Balanço do campeonato de hóquei em patins – Parte 1

José NevesJunho 29, 201818min0

Balanço do campeonato de hóquei em patins – Parte 1

José NevesJunho 29, 201818min0
O Campeonato Nacional da 1º Divisão de hóquei em patins chegou ao fim e o Fair Play arranca com uma série de artigos de balanço ao que foi esta 78ª edição do principal campeonato português da modalidade.

Com as equipas da 1ª Divisão Nacional com a época oficialmente terminada, o Fair Play arranca com uma série de artigos de balanço do campeonato de 2017-18. Começamos hoje com um olhar para os destaques individuais de cada uma das equipas que participaram no campeonato que findou.

 

Sporting CP – Ângelo Girão, Matías Platero e Henrique Magalhães

Começamos pelo novo campeão, neste Sporting que voltou ao degrau mais alto do pódio 30 anos depois, é difícil assinalar apenas um jogador que se tenha destacado. Qualquer um dos dez elementos do plantel realizaram épocas positivas a nível individual e foram importantes em várias alturas da temporada, mas destacamos três que foram talvez os mais importantes para a conquista do título.

Ângelo Girão, Henrique Magalhães e Matías Platero formaram um trio defensivo de grande qualidade, e foram os responsáveis pelo brilhante registo defensivo dos leões de apenas 48 golos sofridos, uma média inferior a 2 golos por jogo. Para encontrar-mos um registo melhor que o deste leão é preciso recuar até 2006-07, época em que o SL Benfica sofreu uma média de 1,3 golos por jogo – um total de 35 golos sofridos –  na fase regular do campeonato que à altura era decidido em formato de playoff, numa época em que a forma de jogar era totalmente diferente da que se conhece hoje, e as regras do jogo levavam a um menor número de situações flagrantes de golo.

O Sporting conseguiu juntar dois dos protagonistas do inédito título do Valongo de 2013-14, e a eles juntar um dos intocáveis de Dario Giuliani na seleção argentina, um melhores defensores do Mundo actualmente. O resultado da aposta neste trio defensivo está à vista, e não será de todo surpreendente se estes três jogadores estiverem na base de mais sucessos desportivos para o Sporting no futuro.

 

SL Benfica – Jordi Adroher

Os encarnados partiam para a presente temporada com a ambição de recuperar o título de campeão que haviam perdido para o Porto na temporada transacta, e apesar do final de época atribulado para o clube da Luz em 2016-17, os encarnados estavam determinados em mostrar que ainda eram a melhor equipa portuguesa.

Mas a época dos encarnados foi um fracasso e nomes grandes como Nicolia, João Rodrigues ou Diogo Rafael estiveram muito aquém daquilo que valem. O grande jogador do Benfica ao longo desta temporada acabou por ser o internacional espanhol Jordi Adroher. O catalão foi o jogador mais das águias nos jogos frente aos principais rivais tendo marcado em todos os quatro embates frente a FC Porto e Sporting CP.

Apesar do melhor marcador do Benfica, e de todo o campeonato, ter sido João Rodrigues com 50 golos, mais 12 que Adroher que foi 4º na lista de goleadores, nos momentos de decisão foi o espanhol que se apresentou em melhor nível e que mais fez para mudar o rumo do campeonato. Infelizmente para Adroher os seus esforços foram insuficientes, já que a derrota caseira por 4-7 frente ao eterno rival Sporting – num jogo em que Adroher marcou por 3 vezes – deixou os encarnados praticamente arredados da luta pelo título, e confirmou o fracasso do Benfica em não conquistar nenhuma das três principais provas em que estava inserido.

Adroher foi dos poucos jogadores do Benfica com uma boa época (Foto: Arquivo Pessoal)

 

FC Porto – Gonçalo Alves

Foi o homem golo dos dragões nesta época, tanto no campeonato como na Liga Europeia. Gonçalo Alves terminou a temporada como 3º melhor goleador do campeonato com 40 golos, sendo a primeira vez que chega às quatro dezenas de golos no campeonato com a camisola azul e branca.

