadores que vieram abanar um pouco com esta realidade, mas, a verdade é que parece que o GM de Detroit não está muito interessado em ter uma equipa competente, com capacidade competitiva e continua a fazer negócios, no mínimo, ruinosos e que fazem com que os Detroit continuem numa posição muito frágil em relação aos outros conjuntos.


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