O Jogador Jovem do Ano do CN1 18/19: a escolha dos fãs e júri-especial

Francisco IsaacMaio 5, 20194min0
Está finalizado mais um dos prémios do Fair Play para os Melhores do CN1 desta feita com Tiago Fernandes a levar o Jogador Jovem do Ano para os leitores e Manuel Nunes para o júri-especial. Concordas com as escolhas?

Depois de Diogo Pina (voto dos leitores) e José Roque (voto do júri-especial) terem levantado o título de MVP’s da época do CN1 2018/2019, é altura de revelarmos quem foram os Melhores Jogadores Jovens desta temporada, sendo que na votação dos leitores foi mais que clara a escolha final enquanto que para o júri-especial foi necessário um desempate para atribuir o galardão.

Estes são então os vencedores e o top-5 final!

TIAGO “MACKENZIE” FERNANDES DOMINA NA VOTAÇÃO FINAL

Aí está o jovem de 18 anos do SL Benfica a terminar à frente de tudo e todos com cerca de 24%, quase dez pontos percentuais de diferença para o 2º classificado Manuel Campilho do RC Santarém, numa clara demonstração de quem foi o “diamante” da época. Formado no CR São Miguel, Tiago Fernandes decidiu abandonar os bulldogs e encontrou na equipa encarnada o emblema ideal para se mostrar ao público português.

Um atleta com muito rugby nas pontas dos dedos (e pés), Fernandes abriu autênticas auto-estradas nas várias defesas adversárias, com um estilo de jogo incrivelmente eléctrico, entusiasmante e propenso a mudar o ritmo de qualquer encontro, conferindo uma “magia” especial e quase única a partir da posição de defesa.

Com um potencial total dentro de si, Tiago Fernandes encheu o campo em alguns jogos pelo SL Benfica, como aconteceu ante o CR Évora, RC Montemor ou CR São Miguel (todos na 2ª volta do campeonato), marcou vários ensaios (quem pode esquecer os ensaios contra o Montemor ou CRAV?), para além de todo o show ao pontapé, oferecendo uma arma de ataque perfeita às “águias” de Francisco Aguiar e Carlos Castro.

A fechar o pódio foi o escalabitano Manuel Campilho (14%) seguido do eborense e internacional sub-18 Francisco Condeço da Silva, duas revelações nesta temporada que findou em Abril. Campilho foi de longe um dos melhores jogadores do RC Santarém, produzindo boas exibições recheadas de garra, atitude, inteligência e qualidade ofensiva. Já Francisco da Silva impôs o seu estilo físico, de “agressividade” total na placagem, dominador em redor dos rucks e com ainda capacidade de operar nas linhas atrasadas quando necessário.

O top-5 fecha com Rui Maria Freitas do CR São Miguel e Mickael Canossa do CRAV. Podem consultar o quadro final aqui: Jovem Jogador do Ano

MANUEL NUNES E JOSÉ ROQUE: UM EMPATE DECIDIDO POR UM PORMENOR

Ora como aconteceu no Melhor Jogado do Ano, o Fair Play promoveu uma votação só com a participação de um júri especial (treinadores, ex-jogadores, dirigentes e outros convidados) mas com uma ligeira alteração: cada votante só podia nomear dois jogadores, sendo que o 1º recebia 3 pontos e o 2º apenas 1. Mesmo com a participação de 7 convidados foi necessário um voto de desempate entre os dois preferidos do júri-especial: Manuel Nunes e José Roque.

Foram os dois jogadores do RC Montemor a conquistar o 1º e 2º lugar, com Manuel Nunes a terminar como o vencedor por apenas 1 ponto de diferença do seu colega de equipa. Foram ambos peças fundamentais na caminhada triunfal do RC Montemor, com José Roque a mostrar toda uma excelência como nº8 (e que tanta falta faz em Portugal)  tanto na saída da formação-ordenada como no trabalho junto da transição das movimentações mais “lentas” para as mais dinâmicas, assumindo uma preponderância enorme no ditar das “regras” dos mouflons.

Mas e Manuel Nunes o que ofereceu/oferece ao jogo dos campeões do CN1 2018/2019? Olhando bem para o seu potencial e dimensão técnica, o asa foi um dos portadores de bola mais sólidos do CN1, mostrando uma total segurança não só no entrar no contacto como no continuar a trabalhar em busca de passar a linha de vantagem.

Mas este é só um pormenor da solidez do internacional sub-20 português, já que possui todo um reportório de skills que deixam qualquer um surpreendido, como aquele gruber para ensaio feito ante o Santarém, sendo um claro exemplo da evolução técnica dos jogadores portugueses dos últimos anos.

Inteligente na acção no ataque, decidido e eficaz na defesa (a exibição realizada na final foi de suprema qualidade, impedindo consecutivamente que as melhores unidades do SL Benfica conseguissem partir a linha da defesa) é um dos atletas mais leais que se pode ter em campo, comprometido com a sua equipa até ao último segundo de jogo.

A juntar aos dois mouflons ficou Tiago Fernandes no 3º lugar, seguido de Tomás Lamboglia, sem que existisse um 5º classificado final. Estes foram os Jogadores Jovens do Ano seguindo-se na próxima semana o dos treinadores… uma votação que começou “fria” mas que entretanto está a ser altamente disputada.


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