O “Breakdown” do CN1: “águias” e “mouflons” vão lutar pelo título!

Francisco IsaacMarço 27, 20195min0
Com a vitória do RC Montemor e SL Benfica nas meias-finais do CN1 a final está encontrada da competição. Conseguirão os "mouflons" conquistar o título ou serão novamente as "águias" a levantar o ceptro?

O Fair Play fará um acompanhamento semanal ao Campeonato Nacional 1, divisão onde habitam CRAV, Guimarães RUFC, RC Santarém, Caldas RC, RC Lousã, CR São Miguel, SL Benfica Rugby, Rugby Vila da Moita, RC Montemor e CR Évora. 

Os melhores momentos, ensaios, equipas e factos desta divisão!

MONTEMOR IMPARÁVEL AO RITMO DE ALMEIDA E OKAFOR

Depois de dois clássicos do Alentejo com uma vitória para cada lado, reservou-se para as meias-finais do Campeonato Nacional 1 o 3º com carácter decisivo na casa do RC Montemor. Com as bancadas cheias, os “mouflons” conseguiram conquistar o direito de chegar à final da 2ª divisão depois de uma exibição qualidade, que lhes permitiu derrotar o CR Évora por 33-00.

Parecendo que tudo foi fácil para a equipa da casa, a verdade é que os eborenses tiveram momentos em que podiam ter transformado boas oportunidades em pontas, faltando sempre algo nos momentos X. A ausência de Frederico Couto também não ajudou a dar mais “confiança” ao bloco avançado eborense, para além do nervosismo que se sentia do XV que entrou em campo, a dar “vida” em alguns momentos ao Montemor.

Já o Montemor não entrou da melhor forma, mas ao fim de 10 minutos mais complicados endireitou-se e partiu para a vitória, passando muito pela consecutiva conquista da linha-de-vantagem, com destaque especial para Luan Almeida, ThankgodOkafor (ambos foram essenciais para criar rupturas na linha defensiva do Évora), Rodrigo Costa Pereira e José Luís Castro.

Com uma armada montemor-o-novense em alta rodagem e com um poder de perfuração total o resultado começou a desbloquear-se na primeira parte, com alguns erros defensivos do outro lado a “ajudar”. Faltou expressão na placagem ao Évora, mais intensidade para pôr fim às acções ofensivas do Montemor, que procurou sempre um jogo mais simples mas eficiente para chegar à área de 22 adversária.

Thankgod Okafor foi sensacional no ataque, sempre a procurar as melhores linhas de corrida possíveis para sair disparado, encontrando o espaço suficiente para dar outra dimensão às operações ofensivas dos “mouflons”. Foi um dos “segredos” para o resultado tão largo a favor da equipa da casa, a par da excelente prestação do bloco avançado e de José Vacas de Carvalho (o formação tem sido uma relevação do Montemor neste final de temporada).

Para o Évora o resultado final é injusto perante a boa época que realizaram, mas face aos últimos resultados negativos e lesões (demasiadas lesões e ausências nos momentos mais inoportunos possíveis) era improvável a ida à final.

DURINHO, MUITO DURINHO NA LOUSÃ QUE ACABOU COM VITÓRIA ENCARNADA

Foi um encontro excessivamente físico e demasiado fechado o se que assistiu na Lousã, com a formação local a perder por 06-08 ante o Sport Lisboa e Benfica. Duas equipas que marcaram vários ensaios e pontos durante toda a temporada, mas que na meia-final optaram por um jogo mais trancado na fisicalidade e em baixar as situações de alto risco ofensivo,optando por um avanço mais lento mas sustentado.

A Lousã nunca foi esclarecida o suficiente para chegar aos 22 metros adversários, registando vários erros de transmissão de bola depois de terem construídas boas oportunidades de ataque. Steven Komene na posição de defesa esteve sempre muito longe de poder dar outra aceleração à oval, para além de Vance Elliot não ter estado no melhor das suas capacidades, detalhes que foram prejudiciais para a manobra de jogo lousanense.

Já na última jornada da fase regular foi observável que a Lousã tinha problemas inerentes aos processos ofensivos, que de um momento para o outro estancavam e não correspondiam com a qualidade individual técnica dos seus atletas. Do outro lado, o SL Benfica tremeu em alguns momentos no ataque, mas apresentou-se com uma raça e “agressividade” na defesa ao ponto de forçar os adversários a mudar de estratégia.

Matt Ritani comandou a avançada como ninguém, imperando bem nas fases-estáticas, no qual registou grandes momentos na condução da oval para além de ter castigado os seus adversários com boas placagens. A somar-se a isto Francisco Bessa voltou a estar no seu melhor, imprimindo uma sustentabilidade defensiva na linha encarnada, com um papel essencial no resultado final.

Apesar de algumas queixas da arbitragem, a Lousã esteve vários furos abaixo do seu melhor, enquanto que as “águias” foram pacientes o suficiente na espera pelos melhores momentos para fazer pontos. Equilíbrio significou uma meia-final emocionante, importante para o CN1!

FINAL: ONDE, QUANDO E COMO?

A final do Campeonato Nacional 1 está marcada para dia 30 de Março pelas 15h00 no Complexo Desportivo de São João de Brito, casa do Clube de Rugby de São Miguel que organiza este “ponto final” da temporada de XV dos clubes da 2ª divisão de rugby.

O Fair Play anuncia que a final vai passar em directo na página de facebook do nosso website, com entrevistas pós-jogo aos intervenientes que poderão também acompanhar no Instagram (Fplaypt).


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