Women’s RE Championship 2025: exibição de gala em Trelleborg

Francisco IsaacAbril 13, 20254min0

Women’s RE Championship 2025: exibição de gala em Trelleborg

Francisco IsaacAbril 13, 20254min0
Novo 3º lugar para as Lobas neste Women's Rugby Europe Championship 2025, com uma bela prestação frente à Suécia

As Lobas terminaram o Women’s Rugby Europe Championship em 3º lugar, com uma prestação extremamente positiva que lhes garantiu uma vitória por 38-03 frente à Suécia, numa clara demonstração de crescimento e afirmação da qualidade colectiva e individual da formação liderada por João Moura. Seguem os 3 destaques desta ronda de encerramento do Women’s RE Championship 2025!

MVP: MARIANA SANTOS (PONTA)

Depois de dois jogos em que teve pouco espaço para brilhar, Mariana Santos foi ‘gigante’ frente à Suécia não só pelo ensaio marcado, mas também pelo que fez a equipa a jogar mesmo a actuar da ponta. A atleta do Sport Porto somou 95 metros de conquista de bola (1º), fechando como uma média de 9 metros por portagem de bola (foi a atleta lusa com mais portagens de bola), somando ainda três quebras-de-linha (1º), 6 defesas batidos (1º) e 3 offloads (1º). Sempre que a oval entrou na sua direcção havia ‘magia’ e conquista de metros ou o surgimento de uma jogada perigosa do ataque português, imprimindo aquela velocidade letal que tem feito mossa desde a sua estreia pela selecção de 7s há vários anos atrás.

Outro ponto importante de destacar da prestação de Mariana Santos foi a lucidez demonstrada sempre que foi chamada a intervir com bola, tendo tido calma – sem ser em excesso – para perceber como infligir o máximo de dano possível e garantir pontos para a selecção nacional. Termina em alta e a demonstrar o porquê de ser das jogadoras mais letais à ponta neste Women’s RE Championship 2025. Destaque ainda para Daniela Correia (como de seu apanágio, foi enorme lá detrás), Neuza Reis, Clarisse Augusto, Ana Fernandes (30 placagens efectivas e um ensaio marcado) e Francisca Mendes.

PONTO ALTO: UMA DEFESA QUE NÃO CLAUDICOU

38-03 e o facto de falarmos da defesa tem relevância, uma vez que Portugal não só foi exímio na hora de colocar o adversário no chão, como foi de excelência a capacidade para rapidamente ‘roubar’ a oval no breakdown e iniciar um processo de contra-ataque incisivo e letal. A Suécia tentou atacar e chegou a igualar os 240 metros de conquista de Portugal, mas efectivamente perdeu o controlo da oval em 19 ocasiões, com as Lobas a estarem directamente ligadas a essa perda em 16 ocasiões, o que não só comprova a capacidade de luta como no querer voltar para o ataque no instante seguinte, um ponto extremamente positivo e que demonstra o crescimento desta selecção nacional.

Contra a Espanha e Países Baixos já tinha sido observado esta capacidade, faltando só que o ataque fosse mais acutilante e lúcido sem deixar de ser rápido e veloz, conseguindo colocar em jogo essas quatro componentes frente à Suécia, o que ajuda a explicar os seis ensaios marcados (e zero sofridos) com 187 placagens realizadas, mais 80 que o adversário. A evolução destas Lobas está à vista de todos e agora é importante continuar a lhes fornecer os meios para atingirem outro topo.

PONTO A MELHORAR: DISCIPLINA VOLTOU A ESCORREGAR

Infelizmente, a disciplina voltou a ser um problema para Portugal. Frente à Suécia e apesar dos ensaios marcados e nenhum sofrido, as Lobas fecharam o encontro com 17 penalidades cometidas, um número demasiado alto e que já contra os Países Baixos ajudou a que a derrota fosse mais ‘gorda’ do que merecia ter sido. Contudo, desta vez a equipa foi capaz de garantir pontos quando mais importava e a indisciplina não afectou o resultado final, sendo um pormenor a rever no futuro.

Foto de Destaque de Luís Cabelo Fotografia – foto do jogo Portugal vs Brasil, uma vez que a Federação de Rugby da Suécia não contratou fotógrafo para obter fotos do encontro.


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