March Madness – Supernova no lugar mais alto!
Villanova University – este é o nome dos novos campeões de basquetebol universitário norte americano depois de baterem Michigan University no jogo do título por 79-62 . Os comandados de Jay Wright voltam a capturar o tão ambicionado título, o segundo nos últimos três anos.
Voltando um pouco atrás antes de falarmos sobre o jogo que corou os Wildcats como campeões, tivemos dois matchups muito interessantes na final 4.
No primeiro jogo Michigan fez prevalecer o seu favoritismo ao bater a grande história do torneio nos Loyola Chicago da (agora famosa) Sister Jean de forma bastante convincente. A liderança de John Beilien foi notória no estilo de jogo defensivo empreendido pelos Wolverines durante a maioria da partida sendo que a equipa de Loyola Chicago com o seu ataque versátil nunca conseguiu impor o seu estilo frente a uma equipa muito mais forte e atlética. O alemão Moe Wagner foi o destaque com 24 pontos e 15 ressaltos, algo que nunca tinha acontecido numa Final Four.
No segundo jogo tivemos uma verdadeira lição ofensiva por parte de Villanova, não só batendo o recorde de triplos num jogo do March Madness com 18 lançamentos marcados mas também pela enorme qualidade defensiva que demonstraram frente a uma equipa com nomes que não se devem descurar no futuro como Malik Newman, DeVonte Graham, etc. Jalen Brunson mostrou o porquê de ter sido escolhido o melhor jogador do ano pelos jornalistas, o interior Spellman continuou a sua ascensão meteórica que o poderá levar a NBA e Mikal Bridges a sua consistência habitual nos dois lados do campo.
E assim atingimos a tão ansiada final.
80 mil pessoas encheram o Alamodome em San Antonio para uma partida que prometia muito, com dois estilos de jogo ligeiramente distintos e as expectativas foram completamente bem sucedidas.
Michigan entrou com uma defesa extremamente pressionante para conseguir parar os lançamentos de três pontos do seu adversário e por grandes espaços da primeira parte foram bem sucedidos. A nível ofensivo a capacidade de Moe Wagner de vir às posições exteriores para criar jogo fez com que tivesse 11 pontos na primeira parte, até que apareceu um “herói inesperado” – Donte DiVicenzo.
O base/extremo de Villanova saltou do banco para mudar totalmente o rumo do jogo com 18 pontos marcados mas sobretudo para ser um criador a nível ofensivo de carácter individual que nem Brunson nem Bridges estavam a conseguir devido a defesa dos Wolverines.
Chegávamos ao intervalo com Villanova na frente num jogo, como já é apanágio, de poucos pontos, 37-28.
A segunda parte foi um jogo de controle e de incrível disposição de como uma equipa pode ser criativa ofensivamente no basquetebol actual. Mesmo com Jalen Brunson no banco com 4 faltas na maioria do segundo tempo, DiVicenzo voltou a aparecer para o seu “One Shinning Moment” com 11 pontos consecutivos e 31 na sua conta final enquanto que Bridges cimentou a sua posição como melhor jogador na posição 3 deste futuro Draft.
DiVicenzo, o tal herói improvável, admitiu que,
“Não, não estava à espera que fosse uma noite tão especial como esta… eu vou para todos os jogos com o mesmo pensamento, trazer a minha energia para o court. Se nós começássemos bem o jogo, eu ia tentar levar o meu jogo para um patamar acima. Tentei defender e ganhar ressaltos o melhor que podia sem parar. Só consegui o que consegui graças aos meus colegas, que me encontraram e passaram a bola no momento certo e eu só tive de entrar no ritmo.”
“March Madness – The road ends here”, com histórias que ficarão para a memória, com jogos que entraram para a história mas sobretudo com muitas histórias para contar… Até 2019!