Alcaraz, o novo rei de Espanha

André Dias PereiraMaio 12, 20232min0

Alcaraz, o novo rei de Espanha

André Dias PereiraMaio 12, 20232min0

Durante os últimos 15 anos, Rafael Nadal foi soberano em Espanha. O maiorquino tornou-se, e continua a ser, a maior referência do ténis espanhol, uma das escolas mais tradicionais do mundo. Entretanto, Carlos Alcaraz surgiu em cena, e tem dado sequência ao grande legado de Nadal. E com ele Espanha parece ter ganho um novo rei.

Aos 20 anos de idade, Carlos Alcaraz conquistou, pelo segundo ano consecutivo, o Masters de Madrid. Este é já o seu quarto título em 2023 e o segundo em Espanha. Recentemente, acumulou o título de Barcelona aos de Indian Wells e Buenos Aires, tendo ainda sido finalista vencido no Rio Janeiro.

Alcaraz até esteve em dúvida para o torneio de Madrid, mas acabou por jogar e em grande estilo. Não que tenha sido fácil. Antes pelo contrário. Mas o triunfo de 6-4, 3-6 e 6-3 sobre Jan Lennard Struff mostrou a sua capacidade de ultrapassar adversidades. E o alemão, a grande sensação do torneio, colocou muitas ao espanhol. Como obrigar o espanhol a jogar muito no fundo do court. Struff mostrou-se letal no seu jogo de saque e a aproveitar os erros de Alcaraz, sobretudo nos segundo e terceiros sets. Mas nos momentos certos, o jogador da casa não cedeu e arrecadou mais um título.

Alcaraz venceu mas não deixou de passar por alguns sustos. Como no primeiro jogo, com Emiil Ruusuvuori em que precisou de virar o jogo (2-6, 6-4 e 6-2). Seguiram-se vitórias sobre Dimitrov (6-2 e 7-5) e Zverev (6-1 e 6-2), Khachanov (6-4 e 7-5) e Coric (6-4 e 6-3).

Struff para a história

Número 2 do mundo, Alcaraz segue agora para o seu primeiro Master de Roma. Com Roland Garros no horizonte, o espanhol mira ainda o retorno à liderança mundial. Apenas 5 pontos distam os dois primeiros lugares de um ranking ainda liderado por Djokovic.

Sim, Alcaraz foi o grande nome do torneio. O jogador da casa renovou o título alcançado o ano passado, onde deixou para trás Djokovic e Nadal. Mas é importante reforçar o percurso do finalista vencido deste ano. Jen-Lennard Struff entrou na competição como lucky looser e pela primeira vez na história de um Masters um jogador nessa condição atingiu a final. O alemão perdeu para Alen Karatsvev, na fase de qualificação, acabou repescado e daí para a frente foi história.

Até à final, Struss deixou para trás Lorenzo Sonego (6-3, 6-1), Ben Shelton (4-6, 7-6 e 7-5), Dusan Lajovic (6-7, 6-3, 6-3), Pedro Cachin (7-6, 6-7 e 6-3), Stefanos Tsitsipas (7-6, 5-7 e 6-3) e Aslan Karatsev (4-6, 6-3 e 6-4). Com esta performance, o alemão deu um salto de 37 posições e é agor 28 do ranking mundial e líder do ranking alemão. No sentido inverso, Alexander Zverev, cai para fora do top-20, situação que não acontecia desde 2017.


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