Qual a solução para o fim-de-semana All-Star da NBA?

Após a famosa pausa de All-Star da NBA a meio de fevereiro, as críticas ao atual fim-de-semana das estrelas da liga voltaram a acentuar-se. Em causa, mais do que o formato dos eventos disputados nos 3 dias, está a competitividade por parte dos jogadores desde os concursos de sábado à noite até ao menu principal: o jogo das estrelas no domingo. Assim, o FairPlay deixa algumas hipóteses de reestruturação inspiradas pela comunidade de fãs e analistas.

Dentro das medidas mais realistas, e além do que já foi experimentado, poucas parecem ser suficientemente mobilizadoras para motivar os atletas selecionados para um jogo de exibição que acarreta mais riscos do que benefícios. A que salta à vista é obviamente os incentivos financeiros, quer prémios mais vantajosos que fossem além da própria seleção e implicassem o rendimento no próprio jogo, quer no estudo de algum tipo de penalização para performances de menor “empenho”. Certamente, a mais artificial das soluções, mas quiçá a mais eficaz.

Mas no que à alteração do próprio jogo concerne, há outra série de ideias plausíveis que a NBA poderá eventualmente testar em fins-de-semana de All-Star futuros, desde o regresso das target scores por período ou global (um teto máximo de pontos por alternância aos habituais 48 minutos de jogo) até à implementação de uma linha de 4 pontos.

A realidade é que nesta última edição foram batidos recordes de pontos totais por uma equipa, assim como número de triplos tentados num só jogo num total bizarro de 168 lançamentos. Assim, uma combinação entre target score e abolição total da linha de 3 pontos, pudesse, ao tornar o jogo mais interior, por sua vez mais interessante e não uma reedição do concurso de triplos que decorre sempre na noite anterior.

Uma última medida de alteração ao jogo em si: um sistema de pontuação que não contasse apenas lançamentos concretizados nas três modalidades possíveis – lances livres (1 ponto), lançamentos para lá da linha de triplo (2 pontos) e triplos (3 pontos) -, mas também uma contribuição para a box score de stats defensivos, naturalmente os mais simples como roubos de bola e abafos ou até mesmo uns pontinhos extra para alleyoops e afundanços pelo bem do espetáculo.

No entanto, o problema parece recair na motivação dos jogadores que se esgota tanto quanto um formato que leva décadas de existência.

Assim, toda esta nova geração de jogadores e fãs aclamam por medidas revolucionárias. Aqui ficam algumas que não sendo impossíveis de implementar, podem demorar ou até mesmo nunca levar o sim de Adam Silver e do seu plantel de investidores:

– um fim-de-semana de All-Stars só com All-Stars: 24 jogadores para distribuir por competições e jogo ao longo de 3 dias poderia ser a solução para trazer de volta algum espírito de competitividade e confronto entre os jogadores, assim como um novo fulgor ao concurso de afundanços

– sai o jogo e entra uma série de mini competições: até poderia ser aliado à medida anterior e/ou uma aposta em eventos do género Curry vs Ionescu deste ano. O prato principal que os fãs mais falam neste cenário é o de um torneio 1v1, 2v2 ou até 3v3 a meio-campo, com um target score e eliminatórias. Se é para recuperar o espírito do basquetebol de rua, porque não levar mesmo para o exterior?

– eliminar o All-Star Game, adiar o In-Season Tournament e colocar os concursos de triplos e afundanços entre as meias-finais do novo torneio (disputadas na sexta-feira) e a final de domingo. A seguir, uma pausa na mesma na NBA.

As ideias são muitas e, se calhar, a solução passará apenas por regressar ao uso dos uniformes das próprias equipas no jogo ou apostar num intervalo à lá NFL. Em todo o caso, o cliente tem sempre razão e os fãs da liga norte-americana têm enviado repetidamente a refeição para trás nas últimas temporadas. É tempo de cozinhar alguma coisa, Adam Silver.

Nota: as ideias abordadas foram baseadas em opiniões retiradas da internet, quer por fãs no reddit, quer de analistas norte-americanos