MotoGP 2024: Viñales, o cowboy do rodeo texano
Miguel Oliveira iniciara o fim-de-semana a “bater na trave”. O português falhara, no terino de sexta-feira, a ida à Q2 diretamente por apenas uma décima, obrigando-o a ir à Q1 no sábado. Teria sido um início perfeito na prova da casa da sua equipa, Trackhouse.
Todavia, no sábado, a história foi completamente diferente A batalhar-se contra Aléx Márquez, as duas KTM oficiais e próprio companheiro de equipa, Oliveira apenas conseguiu o quarto posto da sessão, que se traduzia no 14º lugar à partida. Nos dois lugares de acesso à Q1 ficaram Márquez e Miller.
No Q2, a magia acontecera. Quando se pensava que Marc Márquez poderia exercer a sua foça neste circuito que tantas alegrias lhe trouxe, eis que Maverick Vinãles e Pedro Acosta “atiraram” o oito vezes campeão do mundo para o terceiro lugar. Que duas qualificações espantosas dos dois espanhóis. Viñales fora mesmo o único a chegar ao segundo 0 dos 2 minutos de volta ao circuito. Mas, de que forma podemos adjetivar Acosta? Ainda vamos no terceiro GP da temporada e já nos faltam adjetivos que caracterizem o “rookie” da GasGas. Ainda mal aquecem o seu lugar na satélite da KTM e já está a bater à porta da equipa de fábrica.
E, para bem dos austríacos, é bom que Pit Beirer e Francesco Guidotti não façam o piloto de 19 anos perder tempos nas suas cores. Sessão menos boa para os dois homens da Ducati, não conseguindo meter nenhuma das “rosso” na primeira linha da grelha, nem para Martín, que, após duas quedas, não conseguiu ir além de um sexto lugar.
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Apagados os semáforos para a sprint, Vinãles arrancou como uma flecha e rápida criou uma distância que impossibilitasse os rivais de atacar a sua liderança. Márquez trocou de posições com Acosta e Bagnaia, após a frente da mota ter dado um salto, foi “engolido” pelo pelotão, até à décima posição. Durante a primeira volta, às quedas de Nakaagami e de Augusto Fernandez, juntou-se o motor de Fabio DiGiannantonio, que traiu o piloto italiano na reta entre as curvas 11 e 12, a mais longa do circuito.
Oliveira aproveitou o incidente com “Diggia” e, com o facto de ter tido um arranque meramente satisfatório, ganhou duas posições ainda na primeira volta. Não tenndo feito uma corrida extraordinária, fruto também do pelotão de oito motas em que o piloto se envolveu, conseguiu um positivo 11º lugar, depois de uma excelente ultrapassagem a Binder na última volta, que, apesar de não ter direito a pontos, deixou uma boa amostra para a corrida de domingo.
O grande destaque da sessão foi mesmo Vinãles. A partir da terceira volta, descolou de Márquez e foi construindo a sua vantagem com toda a tranquilidade. Sempre mais rápido que todos os outros pilotos, o piloto catalão “disparou” rumo à segunda vitória em sprints em 2024 e consecutiva. Aliás, é o único piloto da Aprilia que demonstra mais confiança com a mota que tem em mãos da construtora italiana. Márquez e Martín completaram o pódio. Martin, diria eu, continua a ser o piloto que melhor se dá aos sábados, esperemos que não se esquece que é aos domingos que vale mais pontos.
Rodeo ride # 1 complete here in Austin! 🏁
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— MotoGP™🏁 (@MotoGP) April 13, 2024
E que corrida foi a de domingo. Viñales sofreu logo um contratempo com um terrível arranque que o deixou à mercê do pelotão. Acosta, por outro lado, conseguiu um arranque extraordinário que o deixou na liderança antes mesmo da subida para a curva 1. Márquez com um arranque aquém das expectativas caiu de segundo para quarto lugar, perdendo esses lugares para Martín e Miller. Oliveira fez um bom arranque, mas perdeu lugares na curva um, quando se viu obrigado a desviar de Raul Fernández e de outro piloto da VR46 que promoveram um ligeiríssimo toque, caindo para 17º. Ainda na primeira curva, Acosta passou com tranquilidade, dado o seu arranque, e Jorge Martín, numa manobra sem qualquer receio, partiu ao ataque a Bagnaia e Viñales, ganhando a posição aos dois pilotos com um “chega para lá” duplo. O espanhol da Aprilia acabou por ser o grande lesado, descendo na tabela até ao 11º lugar. Aí, começou o ataque com tudo por parte do piloto de 29 anos.
A melhor palavra para adjetivar esta corrida será: loucura. O que aconteceu nas 20 voltas à volta do Circuito das Américas tem tudo para ser o melhor desta temporada – e, possivelmente, uma das melhores corridas desta década. Várias trocas de posição marcaram os três primeiros lugares ao longo da prova. Martín, Acosta e Márquez discutiram a liderança até à volta 11, altura em que o inesperado aconteceu: Marc Márquez tinha construído uma ligeira margem que o protegia de ataques, mas, na entrada para a curva 11, o espanhol perdeu a frente antes mesmo de começar a curvar, caindo ao chão e terminando aí a esperança de atingir a oitava vitória neste circuito. Nesta altura aparecia Viñales no terceiro posto e com ritmo mais rápido que os dois pilotos da frente. Na volta seguinte, na 12, Viñales ascendera à vice-liderança e iniciara a perseguição a Acosta. Então assistimos a mais uma grande luta entre a estrela em ascensão e um piloto consolidado. Mas Viñales estava endiabrado, era o seu dia, ou, no caso, o seu segundo dia. Ascendeu à liderança na 13ª volta e nunca mais a largou. No final, venceu, Acosta ocupou o segundo lugar e Bastianini ultrapassou Martín na penúltima volta para ir atrás da medalha de bronze do GP.
Pelo meio da corrida, Oliveira foi em ritmo crescente escalando o pelotão, no entanto, na oitava volta, o português voltou a sofrer um contratempo. Ao desviar-se da mota de Morbidelli que havia caído, o piloto da Trackhouse foi por fora da pista, perdendo quatro posições. Ainda assim, voltou a recuperar-se e terminou a corrida em 11º, levando para casa mais cinco pontos.
Its doesn't get better than #MotoGP! 💯
What a race at COTA! 🔥#AmericasGP 🇺🇸 pic.twitter.com/Xe9LQdoogv
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Para aqueles que não puderam assistir à corrida, recomendo que puxem atrás na box. Vão ver que vale a pena
Classificação do Campeonato de Pilotos:
The Martinator still sits atop the board! 👏
But the chasing pack close in! 🌶️#AmericasGP 🇺🇸 pic.twitter.com/pSsHZ4FG3S
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O próximo Grande Prémio realiza-se no fim-de-semana de 26-28 de abril, em Jérez, no âmbito do Grande Prémio de Espanha