3 MVPs das finais do Mundial de Rugby 2023

Francisco IsaacOutubro 29, 20234min0

3 MVPs das finais do Mundial de Rugby 2023

Francisco IsaacOutubro 29, 20234min0
Francisco Isaac escolhe 3 MVPs das finais do Mundial de Rugby com um super Pieter-Steph du Toit a merecer um dos lugares

Com Siya Kolisi a levantar o troféu mais desejado do Mundo de rugby, o Mundial de Rugby 2023 fechou com um último fim-de-semana de espectaculares finais em que alguns jogadores foram super destaques nas suas selecções!

PIETER-STEPH DU TOIT UM TITÃ ENTRE GIGANTES

28 placagens efectivas… 28… nunca numa final um jogador atingiu tal número, errando umas meras duas placagens no total de 80 minutos. Pieter-Steph du Toit, o Melhor Jogador do Mundo para a World Rugby em 2019, foi um “monstro” que perseguiu Jordie Barrett e Richie Mo’unga do princípio ao fim do jogo, incapacitando os dois durante a maior parte do tempo, isto sem falar da forma como se impôs no breakdown, roubando a oval por duas vezes no ruck.

Imponente na formação-ordenada, rápido na saída do alinhamento e um apoio estável aos portadores de bola, o 3ª linha foi decisivo no fechar de espaços e linhas da África do Sul, criando sérias dificuldades a uma Nova Zelândia que raramente encontrou o rumo certo para chegar à área-de-validação contrária. E não esquecer a influência de Du Toit naqueles dez minutos finais, ajudando a unir a equipa numa altura em que o “caos” desceu ao relvado, mantendo um alto nível de concentração sem ceder um milímetro de espaço que fosse.

BEN EARL CONTINUA O SEU CAMINHO

Mais um jogo, mais um ensaio, mais umas quebras-de-linha, e mais umas quantas placagens dominantes… o que dizer de Ben Earl, o novo rei e senhor da camisola nº8 da Inglaterra? É simplesmente memorável como foi demolidor a todos os níveis, deitando por terra placadores adversários, abrindo linhas-de-passe e de ataque, correndo por elas e fazendo nascer algumas das melhores jogadas para ensaio da Inglaterra neste jogo pela medalha de bronze.

Ben Earl pode não parecer um portento físico ao nível de Alex Dombrandt ou Billy Vunipola, mas não há dúvidas que é tão, senão superior, no aspecto da fisicalidade e agilidade, e este último jogo no Campeonato do Mundo 2023 é uma pequena prova disso mesmo.

60 metros conquistados, duas quebras-de-linha, sete defesas batidos, 12 placagens efectivas, dois roubos no breakdown e um no alinhamento. Números só ao alcance de quem procura a grandeza!

MARK TELE’A A ENGUIA NEOZELANDESA

É difícil parar Mark Tele’a, independentemente de quem esteja do outro lado a ser o placador. O ponta neozelandês parece ter algum tipo de lubrificante que o permite soltar-se facilmente do primeiro contacto, mantendo-se em actividade e a procurar forma de abrir caminho para uma quebra-de-linha ou possibilitar um offload que permita a um colega de equipa passar por.

Frente à África do Sul, o ponta assistiu para o único ensaio do jogo, bateu oito defesas, forçou uma quebra-de-linha e ainda fez mais dois offloads, realizando nova estupenda prestação que ficará bem vincada na memória de todos.

A forma como se desfez daquela placagem para colocar a oval “desesperadamente” nas mãos de Beauden Barrett quase que permitiu aos All Blacks chegar a um 4º título mundial, não tivesse a conversão passado completamente ao lado.


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