Brisbane: ano novo arranca com Nadal
Rafael Nadal é, ao que tudo indica, o grande nome do torneio de Brisbane. O certame australiano, que se joga entre 31 de dezembro e 7 de janeiro, marca o início da nova temporada. E marca também o regresso mais esperado. Afastado por uma lesão no quadril desde o último Australian Open, Nadal falhou toda a temporada.
Olhando para a idade do espanhol e tudo o que conquistou e representa, é hoje pouco relevante o impacto no ranking. Ou que esta paragem representa para a sua carreira. A grande questão é se El Toro Miúra terá condições de se despedir dignamente do circuito profissional. E para isso importa saber em que condições físicas retornará.
Em vídeo publicado nas redes sociais, Nadal reconheceu que passou por um período “difícil” e de “muitas dúvidas”. Ou até se voltaria a jogar. Recorde-se que o multicampeão foi operado, mas na últimas semanas, garante, treinou bem e sente-se pronto para competir.
O torneio de Brisbane, de categoria 250, parece ser um bom ponto de partida. E apesar de ser o nome maior confirmado até ao momento isso não o torna favorito. Nem Nadal o sente. Aliás, o espanhol reconhece que apesar de se sentir bem só pretende ser cmpetitivo e não tem a certeza sobre que nível conseguirá ainda atingir.
O torneio de Brisbane conta com 32 jogadores. Para além do convidado Nadal, o certame contará com Holger Rune. O dinamarquês, oitavo do ranking, é o primeiro cabeça de série e único jogador a figurar no top-10.
Murray regressa onde foi feliz
Este é, de resto, um torneio que serva de preparação para o Australian Open, o primeiro Major de 2024, entre 14 e 28 de janeiro. Outros nomes do primeiro torneio do ano são Grigor Dimitrov (14), Ben Shelton (17) Sebastian Korda (24) ou Sebastian Baez (28). Há ainda Ugo Humbert (20), Tomas Etcheverry (30) e Aslan Karatsev (35), Andy Murray (42), Reilly Opelka (33), entre outros.
Nos últimos 3 anos, por conta da pandemia, o torneio mudou-se para Adelaide, regressando agora Brisbane. Andy Murray, que jogará a edição deste ano é o único bicampeão (2012 e 2013). No mais, do big-3 apenas Federer ganhou o torneio. Aconteceu em 2015. Já Dimitrov, que figura no quadro deste ano, ganhou em 2017.
Ainda é cedo para falar da temporada 2024, mas o regresso de Nadal é, por agora, um bom indicador. Mais do que entender o seu nível competitivo no momento, na cabeça de toda a gente passa a ideia de que este poderá ser, efetivamente, o seu último ano. Nesse contexto, Roland Garros tornar-se-à o Grand Slam mais esperado. E definirá a forma como o rei da terra batida poderá sair de cena.