Construtoras que nos próximos anos podem entrar no MotoGP

Diogo SoaresDezembro 30, 20244min0

Construtoras que nos próximos anos podem entrar no MotoGP

Diogo SoaresDezembro 30, 20244min0
BMW, CFMoto e Suzuki são só algumas construtoras que podem estar a caminho do MotoGP e Diogo Soares explica o que cada uma pode trazer

Historicamente, o MotoGP é sempre muito cobiçado por diversas construtoras. Kawasaki e MV Agusta, nos tempos recentes, cobiçaram a entrada no pináculo do motociclismo, mas, por razões financeiras, esse cobiço parece ter desvanecido. No entanto, há ainda uma série de marcas que podem apresentar candidaturas no futuro recente, algumas, já para 2027.

BMW

Marca histórica nos sportscars, a construtora da Baviera aumentou o interesse, nos tempos recentes, pelas duas rodas. A marca já está envolvida no mundial de Superbikes desde 2009, mas nunca obteve grande brilho até aos anos mais recentes, em que começou a competir com regularidade, chegando a pódios e vitórias. Em 2024, chegou o tão esperado título mundial de pilotos com o turco Toprak Razgatlioglu, apesar de terem ficado a faltar os títulos de equipas e construtores. Foi, ainda assim, um enorme avanço para a empresa germânica, que venceu o seu primeiro campeonato de todas as categorias do desporto a motor desde 1987 – à época, Roberto Ravaglia venceu o WTCR aos comandos de um BMW M3. Curiosamente, este interesse surge na mesma altura em que o investimento aumentou, com os projetos LMDh no WEC e IMSA, que já rendeu pódios, e com os já confirmado interesse de reentrar na Fórmula 1.

Da parte de Berlim, o interesse já foi confirmado. Sven Blusch, diretor de corridas da BMW, admitiu, em agosto, que o MotoGP é umas das prioridades da marca na atualidade, estando à espera da luz verde por parte da BMW AG, em Munique. Com a entrada de novos regulamentos em 2027, em que, à priori, o custo de produção das motos será mais baixo e os prémios de temporada serão mais altos, poderá ser esta a grande deixa termos mais uma construtora na grelha.

Suzuki

Depois da saída atribulada – e surpresa – em 2022, a Suzuki explora as opções para voltar ao desporto nos próximos anos. Toshihiro Suzuki, CEO da empresa, admitiu no início de dezembro que, resolvidos os problemas na produção e vendas, estarão em perfeitas condições de voltar ao topo da competição, além de poderem entrar no mundial de Superbikes. Os últimos dados oficiais da marca de Hamamatsu, mostram que entre janeiro e novembro de 2024, foram vendidas 3.003.886 de motas, um número ligeiramente inferior a todo o ano de 2023 e 2022. Aliás, prevê-se mesmo que o número total deste ano possa ser superior aos últimos dois anos.

A Suzuki, na história, venceu o campeonato de pilotos por cinco vezes e o campeonato de equipas apenas uma vez, sendo que a última conquista foi uma dobradinha de títulos em 2020 com Joan Mir a levar o título de pilotos.

Harley-Davidson

Esta possibilidade é ainda dúbia, mas real. No passado mês de novembro, a Dorna Sports – promotora do MotoGP – e a marca norte-americana assinaram um acordo comercial, mas com “alguns detalhes a serem discutidos”, segundo o CEO da promotora, Carmelo Ezpeleta. Rumores apontam que poderá haver algumas provas do campeonato “”King of the Baggers”, que existe como campeonato de apoio ao MotoAmerica.

Jochen Zietz, diretor-executivo da construtora norte-americana desde 2020, admitiu que a aposta nas corridas é uma das prioridades da empresa e admitiu estar a explorar as possibilidades de seguir esse caminho através do MotoGP. Um dos primeiros acordos que o empresário alemão assinou no motociclismo foi precisamente o campeonato acima referido com o MotoAmerica.

CFMoto

Fundada em 1989, a empresa só chegou aos circuitos mundiais em 2022, com as apostas no Moto2 e Moto3. O que inicialmente era apenas parcerias comerciais com as equipas, hoje já se tornou uma estrita cooperação com a Aspar Team, que hoje implica o fornecimento de máquinas nos 250cc. O sucesso de 2024 com David Alonso, e a expectativa da continuidade vitoriosa em 2025, adensaram os rumores de que pode chegar ao pináculo nos próximos anos. Comercialmente, a Dorna também terá a ganhar com uma equipa chinesa, dada a visibilidade que a mesma poderá dar no segundo país mais populoso do mundo, acrescentando a eventual ida do Campeonato do Mundo ao país asiático.

Além disso, o recente desenvolvimento de motores V4 para motos de estrada, usando mesmo tecnologia de MotoGP, ajudaram


Entre na discussão


Quem somos

É com Fair Play que pretendemos trazer uma diversificada panóplia de assuntos e temas. A análise ao detalhe que definiu o jogo; a perspectiva histórica que faz sentido enquadrar; a equipa que tacticamente tem subjugado os seus concorrentes; a individualidade que teima em não deixar de brilhar – é tudo disso que é feito o Fair Play. Que o leitor poderá e deverá não só ler e acompanhar, mas dele participar, através do comentário, fomentando, assim, ainda mais o debate e a partilha.


CONTACTE-NOS