(Mais) 4 novos reforços da Divisão de Honra e CN1 que temos de ver

Francisco IsaacSetembro 30, 20196min0

(Mais) 4 novos reforços da Divisão de Honra e CN1 que temos de ver

Francisco IsaacSetembro 30, 20196min0
Os clubes da Divisão de Honra e Campeonato Nacional 1 continuam a preparar a temporada e fomos em busca de mais uns quantos reforços anunciados. Fica a saber mais sobre quem são!

A Divisão de Honra e o CN1 estão na antecâmara do começo dos campeonatos nacionais e no meio da pré-época e estágios já foram anunciados alguns dos reforços de várias das equipas que compõem o mapa dos clubes portugueses. A análise a mais quatro reforços que vão trazer um factor X a cada um dos seus novos emblemas!

NUNO SOUSA GUEDES (CDUP)

O fantasista que deslumbrou audiências nas World Series durante alguns anos e que estava a impressionar o rugby australiano neste momento, vai regressar a Portugal, mas não para representar o Grupo Desportivo de Direito, e sim para alinhar pelo CDUP, clube que o formou para o rugby. É um retorno nada esperado e que vai engrandecer a equipa portuense, oferecendo uma excelente solução quer para a posição de defesa, formação, abertura ou ponta.

Um autêntico abre-latas não pelo choque físico, mas pelos detalhes técnicos e velocidade disparada em que raramente aparece um adversário à altura, criando assim uma autêntica via verde para o caudal ofensivo da sua equipa, esboçando ainda aqueles pormenores do offload e passes inesperados que criam problemas ao adversário. Não esquecer a excelência do seu jogo ao pé, fornecendo uma série de soluções através deste apontamento o que força a quem está do outro lado a ficar sempre em suspenso e em constante desassossego.

Campeão nacional por algumas ocasiões ao serviço dos advogados, internacional tanto pelo XV ou 7’s de Portugal, este retorno inesperado ao CDUP vai dar ânimo aos universitários da Invicta, que podem sonhar com outros vôos para esta nova época.

ANTÓNIO NÚNCIO (CF “OS BELENENSES”)

O multi-funções 3/4 é um dos novos nomes do plantel do Beleneses Rugby para a temporada 2019/2020, reforçando a equipa de João Mirra e Nuno Aguiar. Internacional sub-18 por quatro ocasiões, António Núncio abandona assim o CDUL depois de vários anos ao serviço do emblema lisboeta, e esta saída foi motivada pela necessidade de jogar mais e realmente apresentar-se como uma unidade útil e importante, saindo da sombra do escalão challenge.

No Belenenses Rugby a ausência de mais do que uma opção para a camisola 10 de “gema” (Rodrigo Freudenthal, um centro de por natureza, vai tentando preencher o lugar que tem sido quase sempre de Diogo Miranda, o veterano internacional português) colocaram algumas dificuldades em certos momentos da época transacta e a chegada de um atleta da qualidade do ex-universitário António Núncio vai aprofundar a capacidade ofensiva dos vice-campeões nacionais.

Para além de ser uma unidade das linhas atrasadas capacitado com uma boa velocidade e poder de sprint, ainda apresenta as características comuns à escola do CDUL, com aquelas particularidades artísticas e inventivas que dão outra tonalidade ao jogo, empurrando os seus colegas de equipa para a frente. Consegue manter uma velocidade de jogo intensa, sustendo bom ritmo nas movimentações atacantes.

É uma perda por parte do CDUL e um conquista do lado do Belenenses, não há dúvidas, ficando todos à espera do que António Núncio vai fazer no Restelo.

HUGO VALENTE (GDS CASCAIS)

Uma das outras bombas de mercado, foi o ingresso do histórico pilar do Belenenses Rugby Hugo Valente para o GDS Cascais. O internacional português faz a sua primeira saída do Restelo e o ingresso na equipa da linha é perceptível dos dois lados. A equipa liderada por Nuno Gonzaga apresentava alguns problemas na primeira-linha, com a saída de Diogo Hasse Ferreira (está a jogar em Espanha neste momento) e necessitava de garantir uma unidade que oferecesse não só a capacidade de impacto no contacto e excelente execução na formação-ordenada, mas também um espírito de liderança e um exemplo no trabalho mais árduo.

Já Hugo Valente ia rodando com frequência no Belenenses Rugby (uma medida comum dos actuais detentores da Taça de Portugal), mas a saída para o Cascais foi vista como uma nova experiência e um desafio diferente, apostado em ajudar o clube a voltar ao seu melhor. Se conseguir jogar com regularidade, o pilar pode sonhar com um regresso à selecção Nacional, mas muito dependerá da sua forma física e da consistência exibicional durante esta época.

Um avançado agressivo (no bom sentido), com uma excelente predisposição para embater no contacto e dar sequência a um jogo mais rápido, não arredando pé nas saídas curtas do ruck, mostrando-se ainda como uma unidade experiente nas fases estáticas. Um reforço de qualidade para o GDS Cascais, dando outra dimensão ao seu pack para esta época.

CHEVANDRE VAN SCHOOR (AEIS AGRONOMIA)

O melhor jogador do Men Open Invitational do Algarve 7’s 2019, Chevandré van Schoor chega ao rugby português pela “mão” da Agronomia Rugby e promete ser uma constante ameaça para as equipas adversárias do XV da Tapada. O centro/ponta de 26 anos, natural de Paarl na África do Sul, notabilizou-se pelos Boland Cavaliers tendo jogado na Currie Cup pela equipa da Western Province em 2014.

Desde então tem actuado em diferentes níveis do rugby sul-africano e a vinda até ao Algarve 7’s possibilitou que se mostrasse ao público português, convencendo os dirigentes agrónomos a apostar na sua contratação. Mas o que tem de diferente van Schoor? Para além de uma mobilidade bem trabalhada e uma aceleração perigosa, apresenta detalhes técnicos curiosos como um handling endiabrado, sidestep venenoso e mordaz e um sentido de aproveitamento letal quando tem a oval nas mãos, afirmando-se assim como uma opção mais que credível para o par de centros.

Frederico de Sousa garante assim uma solução de nível, fazendo bom uso do canal de comunicação com o rugby sul-africano, estando assim ainda na senda de outros reforços que chegaram do País do Arco-Iris à Tapada nos últimos anos como PJ van Zyl ou José Rodrigues. Preparados para aguentar com um pequeno tanque?

Foto: Luís Cabelo Fotografia

Entre na discussão


Quem somos

É com Fair Play que pretendemos trazer uma diversificada panóplia de assuntos e temas. A análise ao detalhe que definiu o jogo; a perspectiva histórica que faz sentido enquadrar; a equipa que tacticamente tem subjugado os seus concorrentes; a individualidade que teima em não deixar de brilhar – é tudo disso que é feito o Fair Play. Que o leitor poderá e deverá não só ler e acompanhar, mas dele participar, através do comentário, fomentando, assim, ainda mais o debate e a partilha.


CONTACTE-NOS