Para além dos tentos apontados no campeonato destaque para o registo de 21 golos apontados na Liga Europeia, a principal prova de clube da Europa. Apesar do FC Porto ter falhado o mais importante, tendo sido derrotado pelo Barcelona na final em pleno Dragão Caixa, Gonçalo Alves impressionou pelo número de vezes que colocou a bola dentro das balizas adversárias, terminando a prova com uma média superior a 5 golos por jogo.

Apesar de colectivamente a época do FC Porto não ter sido a melhor, no plano individual Gonçalo Alves mostrou-se ao seu melhor nível, rubricando o melhor desde que chegou aos dragões. Resta-nos esperar que Gonçalo Alves se mantenha de stick quente ao serviço da seleção no Campeonato da Europa que se realiza já no próximo mês.

 

UD Oliveirense – Ricardo Barreiros

Se no Sporting é difícil encontrar algum destaque individual nesta temporada, na Oliveirense é igualmente difícil mas por razões totalmente diferentes. A turma de Oliveira de Azeméis partiu para esta época com renovada ambição de chegar ao título de campeão, mas viu-se arredada da luta bem cedo.

Com nenhum dos jogadores da Oliveirense a realizar uma temporada condizente com a qualidade do plantel, Ricardo Barreiros acabou por ser o maior destaque da equipa. O capitão da Oliveirense foi, juntamente com Jordi Bargalló, o melhor marcador da equipa com 23 golos apontados no campeonato, mas o número que mais impressionou foi o das grandes penalidades.

Da marca de penalty vieram 12 dos 23 golos de Barreiros, destacando-se dos demais jogadores do campeonato com uma eficácia de 80% em lances de penalty. Das 15 penalidades em que Barreiros foi chamado à conversão, apenas por 3 vezes não conseguiu bater os guarda-redes adversários, Leonardo Pais (AD Valongo), Pedro Henriques (SL Benfica), e Ângelo Girão (Sporting CP), foram os guardiões que travaram as três penalidades que Barreiros não conseguiu converter.

Estes números de Ricardo Barreiros foram dos poucos pontos positivos nesta temporada para a equipa de Oliveira de Azeméis, que agora sob o comando técnico de Renato Garrido espera uma época de 2018-19 bem mais positiva.

 

AD Valongo – Daniel Oliveira “Poka”

Numa época em que os valonguenses estiveram próximos de uma qualificação para a Liga Europeia, surpreendendo e ameaçando a 4ª posição da UD Oliveirense, vários foram os jogadores que se apresentaram em grande forma pela turma liderada por Miguel Viterbo.

Xavier Cardoso, Leonardo Pais e Diogo Fernandes foram jogadores importantes para a boa época do Valongo, mas o destaque vai para Poka. O reforço ex-Sporting CP regressou a Valongo, depois de ter representado a equipa valonguense por uma temporada em 2012-13, e cedo se mostrou uma figura importante para a equipa. No final da época, o futuro jogador do FC Porto registou 34 golos, sendo o 7º melhor artilheiro do campeonato, destes 34 golos, 9 vieram da marca de grande penalidade – onde obteve uma eficácia de 50% –  e 6 de livre directo – aqui a eficácia foi de apenas 26%.

Poka mostrou saber marcar de qualquer forma e foi, juntamente com o jovem Xavier Cardoso, o jogador que melhor liderou e organizou a equipa em pista e em ataque organizado, sendo também uma das referências defensivas da equipa. Na próxima temporada ao serviço do FC Porto o papel de Poka em campo não deverá ser muito diferente, uma vez que deverá ser o jogador mais experiente a sair do banco dos azuis e brancos.

 

OC Barcelos – Ricardo Silva

O OC Barcelos partiu para a época de 2017-18 depois de perder algumas das mais importantes caras que guiaram o clube ao sucesso no passado recente, um dos que permaneceu foi o guardião Ricardo Silva, e nele os barcelenses voltavam a depositar bastantes esperanças, sabendo que uma boa temporada do seu guarda redes significaria uma boa época para o Barcelos.

Ricardo Silva correspondeu e rubricou uma temporada de grande nível, na senda do que vem feito desde que chegou a Barcelos. Nesta temporada o OC Barcelos conseguiu mesmo um melhor registo defensivo que nas duas temporadas em que conquistou a Taça CERS, sofrendo apenas 82 golos em todo o campeonato, um número que fez dos barcelenses a 4ª melhor defesa da prova apenas atrás de Sporting, Porto e Benfica.

