Aliassime: o ano da consolidação

André Dias PereiraOutubro 22, 20222min0

Aliassime: o ano da consolidação

André Dias PereiraOutubro 22, 20222min0

Felix Auger-Aliassime. Desde que se tornou profissional, em 2017, o canadiano é apontado como um dos mais promissores do circuito. E não por acaso. Com uma direita muito forte, o tenista tem espalhado talento pelos courts. Um bom exemplo é o confronto com o Big-3. Apenas Nadal não perdeu ainda com Aliassime. O espanhol soma duas vitórias. Já os dois jogos entre o canadiano e Djokovic resultaram em um triunfo para cada. Por fim, no único duelo com Federer, a vitória pendeu para o atual número 10 do mundo.

Mas se o talento lhe permite ganhar jogos, a sua irregularidade tem pesado na hora de conquistar títulos. E é por isso que 2022 tem sido tão importante para o tenista de 22 anos. Aliassime venceu este ano os dois primeiros títulos da carreira. Primeiro em Roterdão e agora em Florença. A estes títulos há também a somar a recente vitória na Laver Cup, pela equipa Resto do Mundo. O canadiano foi também finalista vencido em Marselha.

Pode-se, por isso, dizer que este ano tem sido o da consolidação de Aliassime. Ele continua a ter um jogo agressivo, mas a cometer menos erros e tem jogado de forma mais tranquila. Desde 2019 o canadiano perdeu nada menos do que nove finais. Dores de crescimento.

E como tem crescido. Aliassime ocupa hoje o seu melhor ranking desde que se tornou profissional. É o décimo da hierarquia mundial. Ele é um jogador para todo o tipo de court, embora o seu preferido seja a terra batida. O canadiano começou a destacar-se logo em juvenil, onde, ao lado de Shapovalov, em duplas, conquistou o US Open e também a Taça Davis da categoria.

Glória em Florença

No domingo, dia 16, venceu o segundo título individual da carreira. Aconteceu em Florença, numa final com Jeffrey Wolf (duplo 6-4). O torneio contou com nomes como Mckenzie McDonald, Matteo Berrettini e Alexander Bublik, entre outros. Aliassime deixou para trás rivais como Oscar Otte (6-4, 7-6, 6-2), Brandon Nakashima (6-3, 6-4) e Lorenzo Musetti (6-2, 6-3).

O canadiano acabou por confirmar o favoritismo no torneio mas acima de tudo mostrou que tem vindo a evoluir no circuito. É certamente um nome a acompanhar de perto em 2023 e entender até que patamar pode chegar. E o que poderá ganhar. Certo é que tem vindo também a incomodar nos Grand Slam. Em 2021 chegou aos quartos de final de Wimbledon, e este ano repetiu a proeza no Australian Open. O seu melhor registo é as meias finais do US Open (2021).


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