O que muda em 2025 no MotoGP

Diogo SoaresFevereiro 2, 20255min0

O que muda em 2025 no MotoGP

Diogo SoaresFevereiro 2, 20255min0
Diogo Soares traz-te as novidades do MotoGP 2025 com várias mudanças que precisas ficar a par antes do início da temporada

Estamos a poucos dias do começo da pré-temporada do MotoGP 2025 e a poucas semanas do primeiro Grande Prémio do ano. Altura essa para percebermos o que há de diferente na grelha do pináculo do motociclismo.

Ducati

A Ducati parte para esta época com a responsabilidade de defender o título de construtores conquistado nas últimas cinco temporadas. Para isso, conta com a sua equipa de fábrica, Ducati Team, para extrair os melhores resultados possíveis, e com os dois pilotos da mesma, Francesco Bagnaia e Marc Márquez. A dream team, como tem sido apelidada pelos fãs e órgãos de comunicação social, parte com a principal favorita à conquista de todos os títulos possíveis – pilotos, equipas e construtores -, e com razão, a julgar pelo palmarés de ambos os pilotos. Combinados, os pilotos representam 11 campeonatos do mundo em todas as categorias. Marc Márquez procura a voltar aos títulos que escapam desde 2019, após recuperar a forma na Gresini no ano transato. Quanto a Bagnaia, depois da desilusão em 2024, procura recuperar o título que conquistou em 2022 e 2023.

Na VR46, Fabio DiGiannantonio mantém-se, no entanto recebe um novo companheiro, Franco Morbidelli, mas a grande novidade é que a equipa passa a ter apoio de fábrica, preenchendo a lacuna deixada pela Pramac. Neste caso, a vitória passa a ser de Valentino Rossi, o dono da equipa, que passa a ter os pilotos da sua academia a ter contacto direto com a fábrica da Ducati e a moto mais competitiva, quer com DiGiannantonio e Morbidelli, quer com os pilotos futuros do projeto.

A Gresini volta a dar a oportunidade a um novato para escrever a sua história no MotoGP. Fermin Aldeguer ascende à categoria máxima pelas portas da equipa de Nadia Padovani, tendo ao seu lado o espanhol Alex Márquez, que segue para a terceira temporada na equipa. Os dois pilotos estarão servidos da GP24, moto do ano passado.

KTM

2025 representa um ano de enormes mudanças nas hostes austríacas. Desde já, a extremamente fragilizada situação financeira em Mattighofen afetou o desenvolvimento da RC16 em Munderfing, sendo que este chegou mesmo a estar congelado durante largas semanas. Para já, o começo da temporada está assegurado, todavia, os dois mil milhões de euros em dívidas ainda não garantem a participação nas 22 rondas do mundial. Nem a permanência para a temporada de 2026.

Mas vamos lá às equipas. Na fábrica, a Red Bull/KTM optou pela permanência de Binder e a saída de Miller, sendo que, para o seu lugar, Pedro Acosta assume essa posição, e posiciona-se como o principal rosto da construtora para os próximos anos. Quer desportivamente, quer comercialmente.

Na Tech3, a KTM adorou uma estratégia diferente da dos últimos anos para este MotoGP. Não terão nenhum jovem piloto, mas dois pilotos consolidados na categoria com provas dadas. Enea Bastianini e Maverick Viñales são os rostos que levam muita qualidade, mas também muito conhecimento.

Aprilia

Este ano representa grandes mudanças na formação de pilotos da construtora de Noale. Na equipa principal, Viñales abandonou – tendo já referido para onde – e Espargaró pendurou as luvas, deixando aberta a vaga para Marco Bezzechi e para o campeão do mundo Jorge Martín. Para a marca, será uma honra de maior ter aquele que venceu o campeonato no ano passado, mas não significa que o mesmo poderá acontecer este ano. Aliás, o passo atrás dado por Martín é enorme, falta saber se dará os dois para a frente.

Na Trackhouse também houve mudanças com a saída de Oliveira. Para o lugar do português chegou o campeão do mundo de Moto2, Ai Ogura. Na outra moto mantém-se Raul Fernandez.

Yamaha

Um ano de grandes mudanças na Yamaha. Não nos pilotos da equipa principal – esses dois ficam, no caso, Fabio Quartararo e Alex Rins – mas é nova equipa satélite que fará apoio de fábrica. E que melhor equipa privada do que esta.

Refiro-me à Pramac, a equipa que tem sido a melhor equipa independente nos últimos anos, que ajudará a marca nipónica a reerguer-se das trevas dos últimos dois anos. Miguel Oliveira e Jack Miller farão parte desta aventura nos próximos dois anos e terão muita bagagem para apresentar no desenvolvimento.

Há ainda rumores que indicam que os motores V4 poderão entrar na carenagem dos pilotos ainda este ano. Esperemos que sim, representaria o maior avanço da construtora nos últimos tempos.

Honda

Dias melhores são esperados na maior construtora do mundo, mas dificilmente chegarão esta época em que pouco muda. Na fábrica, Luca Marini e Joan Mir continuarão a ser os pilotos, sendo que a principal mudança é mesmo a saída da Repsol do patrocínio, após uma parceria que havia iniciado em 1994.

É na LCR que se constata a única mudança de pilotos. Com a saída de Takaaki Nakagami – que passou a ser piloto de testes da Honda -, Somkiat Chantra ascende à categoria principal, ocupando a mota da Idemitsu. Na máquina com as cores da Castrol mantém-se Johann Zarco.

A primeira ronda de testes do MotoGP tem data para 5 a 7 de fevereiro, na Malásia, já a segunda está marcada para 12 e 13 do mesmo mês, mas na Tailândia. O primeiro Grande Prémio será no Circuito de Chang, Tailândia, entre os dias 28 de fevereiro e 2 de março.


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