Alcateia sub-20 post-WRTrophy Match 2# com Luís Pissarra e José Roque

Francisco IsaacJulho 15, 20194min0
O pós-Canadá analisado pelos protagonistas, com Luís Pissarra e José Roque a explicar como se registou a 2ª vitória em 2 jogos. Vais acompanhar o Alcateia post-WRTrophy Match?

Os jovens lobos sub-20 conquistaram nova vitória no World Rugby Trophy 2019 e estão a um pequeno (grande) passo de chegar à final da competição, onde já espera o Japão. Neste post-match Canadá, José Roque e Luís Pissarra falam dos pontos positivos, negativos, objectivos, esperanças e muito mais!

Pronto a ler?

JOSÉ ROQUE (CAPITÃO)

José, uma segunda parte espectacular de Portugal garantiu mais uma grande vitória. Como explicas a vossa exibição?

Nós sabíamos que o Canadá tem um bom início de jogo, e que vinham para cima de nós com o físico deles! Conseguimos contrariar bem com placagens baixas e agressivas! Mais uma vez os nossos 3/4 foram “matadores”, aproveitando as oportunidades que criamos!

Fisicamente aguentaram bem o maior impacto do Canadá… Vão estar prontos para o Tonga? Ainda podem melhorar mais?

Tonga também vai ser um jogo bastante físico! É uma potência do rugby mundial e já mostrou neste torneio que teem muito talento e agressividade! Mas tenho a certeza que se acreditarmos no plano de jogo e formos confiantes, as coisas vão se tornar mais fáceis!

LUÍS PISSARRA (SELECCIONADOR)

Luís, este resultado… esperavas por uma vantagem tão dilatada? Onde é que começou a vitória para ti?

Não, tudo o que queríamos era ganhar, nem que fosse por meio ponto. Conhecíamos algumas características do Canadá, tínhamos alguns dados que nos permitiam montar um tipo de sistema para os combater mas claramente a fisicalidade apresentada pelo adversário foi difícil de parar no início do jogo, passando algumas vez nas primeiras-fases, um parâmetro que queríamos ter melhorado.

Mas a nossa defesa e a forma fria e calculista como jogámos, em que sempre que tivemos bola conseguimos converter em pontos, deu uma grande tranquilidade à equipa porque sabendo que mantendo essa capacidade e concentração na defesa para depois ter um ataque sempre incisivo ia acabar por fazer a diferença.

O jogo andou neste ritmo até meio da segunda-parte altura em que o Canadá caiu fisicamente, o que permitiu dilatar o resultado, que acabou por ser algo penalizador para eles por tudo aquilo que trouxeram ao jogo. Contudo, o resultado final demonstra toda a nossa capacidade defensiva e a forma rápida em como fazemos pontos quando temos a bola na mão.

A velocidade de jogo e a facilidade em que se transita do jogo curto para o ao largo tem criado constantes problemas aos adversários, concordas? A estratégia para o Tonga é similar à do jogo com o Canadá?

É uma das nossas características claro, porém a nossa principal qualidade passa pelo espírito de união dos jogadores, que todos os dias dão-nos provas de uma grande ligação e amizade, o que faz com que tudo seja possível. E ainda antes da velocidade, o aspecto defensivo é ainda mais importante, mesmo acontecendo um ou outro erro, mas a forma como os jogadores se compensam em determinados momentos acaba por ser a nossa fortaleza e aquela que os nossos adversário temem mais.

Depois quando conseguimos ter a posse de bola, a forma como transitamos rapidamente de um lado do campo para o outro, onde se destacam os movimentos imprevisíveis com ângulos fora do normal e com a intervenção de algumas individualidades que surgem de tempos a tempos, acaba por nos tornar perigosos.

Em relação ao Tonga, eles apresentam uma fisicalidade superior ao Canadá mas sem tanta organização e destacam-se também muito pelos duelos individuais, onde são muito fortes com alguns jogadores a assumirem o protagonismo e o nível de ameaça. A nossa estratégia tem de passar por estancar alguns destes pontos e gerir o jogo de uma maneira diferente da forma como foi feito com o Canadá, onde até vamos ter provavelmente uma estratégia adaptada. Estamos confiantes e com o foco posto em jogar a final.


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