Os números do Rugby: factos e figuras
1 valor, mais que qualquer outro, ecoa nos balneários e campos de Rugby pelo Mundo fora: o Respeito. Pelo jogo, pelo adversário, pelo árbitro. O silêncio ensurdecedor no Aviva Stadium aquando de um pontapé aos postes, a contestação quase inexistente às decisões do árbitro em jogos do mais alto nível, são exemplos que por vezes se diluem até chegarmos ao meio amador.
2 Capitães. Muito mais que meros jogadores com poder de decisão, têm em si a responsabilidade de, em conjunto com o árbitro, promoverem um jogo limpo e leal. Os grandes capitães ficarão na história não só pelas conquistas colectivas mas pela forma como conduziram as suas equipas até elas.
3 vezes chegaram ao topo do Mundo, mais do que quaisquer outros. Desde 1987 que nenhuma equipa dominou tanto e durante tempo o Rugby Internacional como a toda-poderosa Nova Zelândia. E parecem não querer ficar por aqui… Preparam-se para defender o título em 2019 no Japão, num torneio que promete ser o mais competitivo da história.
4 Campeões do Mundo até à data. Austrália (2x), África do Sul (2x), Inglaterra e Nova Zelândia (3x) compõem o conjunto de seleções que levantou a taça mais importante do mundo oval, a Web Ellis Cup. Quem será a próxima?
5 P’s. Pescoço, peito, pélvis, pernas e pés. A posição de força é uma técnica dominante básica que deve ser introduzida o mais cedo possível no processo de treino dos mais jovens. O domínio deste gesto técnico permitirá melhores execuções de movimentos chave do jogo: formação ordenada, breakdown e a placagem. A base da pirãmide dos gestos técnicos.
6 Nações. O torneio internacional mais antigo do Mundo desperta paixões inigualáveis. Depois de uma campanha dos British & Irish Lions em que Escoceses, Galeses, Irlandeses e Ingleses jogaram lado a lado, enfrentam-se em Fevereiro para a conquista do Troféu mais importante do velho continente juntamente com França e Itália. A crescente forma da Escócia, a confiança quase sem precedente da Selecção da Rosa e a imprevisibilidade gaulesa prometem apimentar um torneio já de si carregado de emoção.
7– Richie Mccaw, George Smith, Sean O’brien, Thierry Dusautoir, Richard Hill e François Piennar. Sete jogadores de sete países países diferentes que vestiram a camisola 7. Ficarão na história não só pelas conquistas das suas equipas como também pelas performances individuais que inspiram gerações de jovens jogadores.
8 avançados formam um pack. Numa das mais antigas frases do Rugby “os avançados ganham o jogo, os 3/4 decidem por quanto”, está das mais absolutas verdades do jogo. Tirando o jogo ao pé, cada vez menos reservado apenas para os 3/4, os avançados são o motor do jogo. Cada reinício de jogo passa pela eficácia da conquista de bola destes e o num jogo cada vez mais físico a qualidade e coordenação do pack são determinantes para o sucesso.
9º Campeonato do Mundo em 2019. O Japão prepara-se para receber o 3º maior evento desportivo do Mundo e as expectativas não poderiam estar mais elevadas. A janela internacional de Novembro mostrou que os jogos não estão decididos no início e que há lugar para surpresas. E porque não o Japão repetir a surpresa no seu grupo que conta para já com a Irlanda e Escócia?
10 metros. Por não saber estar calado, por não se manter em pé no breakdown, por placar sem braços ou por derrubar um maul. É a distância que os penalizados têm de percorrer e aí manterem-se até ao reinício do jogo. Sem sprays ou contagem de passos, um jogador de rugby sabe que só tem de recuar e voltar a tentar, uma e outra vez até ao apito final.
11– Jonah Lomu. Muito se escreveu e ainda se escreverá sobre o impacto que a estrela Lomu teve no jogo de Rugby. A história do melhor número 11 da história percorreu o mundo numa época em que o mediatismo era consideravelmente menor que nos dias de hoje.
12– Super 12. Em 1996 iniciou formalmente a competição de clubes (franquias) que viria a tornar-se uma das mais atractivas e competitivas do Mundo. Inicialmente com equipas do Torneio das 3 Nações (Austrália, África do Sul e Nova Zelândia) e mais recentemente com os Jaguares da Argentina e os Sunwolves do Japão, é o epíteto do rugby de ataque e da qualidade de execução suprema. Tem no entanto sofrido com a debandada de jogadores para campeonatos financeiramente mais atrativos bem como algumas polémicas de constrangimento a equipas com resultados menos positivos, em particular a Western Force que se viu forçada a abandonar a competição já este ano.
13– Provavelmente a posição mais desafiante das linha atrasadas. O conhecimento de movimento geral do jogo necessário para se defender e atacar nesta posição pode causar dificuldades a equipas menos fortes nesta área. Relembremos a performance de Henry Paul pela Inglaterra contra a Austrália em 2004, substituído aos 24 minutos de jogo.
14 – Top 14. A competição interna em França é actualmente um campeonato recheado de estrelas. Prevê-se uma competitividade até ao final da época para saber quem se sagrará campeão bem como uma prestação interessante das equipas nas competições europeias.
15 – O número que distingue o Rugby de todos os outros desportos. 30 jogadores simultaneamente em campo, mais do que em qualquer outro jogo colectivo, numa coordenação exímia que ao olho leigo não passará de uma grande confusão, mas que para os apaixonados da oval se assemelha a uma verdadeira dança. Como disse Peter de Villiers numa conferência de imprensa: “Rugby is a contact sport and so is dancing”.