European Rugby Champions Cup 19/20: o que aconteceu até agora?

Helena AmorimDezembro 4, 20195min0
Exeter Chiefs entraram a "matar", Saracens com os olhos postos no campeonato e equipas francesas ainda à procura de um trilho. As duas primeiras jorandas da ER Champions Cup aqui analisadas!

A Champions Cup está dividida em cinco grupo com 20 equipas envolvidas. Os grupos foram assim constituídos:

Grupo 1: Leinster, Northamprton Saints, Treviso,Lyon.

Grupo 2 : Exeter Chiefs, Sale Sharks, Glasgow Warriors, La Rochelle.

Grupo 3: Ulster, Clermont, Harlequins, Bath.

Grupo 4: Racing92, Munster, Saracens, Ospreys.

Grupo 5: Toulouse, Montpellier, Connacht, Gloucester.

Os actuais detentores do troféu sãos os Saracens de Londres, com Alex Goode a ter sido considerado o melhor jogador no ano transacto, com Leinster a ter chegado à final. Entre 2012 e 2015 Toulon foi o detentor do troféu mas entre 2015 e 2019, as vitórias foram saíram das ilhas: três vitórias para os Saracens e uma para o Leinster.

Este ano, a questão do incumprimento salarial dos Saracens tem dominado as notícias e coloca sempre a questão de até que ponto Mark McCall não vai beneficiar a competição interna em detrimento da Liga dos Campeões.

EXETER CHIEFS EM GRANDE… MAS QUEM MAIS?

Após a realização de duas jornadas e analisando as pools transversalmente, Exeter é a única equipa que soma dez pontos, isolada que está no comando do grupo 2, com Leinster e Saints a somarem nove pontos no comando da grupo 1; Toulouse tem  nove pontos no comando do grupo 5; Ulster soma duas vitórias e tem oito pontos, encimando o grupo 3; e finalmente, Racing e Munster com sete pontos, no topo do grupo 4.

Ainda sem pontuar estão La Rochelle e Ospreys.

Na primeira jornada, o Clermont-Quins do grupo 3 foi o jogo até agora com o resultado mais extravagante, com os Franceses a levarem de vitória os Ingleses por uns expressivos 53-21. Depois de 11 anos consecutivos na principal competição, o Clermont esteve no ano transacto na segunda maior competição de clubes do hemisfério Norte e esta entrada fulgurante na primeira jornada pareceu mostrar uma vontade muito expressiva em recuperar o tempo perdido.

Ainda na primeira jornada, o Connacht enfrentou o Montpellier no âmbito do grupo 5, conseguindo um resultado equilibrado e importante de 23-20. Ainda de referir na jornada inaugural o Racing-Saracens, do grupo 4, num jogo que ficou em 30-10, com ensaios de Virimi Nakatawa, Teddy Thomas, Finn Russell e Wenceslas Lauret para o Racing e ensaio do segundo centro Alex Lozowski aos 50 minutos, para os Saracens. Este foi um jogo onde a criatividade do Racing foi muito importante para ultrapassar a defesa dos Saracens e onde Finn Russell teve um papel fundamental nesse desígnio.

Já na segunda jornada, referir-se-iam dois jogos: o Munster-Racing que encheu o Thomond Park em Limerick com 25.600 pessoas com um resultado final de 21-21, um sempre espantoso empate e ainda o Montpellier-Gloucester, que trouxe 10.302 pessoas ao GGL Stadium. O Montpellier-Gloucester foi talvez um dos jogos mais emocionantes de ver, com uma dinâmica de jogo de ambas as equipas, muito interessante e vívida. O resultado final expressa também essa realidade: ficou em 30-27. De referir que o Gloucester procedeu a 11 mudanças da primeira para a segunda jornada, algo verdadeiramente arriscado.

LE MAGICIEN FINN RUSSELL E ELLIOT DALY A COMEÇAR EM GRANDE

Alguns jogadores destacaram-se nestas duas de seis jornadas. Desde logo Finn Russell com exibições a mostrar uma técnica apuradíssima e indubitavelmente um dos melhores aberturas do torneio. Ainda do Racing, Wenceslas Lauret, um asa que se tem destacado com grande velocidade a chegar aos rucks e grande arte no offload a partir desses mesmos rucks. Ainda pelas equipas francesas, Jan Serfontein do Montpellier, a primeiro centro, tem sido muito preponderante nas placagens e turnovers.

Caleb Timu, o oito, foi um jogador muito aguerrido e destemido no embate de titãs que foi o Montpellier-Gloucester, com uma capacidade estrondosa de carries. Passado para os irlandeses, Iain Henderson do Ulster continua a ser uma referência incontornável na segunda linha e Jon Cooney tem sido um médio de formação extremamente competente. As equipas inglesas tiveram muitos jogadores com muito boas prestações mas talvez seja de destacar o pilar direito dos Exeter Harry Williams e o seu companheiro asa direito Tom O’Flaherty, em muito boa forma.

Elliot Daly dos Saracens fez uma mega exibição defensiva frente aos Ospreys. De referir que neste embate os internacionais, Mako, George Kruis e Jamie George já estavam incluídos na equipa mas Billy, Owen e Maro Itoje não. No entanto, nesta última jornada que decorreu na Premiership (5ª jornada), estes três internacionais já mediram forças frente ao Bath. O resultado ficou em 12-25, com 20 pontos a saírem dos pés de Owen, com 18 passes, 15 placagens e 2 offloads. Quanto a Billy, teve 18m ganhos, 13 carries, 5 passes e 11 placagens; Maro Itoje teve 19m, 11 carries, 4 passes,9 placagens e 4 alinhamentos ganhos. Estes valores já valem isoladamente mas se se verificarem as estatísticas e a ficha de jogo, nota-se uma clara preponderância destes jogadores e do seu impacto no panorama do jogo.

A terceira jornada terá pelo menos quatro embates a considerar: Saints-Leinster, duas equipas com 9 pontos e com uma possibilidade de se firmarem para a próxima fase; Munster-Saracens, a derradeira hipótese dos Saracens de provarem que estão dispostos a renovar o título; Sale Sharks-Exeter Chiefs, onde se coloca a questão se Exeter fará o terceiro jogo bonificado; Toulouse-Montpellier, um embate do TOP 14 sempre muito curioso.

O espectacular Finn Russell em Thomond Park


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