O que muda em 2025 no MotoGP
Estamos a poucos dias do começo da pré-temporada do MotoGP 2025 e a poucas semanas do primeiro Grande Prémio do ano. Altura essa para percebermos o que há de diferente na grelha do pináculo do motociclismo.
Ducati
A Ducati parte para esta época com a responsabilidade de defender o título de construtores conquistado nas últimas cinco temporadas. Para isso, conta com a sua equipa de fábrica, Ducati Team, para extrair os melhores resultados possíveis, e com os dois pilotos da mesma, Francesco Bagnaia e Marc Márquez. A dream team, como tem sido apelidada pelos fãs e órgãos de comunicação social, parte com a principal favorita à conquista de todos os títulos possíveis – pilotos, equipas e construtores -, e com razão, a julgar pelo palmarés de ambos os pilotos. Combinados, os pilotos representam 11 campeonatos do mundo em todas as categorias. Marc Márquez procura a voltar aos títulos que escapam desde 2019, após recuperar a forma na Gresini no ano transato. Quanto a Bagnaia, depois da desilusão em 2024, procura recuperar o título que conquistou em 2022 e 2023.
📸❤️ First family portrait
Aiming for excellence in 2025 as #DucatiLenovoTeam
#CampioniInPista #Ducati #ForzaDucati pic.twitter.com/1DdlGFqdAz— Ducati Corse (@ducaticorse) January 20, 2025
Na VR46, Fabio DiGiannantonio mantém-se, no entanto recebe um novo companheiro, Franco Morbidelli, mas a grande novidade é que a equipa passa a ter apoio de fábrica, preenchendo a lacuna deixada pela Pramac. Neste caso, a vitória passa a ser de Valentino Rossi, o dono da equipa, que passa a ter os pilotos da sua academia a ter contacto direto com a fábrica da Ducati e a moto mais competitiva, quer com DiGiannantonio e Morbidelli, quer com os pilotos futuros do projeto.
What a great show 🏍️
Terima kasih Indonesia 🇮🇩#PertaminaEnduroVR46RacingTeam #MotoGP #Diggia49 #FM21 #VR46 pic.twitter.com/poVKQSoRRK
— Pertamina Enduro VR46 Racing Team (@VR46RacingTeam) January 25, 2025
A Gresini volta a dar a oportunidade a um novato para escrever a sua história no MotoGP. Fermin Aldeguer ascende à categoria máxima pelas portas da equipa de Nadia Padovani, tendo ao seu lado o espanhol Alex Márquez, que segue para a terceira temporada na equipa. Os dois pilotos estarão servidos da GP24, moto do ano passado.
KTM
2025 representa um ano de enormes mudanças nas hostes austríacas. Desde já, a extremamente fragilizada situação financeira em Mattighofen afetou o desenvolvimento da RC16 em Munderfing, sendo que este chegou mesmo a estar congelado durante largas semanas. Para já, o começo da temporada está assegurado, todavia, os dois mil milhões de euros em dívidas ainda não garantem a participação nas 22 rondas do mundial. Nem a permanência para a temporada de 2026.
Mas vamos lá às equipas. Na fábrica, a Red Bull/KTM optou pela permanência de Binder e a saída de Miller, sendo que, para o seu lugar, Pedro Acosta assume essa posição, e posiciona-se como o principal rosto da construtora para os próximos anos. Quer desportivamente, quer comercialmente.
Na Tech3, a KTM adorou uma estratégia diferente da dos últimos anos para este MotoGP. Não terão nenhum jovem piloto, mas dois pilotos consolidados na categoria com provas dadas. Enea Bastianini e Maverick Viñales são os rostos que levam muita qualidade, mas também muito conhecimento.
Presenting our 2025 squad: the most formidable lineup in our MotoGP history! 🏁🔥
United in orange, we're READY TO RACE this 2025 season! 🧡 #KTM #ReadyToRace #MotoGP @BradBinder_33 @37_pedroacosta #MaverickViñales #EneaBastianini @Tech3Racing pic.twitter.com/m7E2S9vTZF
— RED BULL KTM FACTORY RACING (@KTM_Racing) January 30, 2025
Aprilia
Este ano representa grandes mudanças na formação de pilotos da construtora de Noale. Na equipa principal, Viñales abandonou – tendo já referido para onde – e Espargaró pendurou as luvas, deixando aberta a vaga para Marco Bezzechi e para o campeão do mundo Jorge Martín. Para a marca, será uma honra de maior ter aquele que venceu o campeonato no ano passado, mas não significa que o mesmo poderá acontecer este ano. Aliás, o passo atrás dado por Martín é enorme, falta saber se dará os dois para a frente.
2025 starts here for Aprilia, with a new #1 in town! 🔥#MotoGP2025 pic.twitter.com/KWntWHIvHa
— MotoGP™🏁 (@MotoGP) January 16, 2025
Na Trackhouse também houve mudanças com a saída de Oliveira. Para o lugar do português chegou o campeão do mundo de Moto2, Ai Ogura. Na outra moto mantém-se Raul Fernandez.
GO!
Introducing our colors for the ‘25 season. #WelcomeToTheHouse pic.twitter.com/jRPvNGqGvC
— Trackhouse MotoGP (@TrackhouseMoto) January 14, 2025
Yamaha
Um ano de grandes mudanças na Yamaha. Não nos pilotos da equipa principal – esses dois ficam, no caso, Fabio Quartararo e Alex Rins – mas é nova equipa satélite que fará apoio de fábrica. E que melhor equipa privada do que esta.
How do we look? 😏
“Race-ready” we would say 🤩#TheBlueShift | #MonsterYamaha | #YamahaMotoGP | #YamahaFactoryRacing pic.twitter.com/9jU9YnLJ6e
— Monster Energy Yamaha MotoGP (@YamahaMotoGP) January 31, 2025
Refiro-me à Pramac, a equipa que tem sido a melhor equipa independente nos últimos anos, que ajudará a marca nipónica a reerguer-se das trevas dos últimos dois anos. Miguel Oliveira e Jack Miller farão parte desta aventura nos próximos dois anos e terão muita bagagem para apresentar no desenvolvimento.
A new chapter starts now! 📖@jackmilleraus @_moliveira88 #PrimaPramacYamaha #MotoGP#TheBlueShift pic.twitter.com/W01yFlYnS0
— Pramac Racing (@pramacracing) January 31, 2025
Há ainda rumores que indicam que os motores V4 poderão entrar na carenagem dos pilotos ainda este ano. Esperemos que sim, representaria o maior avanço da construtora nos últimos tempos.
Honda
Dias melhores são esperados na maior construtora do mundo, mas dificilmente chegarão esta época em que pouco muda. Na fábrica, Luca Marini e Joan Mir continuarão a ser os pilotos, sendo que a principal mudança é mesmo a saída da Repsol do patrocínio, após uma parceria que havia iniciado em 1994.
É na LCR que se constata a única mudança de pilotos. Com a saída de Takaaki Nakagami – que passou a ser piloto de testes da Honda -, Somkiat Chantra ascende à categoria principal, ocupando a mota da Idemitsu. Na máquina com as cores da Castrol mantém-se Johann Zarco.
A primeira ronda de testes do MotoGP tem data para 5 a 7 de fevereiro, na Malásia, já a segunda está marcada para 12 e 13 do mesmo mês, mas na Tailândia. O primeiro Grande Prémio será no Circuito de Chang, Tailândia, entre os dias 28 de fevereiro e 2 de março.