O melhor 23 do Mundial de Rugby 2023

Francisco IsaacOutubro 29, 20237min0

O melhor 23 do Mundial de Rugby 2023

Francisco IsaacOutubro 29, 20237min0
Francisco Isaac escolhe aquele que foi o melhor 23 do Mundial de Rugby 2023 com destaques para todos os gostos

Com o fim do Campeonato do Mundo, é altura de olharmos para quem foram os melhores jogadores da competição, que teve uma quantia bem alta de atletas a deslumbrar neste ano. Este é o nosso melhor 23 do Mundial de Rugby 2023, começando do 1 ao 23!

1ª LINHA

OX NCHÉ (ÁFRICA DO SUL) / PEATO MAUVAKA (FRANÇA) / TYREL LOMAX (NOVA ZELÂNDIA)

Com esta primeira-linha, nenhuma outra selecção teria hipótese de sobreviver. Se Ox Nché não espremesse uma penalidade na formação-ordenada ou arrancasse uma bola no breakdown, então estava lá Peato Mauvaka para o tentar e sair a jogar sem que ninguém o parasse. Já Tyrel Lomax foi outro “monstrinho” à solta neste Mundial e com alta taxa de eficácia em todos os parâmetros.

2ª LINHA

EBEN ETZEBETH (ÁFRICA DO SUL) / BROADIE RETALLICK (NOVA ZELÂNDIA)

Este combo conseguiria até abrir o Evereste ao meio, com uma pujança, experiência e fisicalidade total. Etzebeth poderá mesmo vir a ser escolhido como o melhor jogador do Mundo em 2023, e caso o consiga, merece-lo, por todo o impacto que teve ao serviço dos Springboks. Broadie Retallick registou sete roubos de bola no alinhamento desde o início do torneio e foi fundamental para que os All Blacks chegassem à final.

3ª LINHA

PIETER-STEPH DU TOIT (ÁFRICA DO SUL) / NICOLÁS MARTINS (PORTUGAL) / BEN EARL (INGLATERRA)

Difícil deixar Ardie Savea de fora, mas Ben Earl marcou um ensaio, foi responsável por 8 quebras-de-linha (nenhum avançado somou tantos) e ainda fechou com 58 placagens efectivas merecendo o destaque. Já Nicolás Martins jogou praticamente todos os 80 minutos por Portugal, terminando como o melhor palcador da fase-de-grupos com apenas duas placagens falhadas, marcando um ensaio e a roubar 10 alinhamentos adversários, isto sem falar dos dois turnovers somados. E, para fechar, Du Toit. Inacreditável o que o flanqueador dos Springboks jogou do princípio ao fim. Figura no nosso 23 como 6, já que na maioria das vezes assume esse papel na formação-ordenada ou alinhamento, tendo realizado 45 placagens efectivas na fase-a-eliminar, com pelo menos 10 serem dominantes.

PAR DE MÉDIOS

AARON SMITH (NOVA ZELÂNDIA) / MATTHIEU JALIBERT (FRANÇA)

Aaron Smith mostrou novamente o porquê de ainda ser uma referência na posição e de estar ainda acima de Antoine Dupont na escala dos melhores formações de sempre. A sua eficácia no passe e capacidade de guiar a equipa foi decisiva no final de contas, com três assistência para ensaio e mais uns quantos da sua autoria. Matthieu Jalibert pode ter sido eliminado nos quartos-de-final com a sua França, mas foi um mastermind à altura de Romain Ntamack e que se mostrou como o melhor 10 moderno deste Mundial de Rugby 2023.

CENTROS

BUNDEE AKI (IRLANDA) / JESSE KRIEL (ÁFRICA DO SUL)

Se Bundee Aki foi largamente o melhor jogador da Irlanda neste Campeonato do Mundo 2023, com 7 quebras-de-linha, 530 metros conquistados, mais de 95% de conquista da linha de vantagem, o que dizer de Jesse Kriel que foi uma das chaves-mestras para os Springboks terem conquistado o Mundial. Juntos seria uma dupla imparável e impassável como muito bem mostraram.

TRÊS-DE-TRÁS

MARK TELE’A (NOVA ZELÂNDIA) / DAMIAN PENAUD (FRANÇA) / BEAUDEN BARRETT (NOVA ZELÂNDIA)

Damian Willemse e Beauden Barrett estiveram ao mesmo nível, mas o 15 da Nova Zelândia foi o jogador com mais metros conquistados neste Campeonato do Mundo e um dos que melhor taxa de eficácia teve na colocação do jogo ao pé, isto para além de ter dado uma cobertura na defesa dos All Blacks quando Will Jordan ou Richie Mo’unga surgiram fora de posição. Damian Penaud foi inenarrável o que jogou pela França, tendo sido um dos poucos franceses a conseguir fugir à defesa da África do Sul repetidamente, enquanto Mark Tele’a foi o verdadeiro mestre dos escapes, com 35 defesas batidos no Mundial.

SUPLENTES

AVANÇADOS

BONGI MBONAMBI (ÁFRICA DO SUL) / THOMAS GALLO (ARGENTINA) / DAN COLE (INGLATERRA) / THEO MCFARLAND (SAMOA) / ARDIE SAVEA (NOVA ZELÂNDIA)

Com este banco a sair para jogar a 2ª parte, não haveria equipa que resistisse, fossem os Springboks, Irlanda ou os All Blacks. Thomas Gallo foi uma das super surpresas deste Mundial, seguido de Theo Mcfarland, com este a ter somado 8 turnovers na fase-de-grupos. Ardie Savea mostrou novamente o porquê de ser um dos melhores 3ªs linhas de sempre dos All Blacks.

TRÊS-QUARTOS

FAF DE KLERK (ÁFRICA DO SUL) / JORDIE BARRETT (NOVA ZELÂNDIA) / WILL JORDAN (NOVA ZELÂNDIA)

Faf de Klerk acabou por ser decisivo no final de contas, com uma alta taxa de sucesso no passe e no controlar os timings de jogo. Jordie Barrett mostrou ser um centro de altíssimo nível e pronto para marcar uma página na história e Will Jordan marcou 8 ensaios num só Mundial, igualando a lendas como Lomu, Habana ou Savea.

TREINADOR – JACQUES NIENABER (ÁFRICA DO SUL)

Um mastrermind como poucos existem, um dotado senhor na arte da comunicação e alguém que sabe mais de defesa no rugby a dormir do que 99% dos outros acordados. Jacques Nienaber fecha o seu reino nos Springboks com um Mundial e uma tour dos Lions no bolso, atingindo um patamar inesquecível na modalidade.


Entre na discussão


Quem somos

É com Fair Play que pretendemos trazer uma diversificada panóplia de assuntos e temas. A análise ao detalhe que definiu o jogo; a perspectiva histórica que faz sentido enquadrar; a equipa que tacticamente tem subjugado os seus concorrentes; a individualidade que teima em não deixar de brilhar – é tudo disso que é feito o Fair Play. Que o leitor poderá e deverá não só ler e acompanhar, mas dele participar, através do comentário, fomentando, assim, ainda mais o debate e a partilha.


CONTACTE-NOS