Apesar de no ataque as coisas não terem corrido da melhor forma, os 90 golos marcados esta época ficaram bem longe dos 119 da temporada transacta, na baliza Ricardo Silva guiou o OC Barcelos a nova final da Taça CERS, desta feita perdida apenas no desempate por penaltys, e a um tranquilo 6º lugar a apenas 1 pontos do 5º classificado, o Valongo.

Ricardo Silva vai para a 6ª temporada em Barcelos e tem realizado épocas estáveis e sólidas na baliza do Óquei, sendo um dos grandes responsáveis pelas temporadas positivas do clube no passado recente, e certamente que na próxima temporada não será excepção.

 

A Juventude de Viana – Emanuel Garcia

Numa época atribulada para a turma de Viana do Castelo com várias lesões, uma delas que ditou o final da carreira de André Azevedo, e com mudança de treinador durante a temporada, é justo dizer que a Juventude de Viana não alcançou todo o potencial que o seu plantel poderia alcançar.

Apesar disso Emanuel Garcia foi fazendo ao longo da temporada aquilo que sempre foi mestre a fazer, golos. Foram 44 em todo o campeonato para o argentino que liderou a tabela dos artilheiros durante várias jornadas, mas acabaria batido pelo benfiquista João Rodrigues graças aos 13 golos deste nas derradeiras duas jornadas. O avançado ex-Igualada marcou frente a todas as equipas do campeonato, tendo apenas ficado em branco em 4 jogos, na derrota no terreno do Tomar por 2-4, na derrota no Pavilhão da Luz por 2-11 onde saiu lesionado aos 3 minutos de jogo, na derrota caseira por 2-7 frente ao FC Porto, e na deslocação ao Pavilhão João Rocha onde a Juventude  de Viana saiu também derrotada, desta feita por 1-7.

Foi portanto o jogador mais importante ao longo da época da equipa vianense, e agora, de saída para a Oliveirense, Emanuel Garcia não deverá ser tão preponderante uma vez que vai partilhar balneário com craques como Marc Torra, Jordi Bargalló ou Jorge Silva, mas será sempre uma ameaça a qualquer guarda redes que tenha pela frente.

Emanuel Garcia foi o segundo melhor marcador do campeonato (Foto: Facebook Juventude Viana)

 

SC Tomar – Diogo Alves

2017-18 foi uma época de sonho para a turma nabantina, ao 8º lugar do campeonato juntou-se nova presença na final four da Taça de Portugal e no regresso à Europa, uma ida aos quartos de final da Taça CERS, para além dos resultados o SC Tomar foi das equipas que melhor hóquei praticou ao longo da temporada, o que fez dos ribatejanos uma das equipas sensação da época.

Uma das principais figuras do conjunto liderado por Nuno Domingues foi Diogo Alves, o guarda redes que chegou a Tomar oriundo do Paço de Arcos rapidamente ganhou o lugar na baliza verde e branca, e com várias exibições de excelente nível foi um dos grandes responsáveis pela época positiva do Tomar. Com apenas 85 golos sofridos ao longo do campeonato, dos quais 72 foram por Diogo Alves, o Tomar foi a 5ª melhor defesa da prova, apesar de também ter sido o 3º pior ataque com apenas 83 golos marcados.

No capítulo das bolas paradas Diogo Alves contribuiu com 70% de sucesso nas defesas de livres directos e 75% na defesa de grandes penalidades, números que o deixaram perto, ou no caso das grandes penalidades até bem acima, de alguns dos guarda redes das equipas de topo.

Na próxima temporada o SC Tomar volta a apostar numa equipa jovem para voltar a subir na tabela classificativa, e Diogo Alves voltará a ser uma das referências da turma nabantina, que agora será dirigida por Jorge Godinho.

