Diário do Atleta: recuperação e ano novo para Catarina Ribeiro
As festividades já passaram mas nada mudou, ou melhor, só a balança (risos). Depois de três semanas em casa, na nova casa, com os nossos, com a família, os avós e os patudos. Foi tempo de reviver o tempo com quem amamos, longe da minha “nova realidade” em Toulouse.
Continuo a cuidar da lesão, e espero que no final do mês esteja completamente recuperada. O desafio continua a ser vivida a 100% até porque nem tudo é rosas e a vida tem de ter luta e conquista. Cheguei no final da primeira semana de janeiro e já fiz a infiltração, agora as palavras de ordem são recuperação e paciência.
Contínuo na disputa de aprender francês, agora três vezes por semana, muita preparação física, para colmatar a falta de treinos no campo e a continua a conhecer mais pessoas, mais franceses e portugueses, e viver este estilo louco pelo desporto.
Neste momento, o campeonato encontra-se numa longa paragem devido ao Torneio das 6 Nações Femininas. A equipa principal do Stade Toulousain terminou em primeiro lugar, com 49 pontos, longe do segundo lugar, AS Bayonnaise, com 37 pontos, havendo uma grande disparidade e qualidade entre as várias equipas. No outro grupo, quem lidera é o Montpellier RC como era de esperar. Antes das festas, houve algo peculiar que apreciei bastante, o treinador marca uma reunião com todas as jogadoras de forma a discutirem os pontos fortes e os pontos a melhorar de cada uma.
Foi bom perceber que entendem como penso, mas na verdade o feedback foi positivo mas escasso visto ter apenas jogado três jogos devido a lesão. O clube faz jus ao seu gigante nome, onde os treinadores, preparadores físicos, médicos tentam ajudar em todos os campos. Desde sessão de treino de técnica individual, sessões de treino especifico, sessões de relaxamento tem sido importante vivenciar esta seriedade de tão perto.
Muitos regressos de antigas jogadoras pelos mais diversos motivos o que motiva ainda mais ao trabalho árduo devido a qualidade das mesmas. Umas regressam por motivos profissionais, outras porque experienciaram também carreira rugbystica noutros países. Novo ano, novos desafios.
Para França, o ano de 2018 foi incrível, conseguindo vencer o Grand Slam, venceram em Grenoble, pela primeira vez, as campeãs mundiais Black Ferns e, para terminar em grande, ter quatro de um total de cinco jogadoras nomeadas para melhor jogadora de XV. Estes acontecimentos tão importantes, são para mim, lisonjeadores e enriquecedores, porque me permite crescer e aprender. Levar esta intensidade, treino, técnica e tática para Portugal.
A equipa 2, Spoirs, continua a ter alguns jogos. Está em segundo lugar imediatamente atrás do Montpellier com menos 1 ponto. O campeonato estará parado até final Março e depois retoma normalmente até à final no dia 19 de maio. Neste tempo, de forma que as restantes jogadoras se mantenham a jogar, a federação francesa avança com o campeonato de tens. Falhei a primeira etapa ainda devido a lesão mas foi um bom início.
One comment
Nuno Gramaxo
Fevereiro 10, 2019 at 7:35 pm
Boa recuperação e muita atitude !!!