Os melhores treinadores em Portugal no ano de 2018

José NevesJaneiro 1, 20196min0

Os melhores treinadores em Portugal no ano de 2018

José NevesJaneiro 1, 20196min0
Porque não são apenas os jogadores que fazem do hóquei em patins um excelente espectáculo desportivo, destacamos também alguns dos melhores treinadores em Portugal no ano de 2018.

Paulo Freitas (Sporting CP) – Porque 2018 foi, no que ao campeonato nacional diz respeito, o ano do leão, o primeiro nome nesta lista de melhores treinadores a ser destacado tinha obrigatoriamente de ser o de Paulo Freitas. O técnico dos leões rubricou um ano de 2018 quase perfeito, perdendo apenas 1 das 30 partidas realizadas no ano civil para a 1ª Divisão (única derrota na deslocação ao Dragão Caixa na 12ª jornada de 2017-18).

Foi também em 2018 que o técnico, que já havia gravado o seu nome na história do OC Barcelos, o voltou a fazer de leão ao peito, uma vez que a turma de Alvalade já não celebrava o título de campeão nacional desde a já longínqua época de 1987-88.

Apesar do campeonato ter sido o único troféu que Paulo Freitas e os seus jogadores ergueram neste ano, o feito de devolver o título maior da modalidade em Portugal à casa do leão faz com que 2018 seja um ano memorável, para o clube e para o técnico.

 

Guillem Cabestany  (FC Porto) – O técnico catalão dos dragões acabou por falhar o principal objectivo da época, que seria a revalidação do título de campeão nacional, mas acabou por enriquecer o museu do FC Porto com mais dois troféus, e levou os azuis e brancos a três finais internacionais, ainda que tenha perdido todas para o gigante Barcelona.

No que às competições nacionais diz respeito, o FC Porto falhou o título de campeão nacional tendo terminado a apenas 2 pontos do campeão Sporting, uma conquista perdida na penúltima jornada no duelo frente ao leões, que a equipa de Cabestany perdeu por 4-3, e que, em caso de vitória, deixaria os dragões praticamente com o bi-campeonato nas mãos. Ainda assim Cabestany acabou por vencer a Taça de Portugal, batendo o Valongo na final, e já nesta temporada bateu o Sporting para reclamar a 22ª Supertaça do seu historial.

Lá fora, o ano de 2018 poderia ter sido ainda mais memorável para o Porto, mas os títulos internacionais esbarraram todos frente ao poderoso Barcelona. Primeiro a Liga Europeia, perdida em pleno Dragão Caixa. Depois, e já nesta temporada, a Taça Continental, disputada em Barcelos, e decidida a favor dos catalães no desempate por grandes penalidades. Por fim a Taça Intercontinental, realizada na capital mundial do hóquei em patins, San Juan, em mais uma partida que os dragões souberam esgrimir argumentos com os blaugrana, mas mais uma vez decidida nos detalhes, desta vez nos derradeiros momentos do prolongamento.

Apesar da infelicidade nos encontros frente ao Barcelona, o FC Porto foi a única equipa portuguesa a levantar mais do que um troféu no ano de 2018, e Cabestany que realiza a 4ª época na invicta, continua a alimentar o museu do clube, tendo conquistado troféus em todas as temporadas em Portugal.

Guillem Cabestany levou o FC Porto às decisões finais em todas as provas de 2018 (Foto: Pedro Simões)

 

Nuno Domingues (SC Tomar) – Apesar do técnico natural da Marinha Grande ter deixado o clube da cidade templária no final da época 2017-18, não estando de momento no activo, a época bastante positiva que o Tomar realizou em 2017-18 faz com que Nuno Domingues mereça um lugar de destaque entre os melhores treinadores de 2018.

Numa equipa que apontava inicialmente à manutenção, mas com um olho na qualificação europeia, Domingues comandou os ribatejanos a um tranquilo 8º lugar, tendo a equipa de Tomar ficado mais próxima do 4º lugar da Oliveirense (a 10 pontos), que do 9º posto que pertenceu ao Turquel, e que ficou a 12 dos nabantinos.

Nos 16 jogos realizados para o campeonato, Domingues comandou a sua equipa a 9 vitórias, tendo ainda ficado bastante próximo de levar o SC Tomar a uma segunda final da Taça de Portugal consecutiva, tendo caído nas meias finais perante o Valongo, no desempate por grandes penalidades.

 

Hugo Lourenço (SL Benfica B) – A jovem equipa B encarnada, a disputar o Nacional da 2ª Divisão, surpreendeu no ano de 2018 ao conquistar o título nacional do escalão secundário, e esse título muito se deveu ao treinador, Hugo Lourenço.

Apesar de contar nas suas fileiras com alguns dos mais talentosos jogadores sub-20 do país, a equipa secundária das águias mostrou muita maturidade quando confrontada com equipas bastante mais experientes, e acabou por triunfar por 15 vezes nos 20 jogos que realizou na temporada passada, no ano civil de 2018.

Já na presente temporada, e apesar de ter perdido a sua maior referência da época do título Hugo Santos, que reforçou o plantel principal do rival FC Porto, e de uma maior exigência na 2ª Divisão fruto de alguns reforços de peso para equipas como Tigres e Alenquer, as jovens águias voltam a aparecer nos lugares cimeiros, ainda que desta vez e de forma natural o título seja uma miragem. A equipa B do Benfica aparece na 4ª posição da tabela a apenas 6 pontos do líder, e à frente de algumas equipas que iniciaram a época de olhos postos na luta pela subida como a Física, ou o Grândola.

Hugo Lourenço, o líder de uma jovem equipa que “bateu o pé” às mais experientes (Foto: HoqueiPT)

Tiago Sousa (SC Marinhense) – Enquanto guarda-redes, Tiago Sousa passou por grandes emblemas como o FC Porto ou o HC Liceo, ainda que em ambos os clubes tenha assumido o papel de guardião suplente. Agora numa ainda curta carreira de treinador, o ex.internacional por Angola está rapidamente a ganhar o seu lugar entre a elite.

Na temporada passada Tiago Sousa levou o Marinhense à subida de divisão, e ainda que não seja de todo uma surpresa, a equipa da Marinha Grande partia teoricamente atrás de emblemas históricos como o Oeiras ou a Física na corrida ao escalão principal, mas a verdade é que o Marinhense terminou o campeonato na 2ª posição, apenas atrás do Benfica B.

Com 14 vitórias em 18 jogos disputados no ano de 2018 na 2ª Divisão, o Marinhense bateu o Oeiras, que acabou por ser o concorrente directo na luta pela promoção, e alcançou a tão almejada subida. Já em 2018-19, e num bastante exigente campeonato da 1ª Divisão, o conjunto do distrito de Leiria já demonstrou que, apesar de um nome menos sonante e histórico na modalidade, não veio para o escalão principal de passagem.

Leva para já 7 pontos conquistados, tendo triunfado já por duas ocasiões, na Embra frente ao Tomar, e de forma surpreendente em Viana do Castelo. Um trabalho bastante meritório de Tiago Sousa na Marinha Grande, que pode culminar em 2019 com uma histórica manutenção.


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