 

HC Turquel – Vasco Luís

É sem surpresa que voltamos a ver o nome de Vasco Luís entre os nomes dos principais goleadores do campeonato, o jogador natural da aldeia do hóquei tem sido presença regular no top10 dos goleadores do campeonato desde que se estreou na temporada de 2012-13, e em todas estas épocas foi o principal homem-golo dos turquelenses.

Esta época não foi excepção, apesar da entrada do experiente avançado André Moreira na equipa do Turquel, Vasco Luís voltou a ser a principal seta apontada às balizas adversárias marcando por 36 vezes, que fez dele o 5º melhor marcador de todo o campeonato. Destes 36 golos destaque para dois “pókers”, na vitória caseira frente ao Paço de Arcos por 8-3 e na vitória no terreno do Infante Sagres por 5-3, e duas “manitas”, nas vitórias caseiras por 8-1 frente ao Grândola e por 8-6 frente ao Valongo.

O capitão do HC Turquel destacou-se também pelas bolas paradas, dono de uma forte stickada Vasco Luís marcou por 7 vezes de livre directo, numa percentagem de 47%, e outras 7 vezes de penalty, com percentagem de 50% de eficácia, contribuindo para que o Turquel tenha terminado a época com o terceiro melhor registo na eficácia de bolas paradas em todo o campeonato.

Para a próxima temporada o HC Turquel já se reforçou com dois nomes sonantes – Tiago Rafael e Pedro Batista – e que certamente vão aumentar o número de golos marcados da equipa em relação a esta temporada, mas a principal arma apontada aos guarda redes adversários continuará a ser Vasco Luís.

Vasco Luís é sinónimo de golos em Turquel (Foto: Carmo Honório)

 

CD Paço de Arcos – Gonçalo Nunes

Gonçalo Nunes é à vários anos apontado como um dos maiores prodígios do hóquei em patins mundial, e nesta temporada, a sua primeira na 1ª Divisão Nacional, mostrou estar ao nível de todas as previsões que lhe eram feitas para a sua carreira.

Por empréstimo do Sporting CP ao clube onde começou a patinar, Gonçalo Nunes cedo mostrou ser o grande craque do Paço de Arcos para esta temporada. Treinado por Luís Duarte, que com ele trabalhou na seleção de sub-20 portuguesa, o técnico conseguiu catapultar Gonçalo Nunes para um nível bem alto, como comprovam os 35 golos apontados pelo jovem português no campeonato.

Gonçalo Nunes foi, juntamente com o também leão emprestado à equipa da linha André Centeno, o jogador mais utilizado na época pelo Paço de Arcos, tendo ambos sido titulares em todos os jogos que disputaram. Os dois jogadores oriundos do Sporting foram também os mais preponderantes ao longo da época, já que entre ele marcaram 61 dos 95 golos do Paço de Arcos no campeonato.

A caminho de Barcelos, onde estará mais uma vez por empréstimo dos leões, Gonçalo Nunes prepara-se para se estrear nas competições europeias, e a expectativa é de que aumente o seu nível de jogo, já ele de alta qualidade, e seja peça importante para Paulo Pereira.

 

HC Braga – Pedro Delgado “Bekas”

Foi uma época emotiva para a turma bracarense que apenas segurou a manutenção na derradeira jornada, e após uma remontada de 0-2 para 3-2 frente ao HC Turquel, num Pavilhão das Goladas que estava preparado para fazer a festa da manutenção.

Uma das peças mais importantes para esta sofrida manutenção foi Pedro Delgado, autor de 30 dos 83 golos do Braga no campeonato. No final da primeira volta do campeonato Bekas contava apenas com 7 golos apontados, mas disparou na segunda volta com 23 golos em 13 jogos, foi o 4º melhor registo da 2ª volta apenas atrás de João Rodrigues, Emanuel Garcia e Vasco Luís, e foi o goleador que faltava ao Braga para se manter na divisão máxima do hóquei em patins português.

Apesar do 3ª pior registo ofensivo do campeonato com 83 golos apontados, os mesmos do Tomar, o Braga foi a equipa que menos golos sofreu de entre as cinco do fundo do campeonato, para isso também contribuiu Francisco Veludo, guarda redes internacional angolano que foi o 5º melhor do campeonato em eficácia na defesa de bolas paradas, com 76% de sucesso.

