Luz sobre Djokovic

André Dias PereiraJunho 15, 20233min0
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Luz sobre Djokovic

André Dias PereiraJunho 15, 20233min0
O sérvio venceu Roland Garros pela terceira vez. Djokovic é agora o maior campeão de Grand Slam, com 23 títulos.

Mais do que números, quando um dia Djokovic se aposentar, o sérvio será recordado pela sua superior capacidade física e mental. Ano após ano, desafio após desafio, é incrível a resiliência do sérvio. Nolan voltou a mostrar que é, sim, preciso contar ainda com ele. Aos 36 anos conquistou pela terceira vez Roland Garros e tornou-se o maior campeão de Grand Slam da história.

É certo que na ausência de Nadal, Djokovic era um dos grandes favoritos. Mas havia ainda Alcaraz, Kevin Ruud, entre outros candidatos que buscavam um lugar ao sol em Paris e sair da sombra da hegemonia de Nadal.

As cãibras de Alcaraz, nas semifinais, também ajudaram a empurrar Djokovic para a final. Aquele que tinha tudo para ser o jogo do ano, com luta à parte pela liderança do ranking, acabou por desiludir face às limitações do espanhol. Djokovic acabou por ganhar  6/3, 5/7, 6/1 e 6/1 para disputar a decisão com Casper Ruud.

“Ele é jovem, vai ganhar este torneio muitas vezes”, reconheceu o sérvio sobre o infortúnio do espanhol. De fato, este ano só as lesões têm travado Alcaraz. Foi assim no Rio de Janeiro e agora em Paris. Em Roland Garros, o espanhol apresentava-se como o grande favorito. Pelo seu momento de forma, mas também por a terra batida ser o seu piso preferencial. Não obstante, Alcaraz é um nome forte para Wimbledon e US Open.

Ainda não foi desta Ruud

Quem também não foi feliz foi Casper Ruud. O norueguês repetiu a final de 2022, com Nadal. Só que este ano o algoz foi Djokovic: 7/6, 6/3 e 7/5. O vencedor do Estoril Open continua em busca do seu primeiro Major em Paris, naquele que é o seu piso de eleição. Atualmente número 4 do mundo, rasgou Djokovic em elogios. “Provou que pode vencer em qualquer piso, espero um dia poder vencê-lo”.

Para chegar à final, Aleksander Kovacevic, Marton Fucsovic, Alejandro Fokina, Juan Pablo Varillas e Karen Khachanov. Para além, claro, dos citados Carlos Alcaraz e Casper Ruud.

Já há poucos adjetivos para qualificar Djokovic. A pergunta que se coloca é com quantos Major poderá terminar a carreira. Com Federer (20) aposentado e Nadal (22) que deverá voltar a jogar Major no próximo ano, tudo indica que Nolan se isolará como maior campeão.

Mas isso basta para ser o melhor de sempre? Essa é uma pergunta que nunca terá uma resposta consensual. Mas Andy Roddick, antigo número 1 do mundo, não tem dúvidas. “Só que não olha para os números tem uma opinião diferente”.


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