Como jogaram os rivais dos “Lobos” no Mundial 2023 – Semana 4

Francisco IsaacOutubro 1, 20234min0

Como jogaram os rivais dos “Lobos” no Mundial 2023 – Semana 4

Francisco IsaacOutubro 1, 20234min0
Mais uma análise ao como jogaram os rivais dos “Lobos” no Mundial 2023, com as Ilhas Fiji a estarem no olho do furacão

4ª semana de Campeonato do Mundo 2023, e as Ilhas Fiji tiveram um dos jogos mais pobres da sua campanha, quase caindo aos pés de uma Geórgia que mostrou-se fisicamente mais forte. Mas como jogaram os rivais dos “Lobos” no Mundial de Rugby 2023, mais especificamente estas Fiji? Análise segue neste artigo!

ILHAS FIJI

Pontos Positivos: capacidade para reconfigurar e adaptar à forma como a Geórgia estava a trabalhar; capacidade para trabalhar no turnover e breakdown; jogo à mão em certos momentos (que foram decisivos); alinhamento;
Pontos Negativos: formação-ordenada concedeu quatro penalidades; sucessivas penalidades e três cartões amarelos; excessivos erros de passe e handling; concentração caiu a pique em comparação com o jogo com a Austrália;
Jogadores em melhor nível: Levani Botia, Luke Tagi, Waisea Nayacalevu e Peni Ravai
Lesões: Para já nada a apontar;

Susto. Esta palavra resume todo o jogo das Fiji frente à Geórgia, já que bem perto do final do encontro podiam ter sofrido um empate ou até uma reviravolta letal nos sonhos e objectivos de chegar aos quartos-de-final do Mundial de Rugby 2023. No global, foi um jogo intenso, mexido e carregado de grandes momentos, apesar de termos também tido uma sequência de erros de handling e de outro timbre que foram pausando o encontro. E é nesse preciso ponto que vale a pena perder tempo: os erros de passe, de controlo de bola e de saber o que fazer com a oval.

As Fiji cometeram quase 20 erros de posse de bola, um número excessivamente alto e que explica o porquê dos dois ensaios marcados terem chegado só em dois momentos. Linha de 3/4’s maioritariamente parada, sem profundidade e vazia em explosão ou criatividade, foram três pormenores altamente negativos e que tanto vieram da incapacidade das Fiji em se adaptarem à defesa em rush da Geórgia – com uma agressividade total quer na placagem ou no breakdown – como de inação, com vários jogadores fijianos a ficarem a ver o adversário a jogar.

Esta gaguez foi constante e até podia ter levado ao 1º ensaio da Geórgia no fim da primeira-parte, com um erro brutal de Josua Tuisova a resultar num contra-ataque que Akaki Tabutsadze terminou da melhor forma, mas anulado por suposto passe para a frente de Vasil Lobzhanidze. Ou as Fiji não levaram a sério o jogo com as Geórgia, e mentalmente foram trucidados pela reação do adversário europeu, ou simplesmente não sabem se adaptar perante defesas agressivas, não-passivas na subida e que colocam a mira em tornar os centros completamente inutilizáveis, como foi o caso de Josua Tuisova (prestação muito pobre do centro).

Pode ter sido um misto de ambos, mas isto seria tirar mérito à estratégia da Geórgia que, pela primeira vez neste Mundial de Rugby, soube apresentar um estilo de jogo sólido do 1º ao último minuto, que só não terminou numa esmagadora vitória pelos erros no momento de decidir. Se as Fiji entram com a mesma mentalidade e incapacidade frente a Portugal, com os “Lobos” a se apresentarem enérgicos, dinâmicos e desprovidos de pressão, os Flying Fijians podem não escapar uma segunda vez com uma vitória deste género.

Para fechar, só dois aspectos importantes de reter: as Fiji têm uma liderança que soube agarrar a equipa em períodos críticos – Botia, Nayacalevu e Tagi -, e conseguem ser complicados nos alinhamentos adversários, apesar de terem perdidos seis próprios ante a Geórgia.


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