Rugby Europe Super Cup 2023: o que esperar?

A Rugby Europe Super Cup 2023 está prestes a começar e os Lusitanos, a franquia portuguesa, tem pela frente um calendário complicado, até porque a competição sofreu mudanças de formato profundas e que aplicam uma pressão extra nas quatro melhores franquias dos últimos dois anos.

Num artigo anterior, que podem consultar clicando neste link, já explicámos as alterações e o porquê da mudança de circunstâncias. Os Lusitanos vão ter três jogos altamente intensos, dois deles em casa – Tel Aviv Heat e Black Lion -, e para se apurarem para as meias-finais basta terminarem em 3º lugar. Caso se fiquem pelo 4º, então ficarão no grupo do “fim”, o que poderá ter implicações para 2024, caso a prova não mude de formato nessa altura.

Ou seja, depois de um Mundial de Rugby 2023 altamente exigente, e que puxou pelos internacionais portugueses ao máximo, este retorno à actividade vai ser não só duro, mas muito interessante, percebendo as mudanças, novidades e desenvolvimento.

Com a manutenção de Luís Pissarra e João Mirra na equipa técnica nacional o pensamento por detrás da filosofia dos Lusitanos não deverá mudar de rumo, sendo que o “core” de jogadores chamados para os treinos anda em redor do que foi nas últimas duas temporadas.

Depois de um Mundial de Rugby 2023 de sucesso, Portugal procura agora construir um grupo ainda mais alargado de atletas que possam ser chamados aos “Lobos”, sem esquecer que vários jogadores terão agora a sua grande oportunidade para agarrarem o seu lugar.

Atletas como Martim Bello Roquette, Pedro Lucas, António Santos, José Rebello de Andrade, António Cerejo, Diogo Rodrigues, Manuel Pinto ou António Prim são quem está na calha para serem os próximos grandes nomes nos “Lobos” e esta Super Cup 2023 vai permitir um último “grito” nesta temporada.

QUEM SÃO OS ADVERSÁRIOS

Porém, importante dizer que a competitividade desta fase-de-grupos será extremamente alta, não só por causa dos bicampeões Black Lion (estão confirmados vários “Lelos” nesta equipa), mas pelos Tel Aviv Heat ou Castilla y León Iberians, com ambas as franquias a terem sofrido mudanças/acrescentos e novidades.

No caso dos israelitas, o facto de terem criado um laço profissional com uma equipa da MLR (principal competição de rugby de franquias nos EUA) possibilita-lhes receberem ainda mais atletas de outro requinte, para além daqueles que já tinham como Jordan Chait e uns quantos mais. Já os Iberians passam a ser directamente geridos pela Federação de Rugby de Espanha, o que implicou mudanças estruturais profundas e fortes, passando a ser uma franquia como os Lusitano, ou seja, a trabalhar para lançar/preparar jogadores locais para o nível de Test Match.

Todos os três adversários dos Lusitanos subiram assim de nível, num claro sinal em que esta prova é vista cada vez mais como um bem necessário para crescer e desenvolver jogadores, para além de oferecer outra saída profissional na modalidade.

CALENDÁRIO

O calendário em 2023 vai ser extremamente agressivo, já que os Lusitanos vão ter três fins-de-semana seguidos de jogos, não podendo descansar e recuperar forças, o que vai impor uma pressão extra na forma como a equipa técnica vai mexer no 23.

Sabendo de antemão que a larga maioria dos internacionais portugueses presentes no Mundial estão na convocatória alargada de um grupo de 50 jogadores, e que nomes como Jerónimo Portela, Manuel Picão, David Wallis, José Lima, e afins, estão envolvidos no processo, tendo em mãos um grupo do mesmo nível – senão melhor – do que nas edições passadas.

O primeiro jogo está marcado para Sábado às 15h00 em Lisboa, seguindo-se nova recepção, desta feita, aos Black Lion no dia 11 de Novembro pelas 16h00, fechando a fase-de-grupos em Espanha frente aos Iberians no dia 19 de Novembro às 11h30 (hora de Lisboa).