O futuro do Longboard português está assegurado
Estava sossegado junto do meu smartphone, a ver o instagram e deparo com meia dúzia de putos havaianos sempre a curtirem a vida em Waikiki, nos seus longboards coloridos.
E lembrei-me de falar de uns quantos portugueses, que também se divertem à brava, nas suas pranchas de longboard. Nomes como: António Dantas, Frederico “Kiko” Mittermayer, Frederico “Fred” Bento, Filipe “Lipe” Ferreira, Nicolau Filipe, entre tantos outros (que não vai dar para falar de todos, infelizmente, mas se souberem entrem em contacto connosco e falaremos numa oportunidade futura).
É muito aprazível ver a modalidade Longboard a acompanhar o crescimento, como em todas as modalidades de ondas, (surf, bodyboard, etc) e faz todo o sentido que assim o seja, para se ter qualidade em praticamente todas as modalidades, de louvar o trabalha da FPS e dos poucos clubes que ainda realizam provas regionais de Longboard (Clube de Surf de Faro, Surfing Clube de Portugal). E também o trabalho excelente dos clubes e organizações que trazem o WSL Longboard a Portugal, este ano (2018) com duas importantes etapas. (Espinho Surf Destination, e Caparica Primavera Surf Festival)
Em relação a estes jovens, que foram descritos em cima, os portugueses, e tendo eu a sorte de estar a acompanhar essa evolução, acredito que o longboard vai evoluir muito mais, porque estes putos de idades entre 10 e 15 anos, já estão a fazer altas ondas. Controlam com mestria as manobras clássicas, hangtens, e umas curvas bem definidas.
Depois Já confirmados como talentos do freesurf, o Zé Mestre, o Eurico Romagueira, e outros gliders que estão a fazer delicias de estilo em cima das pranchas mais clássicas.
Depois nomes como João Dantas, João Gama e Sebastião Maia, em modo de competição, o longboard português caminha pelo trilho certo, de vez.
Já temos campeões europeus (João Dantas), e em breve (acredito eu) teremos o regresso de atletas aos melhroes eventos mundiais, após o Necas e o LUFI entre outros, terem há alguns anos atrás (década de 1990/2000) WLT (World Longboard Tour), aos quais tive a oportunidade de passar muitos bons momentos, pela Europa fora, e no Mundial de 1999 na Austrália.
Agora será tempo de repensar como pode o Longboard crescer ainda mais em termos competitivos, em Portugal. Crescer mais, porque a Federação Portuguesa de Surf tem ajudado em muito, para que a modalidade não se apague dos planos competitivos, e tem a custo conseguido manter as provas do CNL (Circuito Nacional de Longbard) ativas.
Mas falemos então sobre esses Grooms (os caçulas) do Longboard nacional.
António Dantas, e Kiko Mittermayer, são dois jovens que surfam na Praia de São Pedro, onde existe um grande legado relacionado com o Longboard, onde o Pedro Lima, dado como o primeiro surfista português começou a surfar nessa praia, outros nomes como Miguel Ruivo, João Ferreira e actualmente João Dantas, João Gama, tem sido a linhagem de Longboard da linha de Cascais e Estoril.
Lipe e Fred – Ambos da margem sul do Tejo. Costumam surfar horas a fio nos seus longboards, e costumam realizar ondas todas nos seus noses (a parte mais à frente da prancha). O que prometem ser o sangue novo que a Costa de Caparica precisa para assegurar o legado do Lufi ( Bento), Zézinho (José de La Fuente), Bruno Charneca (Bubas) entre outros grandes atletas que passaram pela Caparica.
Nicolau Filipe este que costuma surfar na sua ilha açoriana, irmão do Jacôme Correia, tem demonstrado alta atitude em ondas poderosas. Costuma viajar até o continente para competir no Circuito Nacional de Longboard – Federação Portuguesa de Surf, e tem tido uma evolução que não passa despercebida a ninguém.
No fundo está a nascer uma nova corrente de longboarders portugueses, mas não só miúdos, também já temos meninas, que se juntam à Katlheen Barrigão, que tem nos últimos anos competido muito no CNL-FPS onde tem ficado em lugares cimeiros. Nomes como Mónica Sedas (São Pedro Estoril) Inês Martins (Faro), Raquel Bento (Costa de Caparica), estas estão a começar mais uma geração de longboarders lusas que prometem dar trabalho às mundiais em poucos anos.
Infelizmente, a parte mais difícil que estes jovens terão pela frente, será a parte dos apoios e patrocínios a estes jovens atletas. A indústria nacional está a canalizar muitos fundos para surfistas, e deixando as restantes modalidades um pouco à deriva, acredito que isso será passageiro e que a indústria ira mudar de paradigma para as restantes modalidades.
Nota: se conhecerem mais longboarders, por favor avisem-nos para que lhes possamos dar a atenção necessária.
Aloha
One comment
Manuel Mestre
Fevereiro 23, 2018 at 9:35 pm
Obrigado por falares de mim e do meu filho existe mais uma menina em Portimão a Maria Rosaria (Ganhou o sliding society). grande abraço