Na próxima temporada Veludo viaja para Itália, mas Bekas mantém-se na cidade dos arcebispos e espera-se que volte a ser uma das grandes figuras do HC Braga na procura de uma terceira temporada consecutiva entre os grandes.

Bekas foi decisivo na manutenção bracarense (Foto: Carmo Honório)

 

Valença HC – Guido Pelizari

O Valença entrava para 2017-18 à procura de nova manutenção no melhor campeonato do Mundo, uma tarefa difícil olhando para a qualidade cada vez maior da 1ª Divisão Nacional. Para isso seria necessário que jogadores como Rodolfo Sobral, Luís Viana ou Guido Pelizari se mostrassem em grande nível ao longo da época.

E a verdade é que Rodolfo Sobral e Guido Pelizari estiveram à altura daquilo que se esperava, o guardião foi o 4º melhor de todo o campeonato na defesa de livres directos com uma impressionante marca de 81% de eficácia, Pelizari, jogador de características defensivas, apresentou-se a bom nível na meia pista defensiva, juntando no ataque 14 golos marcados – 3º melhor marcador da equipa atrás dos 19 de Zé Braga e dos 20 de Luís Viana. Pelizari foi o jogador mais completo da equipa minhota mas as suas boas exibições foram insuficientes para manter o Valença na 1ª divisão.

Com a descida ao 2º escalão o argentino ruma agora a Espanha, onde irá representar o CE Vendrell, 10º classificado esta temporada da OK Liga, e onde poderá mostrar ao público espanhol as mesmas exibições sólidas que protagonizou em Valença nas últimas duas temporadas.

 

C Infante Sagres – João Paulo Candeias

Desde o início da temporada que João Paulo Candeias era apontado como o jogador em que o Infante Sagres depositava maiores esperanças em conseguir uma difícil manutenção no campeonato da 1ª Divisão, e apesar de não a ter alcançado foi Candeias o jogador em destaque na formação da cidade invicta.

Com 24 golos em 22 jogos Candeias mostrou ser desde o início da temporada o grande desequilibrador de jogo da equipa de Fernando Almeida. Dos 24 golos apontados, 9 vieram de situações de livres directo, apesar de uma percentagem de apenas 38% de eficácia, na marca de grande penalidade a percentagem de sucesso foi de 50%, com 5 golos em 10 grandes penalidade marcadas.

Com o 2º pior registo ofensivo do campeonato e o pior defensivo – foram 178 golos sofridos pelo Infante Sagres – os esforços de Candeias para manter o clube da cidade do Porto na divisão principal foram insuficientes. Mas apesar do Infante descer, Candeias mantém-se entre a elite, transferindo-se para o SC Tomar, onde, esperam os nabantinos, protagonize uma temporada ao nível da que agora termina.

 

HCP Grândola – Filipe Bernardino

Apesar do título da 2ª divisão conquistado na época anterior, a tarefa do Grândola antevia-se muito complicada para se manter no principal escalão do hóquei em patins português. Sem qualquer reforço para esta época as atenções estavam viradas para Filipe Bernardino, jogador da turma alentejana com mais experiência de 1ª Divisão.

Com passagens por Sporting CP, AE Física D de Torres Vedras e HC “Os Tigres” de Almeirim, Bernardino tinha a missão de conduzir os grandolenses a uma histórica manutenção. Com 15 golos apontado no campeonato Bernardino foi o principal artilheiro da equipa estreante na 1ª divisão, apesar de ter sido o pior jogador de todo o campeonato na marca de livre directo, falhando todos os 13 que dispôs.

Apesar desse número bastante negativo, Bernardino foi o jogador que mais perigo levou às balizas contrárias, aparecendo como o principal desequilibrador no jogo ofensivo dos grandolenses. Ainda assim a provável descida confirmou-se, tendo o Grândola registado apenas 6 pontos fruto de 1 vitória e 3 empates, e registando o pior registo ofensivo com apenas 62 golos apontados, menos 18 que o Infante Sagres que foi o 2º pior ataque.

Com a descida Bernardino despediu-se da equipa alentejana mas não permanecerá no primeiro escalão, regressando a Almeirim para tentar nova promoção.


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