Alcateia sub-20 post-WRTrophy Match 1# com Luís Pissarra e José Roque

Francisco IsaacJulho 10, 20194min0

Alcateia sub-20 post-WRTrophy Match 1# com Luís Pissarra e José Roque

Francisco IsaacJulho 10, 20194min0
O pós-Hong Kong analisado pelos protagonistas, com Luís Pissarra e José Roque a conversar com o Fair Play. Vais acompanhar o Alcateia post-WRTrophy Match?

Portugal entrou a ganhar para o World Rugby Trophy 2019 e fomos conversar com o seleccionador Nacional, Luís Pissarra, e o capitão, José Roque, para perceber como conquistaram esta importante vitória, o que poderia ter corrido melhor e o que nos aguarda no sábado. O post-match do Portugal-Hong Kong no Fair Play!

JOSÉ ROQUE (CAPITÃO)

Satisfeito com a postura da equipa, José Roque? O que fez a diferença frente a Hong Kong?

JR. Sim satisfeito! Podemos fazer mais sem dúvida! A equipa na primeira parte esteve bem, conseguimos distância no marcador graças ao bom trabalho dos 3/4( com ajuda dos avançados claro)! Na segunda parte fomos um pouco abaixo, devido a esta distância penso eu, mas ainda conseguimos ter bons momentos!

A velocidade de jogo foi bastante alta na maioria do tempo de jogo… é este o Portugal que vamos ter durante todo o torneio?

JR. Claro que sim! É um dos nossos objetivos e estratégia! Podemos não ser tão físicos como outras seleções, mas sem dúvida alguma que somos das mais rápidas em jogo, e vamos usar isso como uma arma nossa!

LUÍS PISSARRA (SELECCIONADOR NACIONAL)

Luís, começaram o Mundial com o pé direito tanto em termos de vitória como no recurso a esse pormenor para encontrar o caminho para o ensaio. Satisfeito com a execução dos processos e da velocidade de jogo?

LP. Começámos com o pé direito, cumprimos desde logo o objectivo que passava não só por ganhar mas por também conquistar o ponto de bónus. Marcámos quase 60 pontos num jogo internacional que tem o seu relevo e marca desde logo a nossa presença e participação no torneio, com uma entrada em força.

Contudo, nem tudo foi espectacular. Realmente, apesar de termos tido movimentos e ensaios com uma grande dinâmica e velocidade de jogo, caracterizados pelo jogar a partir do turnover, temos depois grande parte da 2ª parte em que não estivemos no nosso melhor a defender.

Fomos algo passivos e acabámos por deixar que Hong Kong marcasse três ensaios de uma forma muito fácil. Felizmente acabámos o jogo por cima deles, em que dois ensaios foram bastante bons com picos de velocidade, fases de jogo e uma posse de bola de qualidade. Contente com a equipa, conseguimos dar tempo de jogo à maioria dos jogadores… foi um dia bem conseguido para o rugby.

Os alinhamentos não estiveram no seu melhor, mas a formação ordenada tornou a fazer diferença quando necessário, concordas? houve algum apontamento que sentiste que podia ter saído melhor?

LP. Não tiveram no seu melhor, verdade, mas o elemento em que não ficámos nada satisfeitos foi o número de penalidades que cometemos, várias delas “fáceis” e que deram força ao adversário. O número de penalidades, muito acima do que tínhamos combinado pré-jogo, vai ser um ponto a analisar e discutir para baixarmos significativamente essa quantidade.

Regressando aos alinhamentos, houve alguma inconsistência entre o introdutor e os saltadores, notando-se alguma hesitação e em que vamos ter de trabalhar melhor estes dias antes do jogo frente ao Canadá. A formação-ordenada continua a ser uma das nossas imagens de marca, já que mesmo contra adversários teoricamente mais pesados e poderosos conseguimos mete-los a andar para trás e a ganhar terreno, sendo um aspecto mental muito positivo deste nosso processo.

O que perspectivas para o próximo jogo de sábado?

LP. Depois de termos somado este resultado bom frente a Hong Kong, onde conseguimos aliviar a carga psicológica aos jogadores de se estrearem num torneio deste nível e intensidade, mas agora é que vai começar realmente a competição.

O Canadá é um adversário muito difícil, com uma fisicalidade alta e de impacto, com jogadores altos e desenvolvidos, sendo uma selecção que procura o confronto físico e essa será uma batalha que teremos de ganhar a partir da nossa defesa “agressiva”. Vamos ter de conseguir manter esta mobilidade e maquinização, metendo grande velocidade ao jogo para ultrapassar este obstáculo que é o Canadá. 

Foto de Destaque: FotoJump


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