Neemias Queta pronto para NBA? Um balanço da Summer League 2022

João FerreiraJulho 20, 20223min0

Neemias Queta pronto para NBA? Um balanço da Summer League 2022

João FerreiraJulho 20, 20223min0
A Summer League 2022 trouxe algumas novidades e certezas, com Neemias Queta a demonstrar-se a um nível altíssimo que João Ferreira analisa

A Summer League vem, todos os anos, preencher um pequeno grande vazio que é deixado quando acaba a NBA e aquele último jogo das finais da melhor liga de basquetebol do mundo. Se ainda não é vista como um momento muito apelativo pelos jogadores (é no período do verão, ou seja, das férias, com a finalidade de rodar jogadores e dar minutos aos rookies do ano anterior), é verdade que as equipas começam a considerar este período como um excelente momento para mostrar as suas pérolas ou mesmo para “tirar a poeira” aos jogadores que estiveram todo o ano na G League.

A edição da Summer League deste ano, que aconteceu em Las Vegas, teve como vencedores os Toronto Raptors, pela sua primeira vez. Mas o principal destaque, na ótica dos fãs e comentadores apaixonados pela NBA em Portugal, foi a evolução astronómica de Neemias Queta. Um ano depois de ter entrado na NBA, o português demonstrou muita maturidade ao entrar na Summer League com a mentalidade certa de aprender com os erros de jovem que cometeu num passado próximo e melhorou em todas as frentes. Desde o seu drible, visão de jogo, lançamento de 3 pontos, abordagem ao cesto, trabalho de poste e, na ótica defensiva, Neemias Queta provou aos Sacramento Kings que é um caso sério para poder entrar de forma mais consistente na rotação da equipa da Califórnia.

Mas existiram outros destaques durante esta Summer League que é obrigatório falar e abordar de forma a que os fãs não sejam apanhados desprevenidos.

Paolo Banchero e os Orlando Magic

Não pode ser estranha a inclusão deste jogador nesta lista. No final de contas, foi a primeira escolha do draft deste ano e mostrou um certo conforto num registo acima daquilo onde se encontrava na época passada.

Se já se sabia que os Orlando Magic tinham ganho um futuro franchise player, isso ainda ficou mais óbvio com Paolo a mostrar o seu handling, a sua visão de jogo e a sua criatividade dentro do court. Para além disso, não deixou de fazer mais de 20 pontos e cerca de 6 ressaltos por jogo, o que mostra perfeitamente a sua vontade de se evidenciar. A média de 5 assistências por jogo poderia ser maior se a sua equipa tivesse correspondido ao nível de jogo em que se encontra.

Cam Thomas (Brooklyn Nets)

O ano passado já tinha sido um jogador bastante agradável de se assistir mas, na Summer League, Cam Thomas mostrou ser um jogador a ter em conta com um potencial de crescimento acima da média. Em 3 jogos, Cam Thomas teve uma média de 28.7 pontos e 13 lançamentos livres por jogo.

O ataque ao cesto, a sua velocidade e agilidade mostraram ser demasiadas e completas “armas” para as defesas pouco organizadas da Summer League. Vamos ver como o jogador integra os Nets.

Chet Holmgren (OKC)

O verdadeiro “esparguete” na assunção da palavra. Um jogador esguio e sem muita musculatura, mas que mete medo, pois é agressivo e mostra que tem agilidade acima da média para um jogador tão big. Uma verdadeira máquina de fazer pontos, aliado a um defensor que vai fazer mossa junto dos melhores ataques da liga. Vamos ver como é que os jogadores mais agressivos reagem junto de uma presença tão possante.

No entanto, há outro destaque na equipa de OKC: Josh Giddey. O australiano, que já fez uma grande época o ano passado, mostrou estar num patamar muito acima e promete vir a fazer jogos muito completos, repletos de triplos-duplo.

Estes são alguns dos jogadores que vão trazer uma nova dinâmica à NBA, mas aquilo que gostávamos mesmo era de ver Neemias Queta a subir patamares para chegar onde todos os portugueses ambicionam que chegue.


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