Como jogaram os rivais dos “Lobos” no Mundial 2023 – Semana 2

Com Gales a ter jogado frente a Portugal e a Geórgia em pleno descanso, coube a Fiji e Austrália mostrarem o que valem nesta 2ª semana de como jogaram os rivais dos “Lobos”!

AUSTRÁLIA

Pontos Positivos: jogo ao pé conseguiu afastar as Fiji durante os períodos mais complicados; boa agressividade no contacto;
Pontos Negativos: Indisciplina foi a razão pelo qual a Austrália sucumbiu mais facilmente; defesa não foi estável, especialmente a segunda cortina; formação-ordenada foi dominada constantemente; maul inexistente e parado sucessivamente; ataque facilmente lido;
Jogadores em melhor nível: Mark Nawaqanitawase, Nic White e Ben Donaldson;
Lesões: Para já nada a apontar;

Caótico e completamente desolador, especialmente entre os 20 minutos da 1ª parte e os 65′ da segunda, com o resultado a ter sido “amigo” muito por conta dos erros de decisão das Ilhas Fiji nos momentos X do encontro.

A formação-ordenada cessa de funcionar com a ausência de Taniela Tupou e Will Skelton (ambos poderão falhar toda a fase-de-grupos) e o alinhamento é só satisfatoriamente competente, não conseguindo retirar qualquer proveito dos mauls, por exemplo. Já o ataque foi uma desorganização completa, com Carter Gordon a nunca ter agarrado a equipa e a até patinado em váras acções, com Nic White a ter sido o jogador mais esclarecido das linhas-atrasadas dos Wallabies.

Há pouco para contar, mas o facto desta Austrália não ter uma intensidade brutal quando tem a posse de bola, é algo que os incapacita constantemente, com a defesa a ter funcionado bem, de forma que impediu das Fiji obterem mais ensaios. Outro ponto extremamente negativo foi a disciplina… 18 penalidades cometidas, um número minimamente assustador. Seja a pouca confiança e agressividade no jogo no chão, os erros sucessivos na saída da linha-defensiva, ou a formação-ordenada, a Austrália simplesmente foi incapaz de ter uma postura de uma equipa vencedora desde o 1º minuto de jogo.

Fiji

Pontos Positivos: posse de bola e trabalho constante; foco mental nos momentos mais difíceis defensivos; excelência na cobertura do jogo no chão; formação-ordenada exímia; jogo ao pé bem trabalhado;
Pontos Negativos: alinhamento ruiu quando o talonador titular foi substituído; precipitação nos últimos metros ou quando surgiram espaços gritantes para explorar;
Jogadores em melhor nível: Simione Kuruvoli, Levani Botia, Waisea Nayacalevu, Josua Tuisova, Luke Tagi e Samuel Matavesi;
Lesões: Simione Kuruvoli (tornozelo) e Jiuta Wainiqolo (tornozelo)

As Ilhas Fiji tinham prometido que iam responder com força na 2ª jornada e a vitória ante a Austrália foi não só justa, como um sério aviso das pretensões da equipa da Ilha do Pacífico: atingir os quartos-de-final. Efectivamente foram a melhor equipa ao longo dos 80 minutos, e a capacidade física de ponta aliada a uma mentalidade bem trabalhada e focada em fazer as “pequenas coisas” bem, pavimentou o caminho até à obtenção dos 4 pontos.

É cedo para dizermos como Portugal pode explorar estas Fiji, mas o alinhamento pode ser um ponto importante para conquistar território e posse de bola, assim como a velocidade e virtuosismo de Portugal, sendo importante não entrar no jogo do jogo ao pé, pois isso só irá alimentar as Fiji.

A selecção de Simon Raiwalui tem uma estrutura de jogo bem idealizada, sabe esperar pelos momentos certos para recuperar a posse de bola e apresentam uma disciplina de bom nível, tendo recuperado animicamente do jogo da 1ª jornada.